Mostrando postagens com marcador Série Família MacCarran. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Família MacCarran. Mostrar todas as postagens

19 de janeiro de 2012

A Lenda de Kinlock

Série Família MacCarran

Paixão negra...

Para receber sua herança, Fiona MacCarran precisa se casar com um escocês rico, e logo. 

Ela chega à nebulosa região das Terras Altas como professora, com a esperança de encontrar um noivo aceitável... até conhecer Dougal MacGregor. 
Fiona sabe que ele é um contrabandista, porém, quando o atraente lorde a toma nos braços, ela esquece as obrigações, a lei e a intenção de encontrar o noivo perfeito... 
Transportar uísque da melhor qualidade, e o mais rápido possível, é o único meio que Dougal tem de proteger seu povo. 
Isso deveria ser simples, mas acontece que nada é simples com Fiona MacCarran por perto. 
Dougal não pode se dar o luxo de se distrair com a adorável professorinha. 
Afinal, um rebelde das Terras Altas e uma moça direita e honesta não podem, jamais, ter um futuro juntos... Ou podem? 
Logo, Dougal e Fiona se vêem envolvidos numa batalha entre a honra e o desejo, cuja vitória depende unicamente de uma doce e incondicional entrega... 

Nota Jenna: Li este livrinho semana passada, adorei...para quem gosta de histórias romanticas da Escócia; fantasias que cercam os montanheses. Aliás esta série toda é muito boa!


Capítulo Um 


Abril de 1823 Lago Katrine, Escócia 

— Ouviu isso? — Patrick MacCarran olhou para as rochas acima, enquanto uma rajada de vento agitava o seu casaco escuro. 
— Tenho certeza de que escutei passos. De pé, ao lado do irmão, Fiona se virou para espiar ao redor e então observou o precipício de pedra calcária e arbustos escuros. 
— Podem ser fantasmas ou fadas — respondeu ela. — Talvez pedrinhas se deslocando por causa do vento. — Ou ainda contrabandistas. Se eu soubesse que subiríamos tão alto à procura de fósseis, teria trazido uma arma de fogo. 
— Pensei que os contrabandistas só saíssem à noite. — São homens, não morcegos — replicou Patrick. 
Ele caminhou, olhando à volta, como se suspeitasse que bandidos estivessem se escondendo atrás das rochas e árvores altas. Fiona se virou para o lago Katrine, que ficava às margens do Vale Kinloch, onde permaneceria durante dois meses, lecionando na pequena escola local. 
Do ponto onde estava, podia ver a superfície lisa e escura do lago e espirais de neblina que subiam pelas colinas que o margeavam. 
Onde o vale encontrava o lago, a paisagem era selvagem. 
Queria permanecer e explorar um pouco mais, mas sabia que a paciência de Patrick estava chegando ao fim, depois da longa caminhada daquela tarde. 
E o rapaz parecia inquieto. Nos últimos meses, o irmão mais novo vinha trabalhando como fiscal de impostos no extremo sul do lago Katrine e parecia em alerta a todos os lugares que ia. Ser um agente do governo nas Terras Altas o amadurecera depressa. 
— Por certo, é o vento, Patrick. 
—Ou alguém querendo atacar autoridades alfandegárias como eu. Está pronta para voltar? — Soando esperançoso, ele apanhou a bolsa de lona. 
— Ainda não. Achei alguns crustáceos aqui e queria continuar olhando. — Fiona se virou para as árvores que os cercavam. 
O verde primaveril apenas havia começado a surgir e o ar ainda conservava o frio cortante do inverno. 
Outra rajada de vento a fez tremer ligeiramente. — Este lugar é tão... remoto. 
— Exatamente. E isso facilita o trabalho dos contrabandistas que transportam cargas de uísque pelas colinas até os lagos e rios. Já a avisei e espero que não esteja tão ansiosa para passar as próximas semanas nesse vale. Há velhacos por toda a parte, posso lhe garantir. 
— Prometi ensinar as crianças daqui. E pretendo cumprir o que me foi estipulado no testamento da vovó. 
— Essas cláusulas podem acabar nos arruinando, menos a James — opinou Patrick. — Volte comigo. Estará em Edimburgo no fim de semana. Eldin lhe emprestará a carruagem se necessário. Nosso primo sempre foi apaixonado por você. 
— Não preciso da caridade nem da carruagem dele. Ficarei até o verão com a sra. Maclan.
— Mary Maclan mal pode ver e ouvir, fala sem parar e bebe uísque como um homem. Fiona riu. — É aceitável que mulheres montanhesas tomem uma caneca com os homens ou até mesmo sozinhas. Ela é uma pessoa encantadora. 
— Não é companhia adequada, caso você pretenda caminhar por estas colinas. Prometa-me que não o fará sozinha. Há muitos malfeitores neste lugar desolado. 
— Como oficial do governo, suspeita que haja um contrabandista em cada canto. 
— Não sem razão. Estou preocupado com seu bem-estar. 
— E eu com o seu. Sei que estava entediado como escriturado do Sinete em Edimburgo e disposto a correr riscos quando foi nomeado autoridade alfandegária. Sir Walter Scott me confidenciou que perseguir contrabandistas é um trabalho estressante e perigoso. Como sua irmã mais velha, não posso deixar de me preocupar. 
— Mas gosto do lado aventureiro da profissão. Aprendi muito nos meses que passei aqui. A região é povoada por maus elementos, lembre-se disso. — Ele franziu o cenho. — A maioria das famílias possui destilarias particulares.

