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27 de julho de 2014

Cavaleiro da Meia-Noite

A fortuna e o futuro do rancho do conde espanhol Eduardo Cortes correm perigo.

Tragédia, problemas financeiros e pressão familiar o obrigam a buscar um casamento de conveniência. 
Ao encontrar Bernadette Barron vagando apavorada e desarrumada depois de um baile da alta sociedade, ele sabe que sob a sujeira se esconde uma mulher linda e rica...Mas Bernadette será apenas mais uma dor de amor? 
Ou Eduardo finalmente conheceu alguém com o poder de salvar seu rancho e curar seu coração? 
Ele pode dar a Bernadette um título de nobreza… 
Mas corresponderá aos sentimentos dela? 
Olhando no fundo dos olhos penetrantes do marido, Bernadette percebe sua frieza calculista, ao mesmo tempo em que é dominada por uma excitação apaixonada. 
O grande desejo que os consome será suficiente para superar os crescentes desafios que enfrentam e proporcionar a Bernadette o amor que tanto almeja?

Capítulo Um

Não havia nada no mundo inteiro que Bernadette Barron adorasse mais do que seu jardim, apesar da asma que, por vezes, fazia com que ela fugisse dele nos meses da primavera.
 Havia muitas flores no sudoeste do Texas e, em muitas ocasiões, a elaborada casa em estilo vitoriano de seu pai se enchia delas. Colston Barron era dono de ao menos metade do condado de Valladolid, que ficava entre a próspera cidade de San Antonio e a cidade menor de Del Rio, na fronteira com o México.
Ele fora extremamente bem-sucedido para um imigrante irlandês que começara trabalhando na construção de ferrovias. Agora, 33 anos depois de sua chegada aos Estados Unidos, era proprietário de duas delas. Tinha dinheiro suficiente para poder queimá-lo, mas poucos parentes com os quais gastá-lo.
Apesar de sua fortuna, havia algo que ainda faltava em sua vida: aceitação e respeito da elite da sociedade. Seu rústico sotaque irlandês e sua falta de maneiras convencionais o isolavam das proeminentes famílias da época, uma situação que ele estava determinado a mudar. E Bernadette seria o meio para fazer isso.
Sua amada esposa, Eloise, morrera de uma infecção logo após dar à luz Bernadette. A filha mais velha dele falecera durante o parto. 
Seu único filho, casado e pai de uma criança pequena, morava no leste, trabalhava como pescador e mantinha um mínimo de contato com o pai. Albert era rejeitado por ter se casado por amor, recusando o casamento social planejado por seu pai. Restava apenas Bernadette na casa agora. 
O irmão dela mal era capaz de sustentar a própria e pequena família. Sendo assim, recorrer a ele não era uma opção, a menos que ela também pudesse trabalhar, o que era impossível, pois sua saúde era precária demais para lhe permitir manter um emprego como o de professora. 
Enquanto isso, ela precisaria aguentar as fanáticas aspirações sociais de seu pai.
Não que Bernadette não quisesse se casar eventualmente. Tinha os próprios sonhos de ter um lar e uma família. Contudo, seu pai queria escolher um marido para ela com base no destaque social. Dinheiro, por si só, não serviria. 
Colston Barron estava determinado a fazer Bernadette se casar com um homem que tivesse um título de nobreza ou, se fosse americano, um homem de imenso prestígio social. Sua primeira opção, um duque britânico, fora um fracasso total. 
O empobrecido nobre estava disposto a se casar. Então, ele havia sido apresentado a Bernadette, que fora ao primeiro encontro, por motivos que só ela e Deus sabiam, com o jeans surrado de seu irmão, uma camisa suja, dois dos dentes enegrecidos com cera e seu longo e lindo cabelo platinado manchado com o que parecia graxa. 
O duque fora embora imediatamente, dando a desculpa de que um familiar estava à beira da morte. Mas como ele ficara sabendo daquilo naquela isolada região do sudoeste texano…?