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27 de novembro de 2011

Um Herdeiro Intrigante


Na riqueza ou na pobreza...

Casada e viúva num período de poucos dias, Chastity Somers pretende reivindicar a herança do marido, o conde de Barrington, para poder cuidar dos primos dele, que ficaram órfãos e perderam tudo.

Depois de tirar as crianças do reformatório, ela as leva para Sunnyledge, a propriedade que lhe pertencerá legalmente, isso se não aparecer nenhum outro herdeiro no prazo de três meses... e se a conduta dela for irrepreensível.

Chastity, porém, tem de enfrentar Reed Gilbride, que alega também ser herdeiro do conde.
Aquele homem perigosamente atraente tem o poder de destruir todos os seus sonhos. Chastity reza para que ele não consiga encontrar provas de sua origem... e para que não perceba o poder que tem sobre o seu coração.
Se acaso se render à paixão que Reed lhe inspira, ela sacrificará o futuro das crianças... ou encontrará a chave para seu próprio futuro?...

Capítulo Um

Glowcester, Inglaterra, maio de 1817.

— Está roubando estas crianças? — Apanhada ao lado de uma das janelas do reformatório de dois andares, Chastity Somers conteve um grito e puxou os pequenos para junto de si.
A noite escura, perfeita para seus planos, transformou-se em uma armadilha.
Não conseguia ver nada nem ninguém além da escuridão na viela abaixo.
O dono da voz grave e profunda parecia imóvel, contudo ela não ousou permanecer do mesmo modo.
Precisava tirar aquelas crianças dali em segurança.
Não podia falhar com os primos de seu marido da mesma forma que falhara com o próprio William.
Decidida, Chastity fez um gesto para que as crianças se adiantassem e tentou falar com seu melhor sotaque britânico:
— Não seja ridículo. Ninguém pode roubar o que já lhe pertence.
O intruso não respondeu e ela tirou a última das quatro crianças pela janela.
— Mas, Kitty... —A versão de Luke para o nome dela ecoou em alto e bom som enquanto o menino a puxava pela manga. — Você está nos roubando.
— Quieto, Luke!
— Está tudo bem, senhor — Matthew quis tranquilizar o estranho.
— Nós queremos ser roubados.
Fortalecida pela defesa do garoto, Chastity continuou a operação de resgate.
— Mark, pegue a mão de Rebeca. Fiquem perto da parede e segurem-se no peitoril.
Ninguém tiraria os pequenos dela outra vez, jurou, enquanto se dependurava no parapeito e tentava baixar o corpo, acabando por cair sentada no chão.
Em meio às gargalhadas das crianças, sentiu uma mão forte agarrá-la pelo braço e o coração disparar.
O homem deve ter percebido seu pavor, pois afrouxou a pressão, embora continuasse a segurá-la.
Sua proximidade e a mistura de um odor de cavalo e couro trouxeram a Chastity um sentimento de segurança como o que William lhe proporcionava.
A sensação de bem-estar, entretanto, parecia mais intensa agora.
Meneou a cabeça, querendo afugentar aqueles pensamentos tolos.
— Não ouvi seu cavalo se aproximando — resmungou, tentando contornar a inesperada e absurda situação.
— O nome dele é Segredo — o estranho declarou orgulhoso.
— Serviu-me muito bem em Waterloo.
Certa de que um militar não lhe faria mal, embora pudesse ter lutado contra seu povo, ela permitiu que o desconhecido a ajudasse a se levantar.
Por algum motivo, confiou no tom daquela voz.
— As crianças não têm medo de você — comentou o homem.
— Claro que não. Mas como pode afirmar isso?
— Crianças assustadas raramente riem.

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8 de fevereiro de 2011

Um Sonho de Mulher




Tudo começou com um beijo....

Patience baniu por completo o amor de sua vida.
E concordar em ajudar quatro moças americanas desiludidas a encontrar um marido inglês nobre foi apenas uma maneira de conseguir sua passagem de volta para a Inglaterra e a sua independência.