Série Família MacCarran
1 - A Paixão de Kate
2 - O Rapto de Sophie
3 - Não Digitalizado
4 - A Lenda de Kinloch

20 de novembro de 2011

A Paixão De Kate

Série Família MacCarran
Uma mulher como poucas e um homem especial, unidos por uma paixão abrasadora! 

O capitão Alec Fraser sabe que Kate MacCarran é sinônimo de problemas. 

Não é por acaso que a chamam de Kate, a Endiabrada! 
Ela conseguiu até mesmo realizar a proeza de dopá-lo, depois teve a ousadia de beijá-lo e ainda se atreveu a remexer em seus pertences! 
Agora, a ardilosa espiã está sob a guarda de Alec, e o dever dele é levá-la até Edimburgo, onde será julgada. 
Mas aquela jovem petulante não perde uma oportunidade de desafiá-lo, determinada a escapar, levando junto seus segredos. 
Logo Alec descobre que manter Kate a salvo é uma missão quase impossível... ao mesmo tempo que Kate descobre que render-se à 

Capítulo Um 


Escócia, o Grande Vale, Outubro, 1728. 

— Incrível — murmurou Alec, fitando o panfleto que lhe fora entregue pelo jovem oficial, de pé, em frente á sua escrivaninha na tenda do acampamento. 
— Aqui diz, ameaça escocesa. Concorda, tenente Heron? — Talvez, capitão. — O oficial parecia contrafeito. 
— O general Wade me mandou procurá-lo para lhe falar de meu encontro com essa... ameaça. Alec remexeu em alguns papéis sobre a mesa. 
— Ouvi e li alguns relatos desde que cheguei aqui há poucos dias, mas o senhor é o primeiro que entrevisto pessoalmente sobre o assunto. — Fitou o desenho tosco no panfleto. 
— É muito atraente. — O desenho não lhe faz justiça, senhor — replicou Heron, limpando a garganta. 
Alec inclinou o papel na direção da chama do candeeiro para ler melhor. 
No silêncio da noite, a chuva e o vento sacudiam a lona da barraca que ostentava um catre, uma cômoda de madeira entulhada de documentos e livros, a pequena escrivaninha, e uma cadeira estofada, ocupada nesse momento por Alec. 
Sem ter onde sentar a não ser no catre, o tenente continuava de pé. — Kate, a Endiabrada — leu Alec em voz alta 
— jovem escocesa notória. Ladra e espiã, uma ameaça para a Corte... possui poderes mágicos. — Fitou o tenente. 
— Que diabos significa isso? — É conhecida entre as tropas do general Wade porque pode encantar um homem como uma sereia... e depois roubar documentos debaixo do seu nariz. Possui um dom peculiar, não sei explicar o quê. Veio com a intenção de capturá-la, senhor? 
— Sou advogado, não policial. Mas já que estou aqui revisando documentos legais, o general Wade me pediu para dar atenção a esse assunto também. Tomarei o depoimento por escrito de seu encontro com Kate, a Endiabrada, se não se importa, tenente. 
Assim dizendo, Alec pegou uma folha de papel, uma pena, c molhou a ponta no tinteiro. 
— Claro, senhor! Ela deve ser presa. — Sem dúvida. Está zombando de todos nós com essa farsa. Alec voltou a examinar a imagem da jovem; uma figura delgada com uma pistola em uma das mãos e uma faca na outra. 
Trajava calça escocesa até os joelhos e um paletó combinando, além de um xale xadrez amplo, cruzado sobre o peito. 
Sapatos de fivelas completavam o vestuário. 
Um chapéu escocês com uma pluma enfeitava os cabelos puxados para trás por uma fita. 
Mechas onduladas circundavam-lhe o rosto, e havia uma cicatriz em uma das faces. 
Os olhos eram grandes e a boca carnuda. Kate, a Endiabrada, notória jovem escocesa, atua como espiã para a causa jacobita. 
