Mostrando postagens com marcador Besta Negra do Belleterre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Besta Negra do Belleterre. Mostrar todas as postagens

23 de junho de 2010

A Besta Negra do Belleterre






 


 A história da Bela e a Besta na Inglaterra vitoriana.

A besta negra do Belleterre tem um herói: James Markland, barão de Falconer, que cresceu em solidão e, além disso, está desfigurado por uma lesão. Leva um capuz para ocultar seu rosto, e vive em solidão.
Um homem chamado Sir Edward Hawthorne toma emprestada uma quantidade substancial de dinheiro dele, e não pode devolver. Quando vai enfrentar ao senhor Hawthorne, vê de longe a Ariel, sua formosa filha.
Logo se inteira de que Sir Hawthorne tem a intenção de casá-la com um homem mais velho com o fim de pagar a seus credores. Falconer se oferece em seu lugar, a contrair matrimônio só de nome com Ariel.

Comentário da Revisora Waleria: O livro é de uma leitura rápida, principalmente para quem gosta de romances históricos. Tem muito da "Bela e a Fera". E os sonhadores adorarão a história. Uma moça linda que se sente deslocada por ser inteligente e só ser vista como uma decoração, um homem bondoso e fiel que foi desfigurado ainda jovem. Não é hot, mas é uma graça. Boa leitura.

A Besta Negra Do Belleterre
Ele era feio, muito feio. Não sabia disso quando era jovem e tinha uma mãe que o amava apesar de seu rosto.
Quando as pessoas o olhavam de modo raro, havia presumido que era porque era o filho de um lorde. Como havia poucos meninos que estivessem dispostos a serem amigos dele, não pensou mais nisso.
Foi só mais tarde, quando sua mãe havia morrido e o acidente tinha aumentado sua natural fealdade, que James Markland se deu conta de quão diferente era.
As pessoas o olhavam fixo ou, se eram educados, afastavam rapidamente o olhar.
Seu próprio pai não o olhava diretamente nas raras ocasiões em que se encontravam.
O sexto barão Falconer tinha sido um homem muito arrumado; James não o culpava por desprezar a um filho que era tão claramente indigno do antigo e nobre nome que ambos levavam.
Não obstante, James era o herdeiro, assim lorde Falconer tinha dirigido o desagradável assunto com uma consumada e aristocrática graça: tinha instalado ao menino em um pequeno e remoto imóvel, ocupou-se de que fossem contratados tutores competentes, e não tinha pensado mais nele.
O chefe dos tutores, senhor Grice, era um homem severo e beato, generoso com as surras (punição por mau comportamento) tanto como com os sermões sobre a inevitável maldade da natureza humana.
Em seus dias mais joviais, o senhor Grice dizia a seu estudante quão afortunado era por ser bestial em um modo que todo mundo podia ver; a maioria dos homens levava a fealdade em suas almas, onde facilmente podiam esquecer sua maldade básica.
James deveria sentir-se agradecido de que lhe tivesse concedido semelhante oportunidade assinalada para ser humilde.
James não tinha estado agradecido, mas sim resignado. Sua vida poderia ter sido pior; aos serventes pagava o suficiente para tolerar ao moço ao que serviam, e um dos moços do estábulo inclusive era amistoso.
Assim James tinha um amigo, uma biblioteca, e um cavalo. Estava satisfeito a maior parte do tempo.
Quando o sexto lorde morreu — de um modo próprio de um cavalheiro, enquanto jogava whist — James se converteu no sétimo barão Falconer.