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17 de novembro de 2013
A Maldição De Elise
Escócia e Itália, 1486
Por sugestão de uma vidente, lorde Taveon Kraig viaja à Itália com o intuito de recuperar um amuleto mágico e, com ele, quebrar uma maldição antes que esta tire a vida de sua cunhada grávida no momento de dar à luz, como tem acontecido com todas as mulheres de sua família ao longo de um século.
Quem possui o amuleto é Viviana Gorini de Medici Martinus Da Vincenza, uma escultora cega, e guardiã de Lorenzo o Magnífico.
Ela usa a magia do amuleto para enxergar através dos olhos de outras pessoas.
Depois de sobreviver a dois casamentos infelizes sem engravidar, e de ser considerada estéril, Viviana está determinada a não se casar novamente.
Taveon não tem coragem de privar Viviana de sua visão, tirando-lhe o amuleto.
Acreditando que ela esteja protegida da maldição, Taveon lhe propõe casamento e tira proveito das superstições de Lorenzo para forçá-la a voltar com ele para a Escócia. A princípio, ele encontra resistência por parte de Viviana, pois sua experiência com os dois casamentos anteriores a deixam bastante relutante em aceitar a proposta.
No entanto, não demora muito para que a atração mútua se torne impossível de ignorar e de combater. Mas esse amor entre Taveon e Viviana, que se intensifica a cada dia durante a viagem, será suficiente para quebrar a maldição e salvar a todos?...
Capítulo Um
Itália, no ano de nosso Senhor 1486
— Remova suas vestes, per favore.
Embora chocado, Taveon Kraig não ousou negar o pedido da beldade. Sua indiferença confirmava a dúvida persistente que o aguilhoara por quase uma semana. O vínculo da moça com as famílias mais ricas de toda a Itália não poderia mais ser negado. Ela era uma cortesã do império Medici.
Uma onda de excitação o percorreu conforme, mais do que ansioso por se livrar da roupa, ele soltou os grampos que fechavam o gibão cor de vinho. O inferno devia se bem embaixo do solo de Florença, pois nunca conhecera um clima tão sufocante.
— Há um manto sobre a cadeira, caso seja tímido. — Ela apontou para uma das poucas peças de mobília no quarto.
Tímido? Taveon sorriu. Não sabia o significado da palavra.
Após tirar as botas, livrou-se da túnica pela cabeça e ajeitou as vestes com cuidado sobre o espaldar da cadeira, desviando os olhos da meretriz apenas um instante para estudar os entalhes de serpentes e querubins na madeira. Tudo no palácio Medici era ricamente decorado: o mobiliário, os painéis das portas... as mulheres.
A moça levantou a saia marfim, expondo pés descalços, e flutuou com graça pelo quarto a fim de abrir as cortinas de uma janela em arco. Com os olhos e os lábios fechados, inclinou o rosto para cima e sorriu. A luz se derramou sobre sua pele impecável, e os longos cabelos lhe caíram em cascata pelas costas como um véu de seda preta.
Ansioso pelo momento em que iria enredar os dedos naquela massa sedosa, Taveon sentiu as palmas das mãos coçar e os testículos latejar dentro das calças, as quais não conseguia descartar com rapidez suficiente.
Não se engrace com a menina, ou ela vai acabar na sepultura como as outras!
A advertência da vidente soou em sua cabeça, contudo ele decidiu se engraçar com a garota italiana mesmo assim, pois essa poderia ser a melhor forma de localizar o amuleto.
Libertou-se da última peça de roupa sem tirar os olhos da moça. Ela era linda, e parecia disposta a se divertir em plena luz do dia, bem no meio do quarto mal mobiliado.
— Não há nenhuma cama?
— Não. Vai ter que ficar de pé.
Ela se virou, fazendo o coração de Taveon perder uma batida. Ele iria precisar de todas as forças para não se aliviar dentro dela, pois, se fracassasse naquela tarefa, iria lhe envenenar o ventre com sua semente maldita, assim como fizera com Nessa.
— Estou pronto. — Nu em pelo, e um tanto vaidoso, ele abriu os braços em franca apresentação.
A menina não esboçou uma reação muito entusiasmada diante de seu físico, e Taveon flexionou os músculos, esperando que ela prestasse mais atenção ao que ele considerava uma ereção mais do que impressionante. Seu olhar, entretanto, nem uma vez se desviou para baixo.
Ele franziu o cenho. O que havia de errado com ela?
— Imagino que mestre Lorenzo tenha lhe explicado como trabalho?
— Sim — ele mentiu. Tinha se esgueirado por telhados e corredores só para chegar até ela. Por duas noites, aguardara a oportunidade de passar pelo punhado de sentinelas que guardava o palácio.
A moça caminhou em sua direção e parou a um fio de cabelo de seu peito.
Senhor! Ela era pequena e cheia de curvas. Tinha seios fartos, cintura fina e quadris de enlouquecer qualquer um. Devia ser suave e flexível... e contava com uma boa porção de carne da qual ele poderia se servir.
Taveon pensou em todas as maneiras com as quais pretendia prender aquele corpo junto ao seu, o desejo ardendo nas veias. Mal chegara perto dela e já estava encantado com seus olhos. Eram incríveis, de um tom único de violeta: um violeta meio esfumaçado. Uma mistura erótica de mel e citrino invadiu seus sentidos como lava, e o toque da saia de veludo contra suas canelas fez seus mamilos enrijecer e seu membro se projetar, ansioso. Ele iria desfrutá-la e se recusava a permitir que ela apressasse o processo, independentemente de sua experiência.
Sim, ele iria prová-la e mostrar todas as maneiras pelas quais um escocês poderia proporcionar prazer a uma mulher.
Uma das mãos delicadas se estendeu para tocá-lo, e Taveon se preparou para o contato. Dedos frios tocaram seu peito, e ele combateu o impulso de recuar.
Os olhos cor de violeta da moça se arregalaram. Ela deu um passo para trás e soltou uma exclamação, a respiração acelerada, as sobrancelhas finas e escuras franzidas. Hesitante, mordeu o lábio e o tocou de novo, desta vez com a ponta de um dedo, então tornou a puxar a mão.
— Cazzo! — falou em sua língua nativa, contudo a ênfase que colocou na palavra deixou claro que ela praguejava... Ou rezava?
— Por favor, doçura, não tenha medo. — Taveon passou um braço por sua cintura, puxando-a contra si, o membro ereto pressionado contra seu ventre.
Ela sacudiu a cabeça, os olhos se estreitando para fitá-lo.
— Quem é você?
— Sou o único amante que há de querer daqui para a frente ...
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