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3 de junho de 2012
Como Conquistar O Diabo
Uma mulher inocente…Emmaline Marlowe está a ponto de casar-se com um ancião, patriarca dos Hepburn, para salvar seu pai da prisão quando o inimigo do clã, Jamie Sinclair, irrompe na abadia no lombo de um magnífico cavalo negro e a leva dali.
Amie é tudo o que não é seu prometido: jovem, bonito, viril…
E uma perigosa tentação para seu coração.
Um homem perigoso…
Jamie espera que Emma seja uma inglesinha pacata, não uma beleza com caráter que lhe desafiará a todo o momento.
Todos seus planos de utilizá-la como peão na antiga inimizade entre os clãs desaparecem quando a paixão surge entre eles.
Um homem pode raptar uma noiva, mas é possível que lhe roube a inocência sem perder seu coração?
Comentário revisora Carol: O livro é uma graça, bem escrito, história envolvente, mocinha decidida, mocinho cheio de mágoas e decidido a esclarecer o passado.
Não tem como não se apaixonar pelo Jamie...
Boa leitura
Capítulo Um
—Note, está como um pudim! Ai, a moça treme de alegria. —E quem vai culpá-la? Seguramente leva toda a vida sonhando com este dia.
—Mas claro, não é o sonho de toda menina, casar-se com um senhor rico que possa pagar todos seus caprichos?
—Deveria considerar-se afortunada de ter apanhado tão bom partido. Com todas essas sardas, não é que seja uma grande beleza.
—Atreveria apostar que nem todo um pote do Gowland’s Lotion poderia dissimulá-la! E esse tom acobreado do cabelo lhe dá um aspecto um tanto vulgar, não te parece? Ouvi que o conde a conheceu em Londres durante sua terceira e última temporada, quando já quase tinha perdido toda esperança de encontrar marido. E é que, caramba, dizem que já tem vinte e um.
—Não pode ser tão velha!
—Sim, isso ouvi. Estava a ponto de ficar para titia, assim claro, quando nosso senhor a descobriu, sentada com as solteironas empedernidas, mandou um de seus homens que a tirasse para dançar.
Embora Emmaline Marlowe mantivesse o olhar para frente e se esforçava com valentia em fazer ouvidos surdos aos ávidos cochichos das duas mulheres do primeiro banco da abadia, não podia negar a verdade em suas palavras.
Sim, levava toda a vida sonhando com este dia.
Sonhando chegar um dia ao altar e prometer fidelidade eterna ao homem a quem adorava, e lhe entregar o coração.
Nunca tinha conseguido ver com claridade seu rosto nesses sonhos vagos, mas não podia negar-se que a paixão ardia neste momento nos olhos do conde, enquanto jurava amá-la, honrá-la e respeitá-la o resto de seus dias.
Baixou o olhar ao ramo de urze seco que tremia em sua mão, agradecida de que os sorridentes curiosos que enchiam as fileiras de bancos estreitos, a ambos os lados do corredor central da igreja, atribuíram seu tremor à espera gozosa própria de qualquer jovem noiva a ponto de contrair matrimônio.
Ela era quão única sabia que em realidade respondia ao frio que parecia impregnar as pedras antigas da abadia.
E seu coração. Deu um olhar furtivo ao cemitério, situado atrás das altas e estreitas janelas.
O céu se estendia inquietante sobre o vale com uma cor estanha sem brunir, digno de um dia de pleno inverno mais que de uma jornada de meados de abril.
Os ramos esqueléticos do carvalho e do olmo ainda não tinham dado um só broto verde.
Do chão pedregoso surgiam instáveis lápides torcidas, com epitáfios gastos pelo assalto incessante do vento e a chuva.
Emma se perguntava quantas noivas como ela dormia agora clandestinamente, em outros tempos jovens cheias de esperanças e sonhos, truncados muito cedo por decisões alheias e o inexorável passar do tempo.
Os penhascos irregulares da montanha se elevavam sobre o cemitério como monumentos a uma era primitiva. Essas alturas rigorosas das Highlands, onde o inverno não cedia seu domínio obstinado, parecia outro mundo, sem nada a ver com as colinas de suave ondulação de Lancashire onde ela e suas irmãs desfrutavam pulando com completa despreocupação.
Essas colinas agora estariam verdes e tenras com a promessa da primavera, acolhendo de retorno ao lar qualquer andarilho o bastante louco para abandoná-las. Meu lar, pensou Emma, com o coração atravessado por uma penetrante pontada de desejo.
Um lugar ao que já não pertencia desde aquele dia.
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