Mostrando postagens com marcador Claudia Dain. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Claudia Dain. Mostrar todas as postagens
3 de junho de 2011
A Propriedade
“Com este anel, eu te desposo. Com meu corpo te honro.”
Estava feito. Ela era sua esposa.
Esposa de um cavalheiro tão calado e sigiloso que o chamavam “A Névoa”.
Tudo que possuía Lady Cathryn de Greneforde, castelo, terras e gente, agora estava a salvo em suas mãos.
Mas ainda havia uma barreira que transpassar...
Havia um segredo no Castelo de Greneforde, um segredo que tanto sua esposa como os calados serventes pareciam conhecer.
William, o Brouillard temia que o aguardava a traição em sua noite de bodas.
Mas tinha jurado tomar posse das terras que lhe tinha outorgado seu Rei... e para isso deve conhecer sua esposa por completo, tomá-la na mais elementar e íntima posse de todas.
Comentário da Revisora Kelly: Este é um dos mais belos livros que eu já tive o prazer de revisar.
Com uma história emocionante de amor e redenção a autora prende ao leitor de uma forma que poucas vezes eu tive o prazer de ver, o casal de protagonistas é maravilhoso, Cathrin, que no inicio aparece com uma mulher fria e sem sentimentos se mostra, no desenrolar da historia, uma mulher de um caráter forte, uma guerreira capaz de tudo, ate mesmo de se oferecer ao sacrifício para salvar a seu povo.
Willian se mostra um dos mais lindos mocinhos, se não o mais lindo, dos romances por mim já lidos.
Um homem com um sentido de honra fortíssimo que no inicio despreza Cathrin por ela não ser mais pura, mas quando descobre por quais sofrimentos ela já havia passado faz de tudo para curar a alma ferida de Cathrin e conquistar ao seu amor.
Capítulo Um
Inglaterra Inverno de 1155.
William, o Brouillard, o novo lorde de Greneforde, não estaria satisfeito com sua recompensa, absolutamente.
Isso foi o primeiro que Kendall pensou ao contemplar as terras de seu senhor.
Kendall puxou as rédeas para deter o cavalo e deu uma olhada a seu redor enquanto exalava devagar.
Dezenove anos de guerra tinham cobrado da propriedade que William havia ganhado por suas mãos.
Os campos, que deveriam estar semeados e em bom estado, ofereciam um aspecto baldio, com a terra queimada e salpicada de plântulas de carvalho e cicuta que teimavam em sobreviver.
O bosque ia ganhando terreno aos campos arrasados.
Aquele bosque que antigamente tinha sido diligentemente dominado e contido até os limites dos campos, avançava agora implacável, invadindo as terras que deveriam ter constituído a principal fonte de mantimentos de Greneforde.
Aquele inverno não haveria colheita de milho.
Kendall notou a fria dentada de uma forte rajada de vento no rosto, e seu estômago protestou ruidosamente ante o assalto inesperado; sem lugar a dúvidas, aquela seria uma estação cheia de penúrias.
Seguido de perto por seu senhor, Kendall estremeceu ao não ver nenhuma choça.
Onde estavam os lavradores?
Acaso por isso a terra estava desatendida?
Não ficava ninguém para trabalhar os campos de cultivo? Seu estômago voltou a rugir, essa vez mais escandalosamente.
De nenhuma forma desejava ser o emissário que levasse a William as notícias de que sua propriedade não era nada mais que um nome inscrito no registro de propriedade na Inglaterra.
Como se pretendesse burlar-se dele, Greneforde emergiu subitamente no meio da penumbra com um aspecto alentadoramente sólido.
As almeias se erguiam imponentes, inclusive se podia ver uma coluna de fumaça proveniente do interior do recinto amuralhado.
A paliçada, apesar de ser de madeira, oferecia um aspecto robusto, e a torre principal era feita de pedra.
O estômago de Kendall deixou de rugir: pelo menos o castelo de Greneforde parecia estar em bom estado, mas o que era um castelo em bom estado sem comida para alimentar aos que moravam nele?
DOWNLOAD
Assinar:
Postagens (Atom)