Depois de estar comprometida há dez anos com o Visconde Hallet, seu amigo de infância, Lady Elizabeth Mcquenzie está disposta a procurar o amor quando seu noivo retorna à Inglaterra.
Mas o amor vem mais cedo do que ela esperava, com quem ela não esperava. Lorde Alexander Folcher, o irmão mais novo de seu noivo, começa a insinuar-se em sua vida de uma forma mais íntima e voraz que seu futuro marido. Envolto em um mar de intriga familiar, um amor inesperado e um visconde disposto a fazer qualquer coisa para recuperar o que é seu por direito, Elizabeth verá quais são as consequências por tomar decisões erradas.
Capítulo um
1815, outubro, Whitehall, Inglaterra.
O dia estava bastante ensolarado para ser começo de Outono. Era estranho quando fazia bom tempo em Whitehall. Sua casa de campo ficava refletida no lago que tinha adiante, mostrando também sua imagem pálida e cansada.
Havia passado vários meses da morte de sua mãe.
Todos possuem a esperança de encontrar uma alma gêmea no mundo, a sua tinha sido sua mãe. E a tinha perdido por um estúpido capricho do destino, por uma pneumonia que não pôde ser combatida.
Esteve ao seu lado, dia após dia, desde o momento que tinha adoecido. Saber que desfrutou da companhia dela até o último segundo a fez sentir-se melhor.
Porém mais nada se podia fazer por ela. A vida seguia, uma prova disso era ver nesse momento o alvoroço que estava em sua casa, com a pressa de arrumar tudo para a chegada de seu prometido.
Seu prometido!
Alguém a quem não via desde os oito anos, quando seus respectivos pais os sentaram para comunicar que no futuro apropriado, seriam marido e mulher.
Michel Folcher, visconde Hallet, tinha sido escolhido para fazer-lhe companhia toda sua vida, escolha que tinha feito seu pai.
Tinha sido bem mais um favor entre os dois pais chefes das famílias. A família Folcher estava quase arruinada pelas tendências ao jogo que lorde Miterpolnd possuía. E os dois amigos tinham chegado à conclusão de que uma forma de ajudar a ambos seria comprometer seus dois filhos em uma união. Desta forma, lorde Miterpolnd pagaria suas dívidas com o dote de Elizabeth, e seu pai, lorde Sufertland, livrar-se-ia do estorvo que era sua filha. Já que para ele só havia um primogênito em sua família, o qual merecia todo seu afeto e atenção. Matt, seu irmão.
Mas nada disso lhe importava. Agora só pensava em como aceitar o fato de estar a ponto de ver seu futuro marido depois de tantos anos. Tantos anos de paz, pensando que possivelmente com um pouco de sorte esqueceria daquele compromisso e não voltaria nunca. Não lhe importava ficar sozinha. Talvez fosse melhor do que cumprir a vontade de seu autoritário pai.
Umas risadas as suas costas a fizeram girar-se para ver de onde procediam, e viu que duas das criadas da casa pulavam enquanto tentavam chamar a atenção de um lacaio. Sentiu inveja por elas. Pela livre escolha que tinham de escolher a quem quisessem para compartilhar seus dias.
Queria deixar de lamentar-se, não era muito próprio dela ser tão melancólica e negativa. Sempre tinha se resignado aceitar a forma como seu pai havia guiado sua vida. E o odiava por isso. E odiava a si mesma por não ser capaz de negar nada do que ele ordenasse para seu destino.
Capítulo um
1815, outubro, Whitehall, Inglaterra.
O dia estava bastante ensolarado para ser começo de Outono. Era estranho quando fazia bom tempo em Whitehall. Sua casa de campo ficava refletida no lago que tinha adiante, mostrando também sua imagem pálida e cansada.
Havia passado vários meses da morte de sua mãe.
Todos possuem a esperança de encontrar uma alma gêmea no mundo, a sua tinha sido sua mãe. E a tinha perdido por um estúpido capricho do destino, por uma pneumonia que não pôde ser combatida.
