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13 de outubro de 2010

A Revelação








Doce espiã!
Linda, inteligente e corajosa, Emily Redgrave sempre pareceu ser invencível.


Mas depois de seu recente confronto com um temível assassino, ela precisa tomar cuidado em sua próxima missão... Emily tem de fazer tudo o que estiver a seu alcance para defender Grant Ashbury, o poderoso... e charmoso... lorde Westfield, contra os inimigos sem nome e sem rosto que estão empenhados em destruí-lo.
O que Emily não sabe é que Grant tem sua própria missão: proteger a ela... 
Destinados a perseguir um ao outro em círculos por toda a Londres, Emily e Grant estão mais do que sujeitos a frustrações... e principalmente a distrações, pois, embora possa colocá-los em perigo, a paixão entre ambos é impossível de resistir...


Capítulo Um


Londres, 1814
O ar da noite estava frio e penetrante, porém Emily Redgrave mal o sentiu ao abrir a porta e sair para o terraço.
Não se importaria com o mais severo dos invernos, pois escapava de sua prisão. Finalmente, meses de planejamento e semanas de trabalho estavam prestes a terminar. 
Em poucos momentos, estaria livre.
Seu coração disparou enquanto ajeitava a capa pesada sobre os ombros e verificava se o capuz cobria bem os cabelos claros, a fim de que não se destacassem nas sombras. Não havia, tido tempo para os disfarces e fantasias habituais.
Seria naquele momento ou nunca.
Com cuidado, subiu no parapeito e, equilibrando-se nele, olhou para o jardim abaixo. 
Tomara os lençóis amarrados suportassem seu peso.
Curvou-se para prender uma das pontas sob uma saliência de pedra na parede e, então, escorregou para fora do parapeito.
Juntou os pés em volta do primeiro nó e suspirou, aliviada, ao balançar-se em segurança. Agora precisava iniciar a longa descida para se pôr a caminho da liberdade.
Bem devagar, sempre circulando os nós dos lençóis com os pés ou as mãos, ela foi descendo.
A curtos intervalos, olhava para baixo, a respiração se condensando em volta da cabeça enquanto o chão ficava cada vez mais perto.
Uma rajada de vento fez a corda de lençóis balançar.
Ela se imobilizou ao sentir o corpo se movendo como um pêndulo. Ainda estava longe do chão e uma queda provocaria ferimentos graves.
Mal acabava de se recuperar de um tombo. 
Passar mais tempo de cama era a última coisa que precisava no momento.
O vento amainou e ela continuou a descida. 
Quando suas botas tocaram o chão, foi preciso um bom esforço para não gritar de alegria.
 Mais uma fuga audaciosa concluída: a primeira em muitos meses.
Ajeitou a capa nos ombros e virou-se para o portão do jardim e a rua movimentada do outro lado, porém se viu diante de um homem. 
Charles Isley ergueu a lanterna e dirigiu-lhe um olhar que não podia ser mal interpretado, mesmo sob a luz fraca.
— Emily — resmungou seu nome, sem disfarçar a frustração.
Numa reação infantil, ela bateu o pé no chão. Depois, afastou o capuz, mostrando o rosto e o encarou.
— Boa noite, Charlie.
— Vamos entrar. — Ele apontou a porta que ia do jardim para a sala de estar. 
Era uma ordem e não um convite.
Emily suspirou ao entrar no aposento claro e aquecido. Havia quase conseguido fugir.
Charles fechou e trancou a porta enquanto ela se atirava na cadeira mais próxima e cruzava os braços sobre o peito numa atitude de desafio.
— Emily, Emily... — Ele balançou a cabeça e serviu dois cálices de xerez. 
Entregou-lhe um, sentou-se numa cadeira à sua frente e a fitou.
Ela apertou os lábios, tentando controlar as emoções. Maldito! 
Charlie sempre a fazia se sentir culpada se quebrava o protocolo ou se mostrava zelosa demais em algum caso.
Pois não se desculparia desta vez.
— Como descobriu?
Charlie não teve a chance de responder antes de a porta do corredor abrir.
Emily levantou o olhar e viu suas duas melhores amigas, Meredith Archer e Anastasia Tyler entrar na sala.
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