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28 de abril de 2022

A Noiva Borboleta

Série Anúncios por Amor

Frederica Burghley quer se casar no Natal. 

Ou então o pai dela vai escolher um marido entre seus amigos. A filha ilegítima do duque, amante de bombons, deseja escolher o próprio marido. O anúncio no jornal parece ser o caminho a percorrer. Mas uma resposta sinistra, com ameaças contra sua vida, a leva a pedir a ajuda de seu lindo e querido amigo Jasper Fitzwilliam, Lord Hartwell. Pai e viúvo, Jasper não tem apenas a tarefa de manter Frederica segura, mas também de ajudar sua vibrante amiga a escolher um marido adequado. Quanto mais ele tenta manter a sempre surpreendente mulher viva e encontrar um noivo, mais Jasper percebe que se importa com ela. Os dois amigos arriscam suas vidas um pelo outro, então eles deveriam ser capazes de arriscar seus sentimentos por uma chance de um amor profundo e verdadeiro juntos. Mas ele não está procurando casamento e ela não está procurando por conveniência.

Capítulo Um

6 de novembro de 1820 Londres, Inglaterra 
Ting, ting, plunk - o barulho de vidro quebrando forçou Frederica Burghley a espiar através de suas pálpebras pesadas. Ela não viu nada além de seu quarto escuro. A lua dançava na tapeçaria borrada da parede, como fazia quando ela foi para a cama. Ela fechou os olhos e deixou o conforto dos cobertores de lã acalmar seus nervos. Mais vidro quebrando. 
- Quem está aí? Sua voz soou engraçada. Ela se sentia estranha. Por quê? Estavam latindo? Os cães de caça do duque, Rômulo e Remo? Não. Eles continuariam fazendo barulho até que ela ou o duque os acalmasse. Não, não era isso. - Eu perguntei, quem está aí? A voz dela. Um sussurro tão rouco. Nada respondeu sua pergunta. Nada. Sem gritos. Nem os cachorros. Suas pálpebras caíram. Mas o silêncio se desgastou novamente com mais ruídos de estilhaçamento. Em seguida, um grito, como pregos no quadro-negro de uma escola, fez estremecer sua espinha. 
Sua boca ficou seca. Mesmo que pudesse falar mais alto, ela duvidava que algum dos convidados da festa de papai, lá embaixo, prestasse atenção. Os refrescos e a música de violino eram abundantes. Mesmo Lorde Hartwell, o visconde frustrante, não ajudaria. O homem a mandou para a cama como se ela fosse uma de suas filhas travessas. Plink. Em seguida, um estrondo. Então algo que soou como um xingamento.  Ela apertou os olhos na direção do barulho. O luar destacou os postes de sua cama e um buraco na vidraça. Isso estava errado. Todas as janelas do papai devem estar perfeitas. Mas esta não estava. Quem se atreveu a quebrar uma janela do duque de Simone? Frederica tentou se sentar, mas mover-se alguns centímetros fez o mundo girar forte e pesado. 
Seu jantar e cada sobremesa que ela já tinha comido ameaçavam retornar e fazer uma grande entrada. Algo estava errado.  Ela se sentia mal. Muito mal. Tanto para ser boa e se retirar cedo. Ha-ha-Lorde Hartwell, Lorde Hartsmell1 . Mais cacos caíram. Ela ouviu o vidro quebrando com mais clareza. Seu coração bateu mais rápido, mais rápido do que o piano que tocou no casamento de papai hoje, mais rápido do que as palmas que ele recebeu por sua jovem noiva.  Uma noiva com um terço de sua idade - mais perto dos 22 anos de Frederica. Seu olhar travou nos dedos que se estendiam pelo buraco do tamanho de um punho na janela. Dedos em uma luva de couro preta, luva de homem. Sua pele se arrepiou com um frio que seu cobertor não conseguiu aquecer. Frederica precisava fazer algo. Mas o que? Ohhhh. Por que é tão difícil pensar?  E por que meu braço está dormente e formigando? E minhas pernas... Por que minhas pernas não se movem ou levantam como deveriam? - Estou indo para você. A voz era baixa, profunda, rude. Ninguém deveria vir atrás de Frederica Burghley, não sem um convite. Não era para ser feito, não para a filha de um duque.








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03- A Noiva Borboleta