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31 de julho de 2009

Coração de Guerreiro

Série The L'Eau Clair Chronicles

Aquele fascinante cavaleiro era sua única salvação!

Inglaterra, 1214.

Para lady Catrin, só havia um jeito de escapar de seus impiedosos inimigos: refugiar-se nos braços fortes de Nicholas Talbot, homem cuja simples presença lhe provocava sensações que ela julgara enterradas para sempre.
Mas por trás da bela e nobre figura do lorde Nicholas havia um passado misterioso e uma arrebatadora paixão pela adorável Catrin, mulher que jamais poderia ser sua...

Capítulo Um

Pântanos de Gales
Os cascos dos cavalos chocavam-se contra a trilha pedregosa, o som reverberando na mata envolta em névoa. Catrin ajeitou-se melhor na sela, e o arrepio que lhe percorreu a espinha nada tinha a ver com a umidade fria que a cercava.
Nunca a viagem até L'Eau Clair, o castelo de sua prima Gillian, lhe parecera tão longa ou tão agourenta. Num gesto instintivo, aconchegou o manto ao pescoço. Talvez fosse a impaciência em chegar a responsável por seu nervosismo e não a possibilidade de algum perigo oculto entre as árvores.
Dois soldados de seu irmão Ian cavalgavam a frente e mais dois a seguiam como escolta de proteção. Mas a inquietação deles era evidente e Catrin conseguia ouvir-lhes as preces sussurradas, à medida que avançavam em meio à espessa neblina.
Nunca deveria tê-Ios trazido como escolta, já que eram os menos hábeis dos homens de armas de Ian. Agora receava que a presença deles não fosse suficiente para protegê-la. Um leve ganido chamou-lhe então a atenção, levando-a a deter a égua que montava.
- Venha, Ídris - falou em tom de comando para o magnífico cão de caça que a acompanhava correndo a lado da estrada.
Enquanto ele encostava a cabeça maciça em sua perna Catrin escrutinou as árvores gotejantes.
- Há alguém ali? Vá ver, Ídris.
Depois de esfregar nela o focinho, o animal voltou para a beira da floresta, as orelhas em pé, a cabeça movendo-se de um lado para o outro.
Incitando a montaria, Catrin voltou-se para o garoto, que cavalgava a seu lado. O rosto magro de Padrig aparentava tranqüilidade, embora suas faces estivessem pálidas como cera. Seus olhos azuis examinavam a área em redor com a determinação do guerreiro que um dia esperava ser, servindo como escudeiro do marido de Gillian, lorde Ranulf FitzClifford.
- Talvez devêssemos ter aguardado a volta de Ian - falou Catrin, baixinho.
- Não, milady, não havia necessidade. - Padrig empertigou-se na sela. - Embora a companhia de lord Ian fosse muito bem-vinda, claro...
Apesar das palavras corajosas, a palidez de Padrig mostrava que estava com medo.
Com catorze anos, quase um homem, tinha levado uma vida protegida, até vir para o castelo de lorde Ian. Mas o garoto ansiava por aventuras e pela oportunidade de tornar-se escudeiro de Ranulf com o mesmo ardor do irmão de Catrin naquela idade.
Assim que entraram na floresta, ela tinha se dado conta do erro que cometera ao partir para L'Eau Clair sem a companhia de Ian.
Aos poucos sua preocupação fora aumentando, e só o medo de voltar sobre os próprios passos a fazia prosseguir.Deveria ter se sentido segura com a escolta dos homens de armas do irmão, porque ninguém ousaria desafiar o Dragão, nome pelo qual Ian, o mais valoroso dos cavaleiros do príncipe Llywelyn de Gales, era conhecido.
Mas agora tudo em que conseguia pensar era que não devia ter colocado em risco a segurança de Padrig, nem dos demais, devido à sua impaciência em atender ao chamado de Gillian.Esta daria à luz quando Deus quisesse, com a presença ou não de Catrin.
E provavelmente se sairia muito bem, apesar dos protestos em contrário.
- A senhora pode ficar tranqüila, milady. - Padrig lançou um olhar à espada presa em sua cintura, e depois ergueu os olhos para Catrin, o rosto enrubescido. - Há cinco de nós aqui, o suficiente para protegê-Ia. Não foi o que a senhora disse ao padre Marc, antes de partirmos de Gwal Draig?
Apesar do tato de Padrig, Catrin sentiu o rosto queimar de vergonha. Na verdade, ela havia praticamente gritado aquelas palavras ao sacerdote, que fazia a última e desesperada tentativa de convencê-Ia a esperar pelo irmão. Ian com certeza iria censurar de novo o pobre capelão, ao retornar e descobrir que ela partira sozinha.
Padrig pousou a mão no cabo da espada, dizendo:
- Estou às suas ordens, lady Catrin. Eu a defenderei com minha própria vida, juro.
Ela reprimiu um sorriso diante da bravata do garoto.