Utilizando ardis femininos, ilude soldados do governo com seus encantos, e rouba bens da Coroa e do rei. 
Os escoceses supersticiosos dizem que essa sereia de temperamento selvagem e imprevisível possui a magia das fadas da Escócia... Alec ergueu o rosto para o jovem tenente. 
— Foi essa a sua experiência? Iludiu-se, como diz aqui? — Ela... Bateu na minha cabeça com minha pistola. 
— Prossiga. — Não parece com a vadia tola do desenho, mas admito que, conforme diz o texto, possui uma qualidade quase mágica. Quando a conheci, usava um vestido modesto e tinha boas maneiras. Fiquei encantado. Nunca passaria pela minha cabeça que se tratava de uma espiã. — No desenho parece mais um pirata que uma fada. Poderia identificá-la se a visse de novo? 
— Não tenho certeza, senhor. Estava escuro, e minha barraca só recebia a luz de uma vela. Era uma moça adorável, meiga, inocente e educada. — O tenente olhou para o panfleto. 
— Não a vadia desenhada aqui. E deixou uma lembrança. Uma fita branca costurada no formato de uma rosa. A marca dos jacobitas, partidários dos Stuarts. 
— Sim, ela já fez isso antes. Qual sua impressão sobre Kate? 
— Como diz o papel, é uma sereia. Fui arrastado pelo seu encanto. É irresistível. 
— Encanto... irresistível... — Alec ia escrevendo. — Então tiveram um romance de uma noite? O tenente pareceu confuso. 
— Não sei. Na verdade, não consigo me lembrar. Alec franziu a testa. Já lera o mesmo em outros depoimentos. 
Os oficiais nunca tinham muita certeza do que acontecera depois que haviam conhecido Kate e, embora mencionassem beijos, acabavam por adormecer ou cair de bêbedos. 
Alec suspeitava que a jovem usava poções para afetar os homens. 
E sempre que despertavam, os oficiais encontravam a rosa branca, e descobriam que documentos haviam desaparecido, 
— Quando acordei — prosseguiu Heron — a moça desaparecera. 
Alec continuou a escrever, e resmungou. — É esperta. Nenhum dos oficiais consegue descrever sua aparência ou o que aconteceu de verdade. Todos ficam em estado de choque. Inteligentemente difundiu essa lenda sobre poderes mágicos e até soldados frios parecem agora acreditar nisso. — Fitou Heron. — Continue. Faltava algo em sua barraca? 
— Mapas e chocolate. Surpreso, Alec ergueu o rosto do papel. 
— Quê?! 

Série Família MacCarran
1 - A Paixão de Kate
2 - O Rapto de Sophie
3 - Não Digitalizado
4 - A Lenda de Kinloch

16 de maio de 2009

O Rapto de Sophie

Série Família MacCarran

Escócia, 1728
Irresistível Tentação!

De um dia para o outro, Sophie se vê casada, possuída e aprisionada, por um homem que ela nunca viu antes.
Criada em um convento, a última coisa para a qual ela estava preparada era ser mulher e refém de um rebelde atraente e sedutor. Sem escolha, Sophie recorre à única arma a seu alcance: a reputação de moça meiga e boa como uma santa.
Ela tenta transformar a vida de Connor num inferno ao criar um ambiente de ternura, paz e harmonia quase celestiais no esconderijo onde ele a mantém cativa, com a esperança de que ele a acabe libertando apenas para se ver livre de sua indesejável influência feminina. Connor, porém, não parece disposto a desistir... e quando seus beijos ardentes e carícias apaixonadas a deixam ansiando por mais, Sophie suspeita de que seu coração já esteja irremediavelmente rendido!

Capítulo I

Perthshire, Escócia, Primavera de 1728.