Porém a vida a bordo do navio de Grant St. Benedict foi tudo menos confortável.
O arrogante capitão instigava a curiosidade de Patience.
Um simples beijo podia não arruinar sua reputação, mas era um convite tentador para ansiar por muito mais...
Grant desistiu de sua herança e título para viver aventuras como capitão de um navio, mas Patience o deixou tão atarantado que ele desejou chegar logo à terra firme.
Ele jamais havia conhecido uma mulher mais irritante... ou mais desejável.
O amor era um risco maior que qualquer tempestade em alto-mar, porém Grant não conseguia resistir à tentação de provar a Patience que conquistar independência não se comparava a uma vida de paixão juntos...

Capítulo Um


Newport, Rhode Island Agosto, 1810
Patience Kendall abria e fechava os punhos, inquieta, enquanto analisava o navio que a levaria de volta para a Inglaterra.
Nervosa, quase amedrontada, seguiu pelo caminho de cascalhos, escorregou e caiu.
Ao erguer a cabeça, rezou para que não houvesse tes­temunhas.
Desejou que as ondas que batiam na amurada a levassem, evitando tamanha humilhação. Por sorte, não havia ninguém por perto.
Teve vontade de desaparecer, sabendo muito bem que era tolice ter tais pensamentos. Levantou um braço, depois uma perna, e ficou surpresa ao constatar que não se machucara.
Os cascalhos, quentes pelo sol, aqueciam seu rosto, uma sensação confortadora. Diante de seus olhos, uma formiga parou, examinando-a, provavelmente imaginando como iria transpor um objeto tão grande.
Patience sabia muito bem como o bichinho se sentia, pois também tinha sua própria missão gigantesca a cumprir.
Espalmando as mãos sobre os cascalhos, ergueu o corpo.
Gaivotas pousavam na terra, e a risada distante de um homem se fez ouvir.
Pensou se teria ajuda, mas, sem dúvida essa pessoa demoraria a se aproximar.
Ainda desajeitada, ficou em pé, enquanto um marinheiro com ar zombeteiro parava diante dela, os raios fortes do sol tampando seu rosto.
Ele lhe ofereceu a mão, e ela recusou.
Cheia de dignidade, acabou de se erguer por conta própria.
Infelizmente, prendeu o salto do sapato na barra do vestido. Oscilando, terminou por apoiar-se no tórax do marinheiro. Quando por fim se apru­mou, notou que o alto de sua cabeça mal atingia o queixo do homem.
Com ar surpreso, ele a fitou. Apesar de seu ar temível por causa da barba cerrada, dos cabelos escuros e das sobran­celhas grossas, um brilho divertido pairava em seu olhar.
Mantendo o contato visual, ela tratou de procurar o sapato que caíra, tateando com os dedos do pé descalço.
— Permita que a ajude — ofereceu ele, inclinando a cabeça em um gesto cavalheiresco.
Em seguida agachou-se, tomou-lhe a perna e calçou o pé descalço de Patience, que resmungou contrariada.
Ao sentir os dedos quentes em seu tornozelo, quase perdeu o equilíbrio de novo.
Procurando apoio, acabou por agarrar-se aos cabelos escuros do marinheiro.
Puxou sua cabeça com tanta força que quase o sufocou de encontro às saias e anáguas que usava.
Ao ouvir os protestos abafados pelo tecido, gritou afastando-o.
O homem se aprumou com um sorriso largo nos lábios.
Apesar de sentir o rosto ruborizado e uma inquietação física por causa do riso rouco e sensual do estranho, Patience lutou para manter o autocontrole quando, na verdade, o que deseja­va era apagar o sorriso insolente daquele rosto barbado.
— Não foi nada engraçado — censurou-o com severidade. — Eu poderia ter me machucado muito.
— Por quê? Achou que eu fosse morder sua perna? Ignorando o comentário, ela ergueu o queixo com dignidade.
— Estava me referindo ao tombo.
Irônico, ele entortou o lábio e passou os dedos pelos cabe­los negros.
O mesmo gesto displicente de sempre, mas que pareceu encantador aos olhos dela.
Encantador? Devo estar maluca! Bati com a cabeça em alguma pedra e perdi o juízo!

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