Série The L'Eau Clair Chronicles
1 - Amor Secreto
2 - Coração de Guerreiro
3 - O Coração do Dragão
4 - A Sombra do Pecado
5 - Amor Predestinado
6 - Noiva da Torre
7 - A Honra de uma Dama
Série Concluída

23 de fevereiro de 2009

Coração de Guerreiro


Aquele fascinante cavaleiro era sua única salvação! 

Inglaterra, 1214. 

Para lady Catrin, só havia um jeito de escapar de seus impiedosos inimigos: refugiar-se nos braços fortes de Nicholas Talbot, homem cuja simples presença lhe provocava sensações que ela julgara enterradas para sempre. 
Mas por trás da bela e nobre figura do lorde Nicholas havia um passado misterioso e uma arrebatadora paixão pela adorável 
Catrin, mulher que jamais poderia ser sua... 

Capítulo Um 

Pântanos de Gales Os cascos dos cavalos chocavam-se contra a trilha pedregosa, o som reverberando na mata envolta em névoa. 
Catrin ajeitou-se melhor na sela, e o arrepio que lhe percorreu a espinha nada tinha a ver com a umidade fria que a cercava. Nunca a viagem até L'Eau Clair, o castelo de sua prima Gillian, lhe parecera tão longa ou tão agourenta. Num gesto instintivo, aconchegou o manto ao pescoço.
 Talvez fosse a impaciência em chegar a responsável por seu nervosismo e não a possibilidade de algum perigo oculto entre as árvores. 
Dois soldados de seu irmão Ian cavalgavam a frente e mais dois a seguiam como escolta de proteção. Mas a inquietação deles era evidente e Catrin conseguia ouvir-lhes as preces sussurradas, à medida que avançavam em meio à espessa neblina. Nunca deveria tê-Ios trazido como escolta, já que eram os menos hábeis dos homens de armas de Ian. 
Agora receava que a presença deles não fosse suficiente para protegê-Ia. Um leve ganido chamou-lhe então a atenção, levando-a a deter a égua que montava. 
- Venha, Ídris - falou em tom de comando para o magnífico cão de caça que a acompanhava correndo a lado da estrada. Enquanto ele encostava a cabeça maciça em sua perna Catrin escrutinou as árvores gotejantes. 
- Há alguém ali? Vá ver, Ídris. Depois de esfregar nela o focinho, o animal voltou para a beira da floresta, as orelhas em pé, a cabeça movendo-se de um lado para o outro. Incitando a montaria, Catrin voltou-se para o garoto, que cavalgava a seu lado. 
O rosto magro de Padrig aparentava tranqüilidade, embora suas faces estivessem pálidas como cera. Seus olhos azuis examinavam a área em redor com a determinação do guerreiro que um dia esperava ser, servindo como escudeiro do marido de Gillian, lorde Ranulf FitzClifford. - Talvez devêssemos ter aguardado a volta de Ian - falou Catrin, baixinho. - Não, milady, não havia necessidade. - Padrig empertigou-se na sela. - Embora a companhia de lord Ian fosse muito bem-vinda, claro... Apesar das palavras corajosas, a palidez de Padrig mostrava que estava com medo. 
Com catorze anos, quase um homem, tinha levado uma vida protegida, até vir para o castelo de lorde Ian. Mas o garoto ansiava por aventuras e pela oportunidade de tornar-se escudeiro de Ranulf com o mesmo ardor do irmão de Catrin naquela idade. 
Assim que entraram na floresta, ela tinha se dado conta do erro que cometera ao partir para L'Eau Clair sem a companhia de Ian. Aos poucos sua preocupação fora aumentando, e só o medo de voltar sobre os próprios passos a fazia prosseguir. Deveria ter se sentido segura com a escolta dos homens de armas do irmão, porque ninguém ousaria desafiar o Dragão, nome pelo qual Ian, o mais valoroso dos cavaleiros do príncipe Llywelyn de Gales, era conhecido. Mas agora tudo em que conseguia pensar era que não devia ter colocado em risco a segurança de Padrig, nem dos demais, devido à sua impaciência em atender ao chamado de Gillian. Esta daria à luz quando Deus quisesse, com a presença ou não de Catrin. E provavelmente se sairia muito bem, apesar dos protestos em contrário. 
- A senhora pode ficar tranqüila, milady. - Padrig lançou um olhar à espada presa em sua cintura, e depois ergueu os olhos para Catrin, o rosto enrubescido. 
- Há cinco de nós aqui, o suficiente para protegê-Ia. Não foi o que a senhora disse ao padre Marc, antes de partirmos de Gwal Draig? Apesar do tato de Padrig, Catrin sentiu o rosto queimar de vergonha. 
Na verdade, ela havia praticamente gritado aquelas palavras ao sacerdote, que fazia a última e desesperada tentativa de convencê-Ia a esperar pelo irmão. 
Ian com certeza iria censurar de novo o pobre capelão, ao retornar e descobrir que ela partira sozinha. Padrig pousou a mão no cabo da espada, dizendo:
 - Estou às suas ordens, lady Catrin. Eu a defenderei com minha própria vida, juro. Ela reprimiu um sorriso diante da bravata do garoto.
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