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16 de outubro de 2011
A Bela Cortesã
Lady Celita Howe estremeceu ao mirar sua imagem no espelho do grande hall do castelo de Eldridge.
Os lábios coloridos e os cílios maquilados lhe emprestavam uma aparência vulgar.
Mas precisava de dinheiro para salvar sua propriedade da ruína, e o conde iria oferecer um grande prêmio para a cortesã mais bela de sua festa.
Jovem e inocente, Celita não percebia que aquela farsa representava sua degradação moral, sua desonra!
Capítulo Um
1820
O conde de Eldridge subiu os poucos degraus da entrada principal do White's Clube.
O recepcionista cumprimentou-o.
— Bom dia, milorde. É bom vê-lo de volta.
O conde sorriu.
Era uma tradição entre os empregados do Clube, lembrarem-se de todos os sócios; e o conde ausentara-se de lá por muitos anos.
— Estou muito contente por estar de volta, Johnson — respondeu ele, satisfeito consigo mesmo por ter se lembrado do nome do recepcionista.
Entregando ao criado o chapéu alto, encaminhou-se à sala matutina do Clube. Lançou um rápido olhar ao canto onde Beau Brummel costumava ficar antes de ser exilado da Inglaterra.
Depois viu os homens que procurava, no outro extremo da sala.
Havia quatro deles, e todos o fitaram com espanto. Deram um grito:
— Roydon! É você mesmo?
Levantaram-se e estenderam-lhe a mão.
O conde cumprimentou quatro de seus melhores amigos.
Fora contemporâneo de três, em Eton.
— Onde esteve esse tempo todo? — James Ponsonby lhe perguntou.
— Em minha fazenda, Jimmy — respondeu o conde —, consertando o telhado da casa e tentando evitar que meus arrendatários morressem de fome.
Ele falava com amargor.
Depois acrescentou, num diferente tom de voz:
— Mas, agora, tudo está terminado, completa e absolutamente terminado.
Pronunciou as últimas palavras devagar, e os amigos encararam-no intrigados.
— Que quer dizer com isso? — um deles indagou.
O conde deu um profundo suspiro antes de responder:
— Inesperadamente, fiquei rico!
Por instantes, o silêncio foi completo.
Depois, como todos começassem a falar ao mesmo tempo, o conde ergueu a mão pedindo silêncio.
Pelo amor de Deus, deixem-me antes tomar uma bebida. Preciso muito!
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