Esteve ao seu lado, dia após dia, desde o momento que tinha adoecido. Saber que desfrutou da companhia dela até o último segundo a fez sentir-se melhor.
Porém mais nada se podia fazer por ela. A vida seguia, uma prova disso era ver nesse momento o alvoroço que estava em sua casa, com a pressa de arrumar tudo para a chegada de seu prometido.
Seu prometido!
Alguém a quem não via desde os oito anos, quando seus respectivos pais os sentaram para comunicar que no futuro apropriado, seriam marido e mulher.
Michel Folcher, visconde Hallet, tinha sido escolhido para fazer-lhe companhia toda sua vida, escolha que tinha feito seu pai.
Tinha sido bem mais um favor entre os dois pais chefes das famílias. A família Folcher estava quase arruinada pelas tendências ao jogo que lorde Miterpolnd possuía. E os dois amigos tinham chegado à conclusão de que uma forma de ajudar a ambos seria comprometer seus dois filhos em uma união. Desta forma, lorde Miterpolnd pagaria suas dívidas com o dote de Elizabeth, e seu pai, lorde Sufertland, livrar-se-ia do estorvo que era sua filha. Já que para ele só havia um primogênito em sua família, o qual merecia todo seu afeto e atenção. Matt, seu irmão.
Mas nada disso lhe importava. Agora só pensava em como aceitar o fato de estar a ponto de ver seu futuro marido depois de tantos anos. Tantos anos de paz, pensando que possivelmente com um pouco de sorte esqueceria daquele compromisso e não voltaria nunca. Não lhe importava ficar sozinha. Talvez fosse melhor do que cumprir a vontade de seu autoritário pai.
Umas risadas as suas costas a fizeram girar-se para ver de onde procediam, e viu que duas das criadas da casa pulavam enquanto tentavam chamar a atenção de um lacaio. Sentiu inveja por elas. Pela livre escolha que tinham de escolher a quem quisessem para compartilhar seus dias.
Queria deixar de lamentar-se, não era muito próprio dela ser tão melancólica e negativa. Sempre tinha se resignado aceitar a forma como seu pai havia guiado sua vida. E o odiava por isso. E odiava a si mesma por não ser capaz de negar nada do que ele ordenasse para seu destino.
Sentia-se uma pessoa débil quando tratava de seu pai. A respeito de todo o resto poderia dizer que era uma lutadora capaz de defender-se. Porém seu pai havia se apossado de sua vida de tal maneira que já não importava o que fizesse com ela. Possivelmente algum dia se rebelaria a tal ditadura, mas nesses momentos sentia-se muito flagelada pela dor da perda.
Começou lentamente a caminhar para os fundos da casa. Era tarde e devia ir trocar-se, colocar um vestido de noite dos mais distintos que tivesse. Era muito necessário que seu prometido a encontrasse bem arrumada, para causar-lhe uma boa impressão.
Ao chegar ao segundo andar, onde estavam os dormitórios, encontrou-se com quase todos os serventes carregando numerosas coleções de baixelas e toalhas para mostrar à governanta, senhora Juster. Era necessária sua aprovação para cada um dos detalhes daquela festa, assim todo o pessoal da casa estava esperando o veredicto.
Em um ato de responsabilidade por ser a anfitriã da noite, aproximou-se da senhora Juster para ver como estavam os preparativos.
― Senhora Juster.
― Lady Elizabeth!
Começou lentamente a caminhar para os fundos da casa. Era tarde e devia ir trocar-se, colocar um vestido de noite dos mais distintos que tivesse. Era muito necessário que seu prometido a encontrasse bem arrumada, para causar-lhe uma boa impressão.
Ao chegar ao segundo andar, onde estavam os dormitórios, encontrou-se com quase todos os serventes carregando numerosas coleções de baixelas e toalhas para mostrar à governanta, senhora Juster. Era necessária sua aprovação para cada um dos detalhes daquela festa, assim todo o pessoal da casa estava esperando o veredicto.
Em um ato de responsabilidade por ser a anfitriã da noite, aproximou-se da senhora Juster para ver como estavam os preparativos.
― Senhora Juster.
― Lady Elizabeth!