Connor MacPherson ouviu a aproximação muito antes de eles surgirem. Neblina densa e escuridão ocultavam as colinas e o esconderijo, além de distorcer os sons. Mas o ruído de bridas, o estalar de couro e o tropel de montarias indicavam que o grupo estava perto.
A longa espera terminava e o coração disparava. Apertou o punho da espada embainhada. Katherine Sophie MacCarran — Kate — logo seria sua esposa, raptada sem aviso e casada às pressas.
A união tinha de ser assim, mesmo que ambos não quisessem.
O papel dobrado dentro de sua camisa continha o nome dos dois numa nota assinada pelo irmão dela, proprietário de Duncrieff e chefe do clã Carran.
Connor acataria seu pedido. Afinal, havia provocado a captura e a prisão dele, e agora, ouvia-se o boato de sua morte, ocorrida poucos dias antes. A tristeza por isso era mais profunda do que ele queria admitir.
Foi em frente, os passos silenciosos sobre o capim e as urzes. Olhou para trás e viu que os dois companheiros o seguiam. As roupas e os rostos ficavam indistintos sob as sombras e a neblina, mas ele viu o brilho das pistolas e das espadas. Os habitantes da região montanhosa estavam proibidos de andar armados. Mesmo assim, os três portavam armas.
Escondido atrás de pedras altas, Connor esperou por eles. Pegou a manta xadrez que tinha escondido ali ao preparar o trabalho dessa noite, e colocou-a entre as dobras da sua. Virou-se para trás e indagou em gaélico:
— Tudo pronto?
— As cordas estão nos lugares e o padre já se encontra na velha capela, nas colinas — Neill Murray, seu ajudante, respondeu.
Connor MacPherson observou a neblina. Pronto para saltar como um gato selvagem, ele nem podia distinguir a presa.
— Isto não passa de brincadeira. Podemos fazer pior — disse Andrew MacPherson, seu primo.
— Não. Já estamos causando problemas demais — Connor declarou.
— Existem outras maneiras para se arranjar uma noiva — Neill resmungou.
— Não tão rápidas quanto esta — Connor contestou.
O barulho estava mais perto. A neblina abriu uma brecha por um instante e ele pôde ver a trilha. Conhecia seu curso pelo vale como a própria mão. Sabia o lugar exato dos dois rios e das pontes. Calculou quanto tempo o grupo levaria para alcançá-las.
— Cavalos. Dois montanheses a pé e dois soldados da cavaiaria escoltam a moça e sua acompanhante desde que elas deixaram a casa do magistrado — Neill murmurou.
— Isso mesmo. Nós as vimos mais cedo. Depois que jantaram lá, sir Henry as mandou para casa com a escolta — Andrew confirmou.
— Gentileza dele — Connor resmungou. — Deixem os homens caírem na água e poupem as damas. Depois, fujam. Se eu for apanhado por roubar uma noiva, serei enforcado sozinho.
— Estaremos às suas costas como sempre, Kinnoull — Neill garantiu.
Connor ignorou o aperto no coração. Kinnoull. Ele ainda possuía o título, mas não a propriedade. O fato de sir Henry morar em sua casa agora o queimava como ferro em brasa.
Cauteloso, fez um gesto para os companheiros e seguiu em frente. Não se abaixaria, pois era muito alto e orgulhoso demais para isso.
Escondeu-se atrás de outras rochas e prestou atenção. Ouviu a marcha do grupo e até quase as batidas do coração.
Ele ainda podia voltar atrás e escapar dessa loucura. Kate MacCarran era uma jovem excelente e corajosa. Embora a tivesse visto uma única vez, sabia que ela sempre demonstrava entusiasmo e audácia. O próprio irmão tinha confirmado que ela estivera envolvida com espionagem jacobita que apoiava os pretendentes Stuart. Ela seria uma boa parceira para um fora-da-lei, embora muitos afirmassem que Connor MacPherson não servia como marido para mulher alguma.
Ele não deveria estar ali, disse a si mesmo. Numa noite como essa nada melhor do que ficar sentado perto do fogo com seu uísque, o violino e os sonhos perdidos. Mas à vontade de prosseguir era como uma fome profunda.
O grupo estava mais perto. Connor já vislumbrava os dois montanheses a pé, seguidos pelas mulheres a cavalo e, atrás, os soldados da cavalaria.
Ele ainda não queria uma esposa e, muito menos, dessa forma.
Mas a nota o prendia à promessa agourenta. 

Sempre cumpria a palavra dada, mesmo que fosse a um homem já morto. 
Além do mais, devia esse favor àquele homem e ao seu clã. Duncrieff havia dito que a moça precisava ser roubada e se casar antes que alguém interferisse.

Série Família MacCarran
1 - A Paixão de Kate
2 - O Rapto de Sophie
3 - Não Digitalizado
4 - A Lenda de Kinloch