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20 de novembro de 2011

A Paixão De Kate

Série Família MacCarran
Uma mulher como poucas e um homem especial, unidos por uma paixão abrasadora! 

O capitão Alec Fraser sabe que Kate MacCarran é sinônimo de problemas. 

Não é por acaso que a chamam de Kate, a Endiabrada! 
Ela conseguiu até mesmo realizar a proeza de dopá-lo, depois teve a ousadia de beijá-lo e ainda se atreveu a remexer em seus pertences! 
Agora, a ardilosa espiã está sob a guarda de Alec, e o dever dele é levá-la até Edimburgo, onde será julgada. 
Mas aquela jovem petulante não perde uma oportunidade de desafiá-lo, determinada a escapar, levando junto seus segredos. 
Logo Alec descobre que manter Kate a salvo é uma missão quase impossível... ao mesmo tempo que Kate descobre que render-se à 

Capítulo Um 


Escócia, o Grande Vale, Outubro, 1728. 

— Incrível — murmurou Alec, fitando o panfleto que lhe fora entregue pelo jovem oficial, de pé, em frente á sua escrivaninha na tenda do acampamento. 
— Aqui diz, ameaça escocesa. Concorda, tenente Heron? — Talvez, capitão. — O oficial parecia contrafeito. 
— O general Wade me mandou procurá-lo para lhe falar de meu encontro com essa... ameaça. Alec remexeu em alguns papéis sobre a mesa. 
— Ouvi e li alguns relatos desde que cheguei aqui há poucos dias, mas o senhor é o primeiro que entrevisto pessoalmente sobre o assunto. — Fitou o desenho tosco no panfleto. 
— É muito atraente. — O desenho não lhe faz justiça, senhor — replicou Heron, limpando a garganta. 
Alec inclinou o papel na direção da chama do candeeiro para ler melhor. 
No silêncio da noite, a chuva e o vento sacudiam a lona da barraca que ostentava um catre, uma cômoda de madeira entulhada de documentos e livros, a pequena escrivaninha, e uma cadeira estofada, ocupada nesse momento por Alec. 
Sem ter onde sentar a não ser no catre, o tenente continuava de pé. — Kate, a Endiabrada — leu Alec em voz alta 
— jovem escocesa notória. Ladra e espiã, uma ameaça para a Corte... possui poderes mágicos. — Fitou o tenente. 
— Que diabos significa isso? — É conhecida entre as tropas do general Wade porque pode encantar um homem como uma sereia... e depois roubar documentos debaixo do seu nariz. Possui um dom peculiar, não sei explicar o quê. Veio com a intenção de capturá-la, senhor? 
— Sou advogado, não policial. Mas já que estou aqui revisando documentos legais, o general Wade me pediu para dar atenção a esse assunto também. Tomarei o depoimento por escrito de seu encontro com Kate, a Endiabrada, se não se importa, tenente. 
Assim dizendo, Alec pegou uma folha de papel, uma pena, c molhou a ponta no tinteiro. 
— Claro, senhor! Ela deve ser presa. — Sem dúvida. Está zombando de todos nós com essa farsa. Alec voltou a examinar a imagem da jovem; uma figura delgada com uma pistola em uma das mãos e uma faca na outra. 
Trajava calça escocesa até os joelhos e um paletó combinando, além de um xale xadrez amplo, cruzado sobre o peito. 
Sapatos de fivelas completavam o vestuário. 
Um chapéu escocês com uma pluma enfeitava os cabelos puxados para trás por uma fita. 
Mechas onduladas circundavam-lhe o rosto, e havia uma cicatriz em uma das faces. 
Os olhos eram grandes e a boca carnuda. Kate, a Endiabrada, notória jovem escocesa, atua como espiã para a causa jacobita. 
Utilizando ardis femininos, ilude soldados do governo com seus encantos, e rouba bens da Coroa e do rei. 
Os escoceses supersticiosos dizem que essa sereia de temperamento selvagem e imprevisível possui a magia das fadas da Escócia... Alec ergueu o rosto para o jovem tenente. 
— Foi essa a sua experiência? Iludiu-se, como diz aqui? — Ela... Bateu na minha cabeça com minha pistola. 
— Prossiga. — Não parece com a vadia tola do desenho, mas admito que, conforme diz o texto, possui uma qualidade quase mágica. Quando a conheci, usava um vestido modesto e tinha boas maneiras. Fiquei encantado. Nunca passaria pela minha cabeça que se tratava de uma espiã. — No desenho parece mais um pirata que uma fada. Poderia identificá-la se a visse de novo? 
— Não tenho certeza, senhor. Estava escuro, e minha barraca só recebia a luz de uma vela. Era uma moça adorável, meiga, inocente e educada. — O tenente olhou para o panfleto. 
— Não a vadia desenhada aqui. E deixou uma lembrança. Uma fita branca costurada no formato de uma rosa. A marca dos jacobitas, partidários dos Stuarts. 
— Sim, ela já fez isso antes. Qual sua impressão sobre Kate? 
— Como diz o papel, é uma sereia. Fui arrastado pelo seu encanto. É irresistível. 
— Encanto... irresistível... — Alec ia escrevendo. — Então tiveram um romance de uma noite? O tenente pareceu confuso. 
— Não sei. Na verdade, não consigo me lembrar. Alec franziu a testa. Já lera o mesmo em outros depoimentos. 
Os oficiais nunca tinham muita certeza do que acontecera depois que haviam conhecido Kate e, embora mencionassem beijos, acabavam por adormecer ou cair de bêbedos. 
Alec suspeitava que a jovem usava poções para afetar os homens. 
E sempre que despertavam, os oficiais encontravam a rosa branca, e descobriam que documentos haviam desaparecido, 
— Quando acordei — prosseguiu Heron — a moça desaparecera. 
Alec continuou a escrever, e resmungou. — É esperta. Nenhum dos oficiais consegue descrever sua aparência ou o que aconteceu de verdade. Todos ficam em estado de choque. Inteligentemente difundiu essa lenda sobre poderes mágicos e até soldados frios parecem agora acreditar nisso. — Fitou Heron. — Continue. Faltava algo em sua barraca? 
— Mapas e chocolate. Surpreso, Alec ergueu o rosto do papel. 
— Quê?! 

Série Família MacCarran
1 - A Paixão de Kate
2 - O Rapto de Sophie
3 - Não Digitalizado
4 - A Lenda de Kinloch