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8 de outubro de 2010

Série Irmãos de Armas

5- DESEJO SOBERANO





Um terrível juramento...

Ela desejava jamais se casar, jamais permitir que homem algum a reivindicasse ou tivesse sua mão em casamento.
Lady Adelaide dispensara diversos caçadores de fortuna ao chegar à Corte do rei.
No entanto, quando sussurros nos sombrios corredores do castelo a jogaram nos braços de um valente cavaleiro em busca de uma esposa, a bela herdeira começou a questionar seu solene juramento.

Um audacioso noivado...
Para pagar o resgate de seu irmão, Armand de Boisbaston precisava de uma esposa rica e disposta a ajudá-lo.
Em vez disso, o destino lhe enviou Adelaide, uma mulher que afirmava querer evitar o leito nupcial, mas cujos lábios contavam outra história.
As perigosas intrigas da Corte, no entanto, estavam prestes a obrigá-los a uma união tão inescapável quanto a paixão que nascia entre eles...

Capítulo Um

Wiltshire, 1204

— Fique de olhos abertos, Bert — disse o soldado robusto, para seu colega mais jovem, junto aos portões do Castelo Ludgershall. — Não estou gostando do modo desse sujeito.
Bert, magrinho e cheio de sardas no rosto juvenil, parou de olhar para o cavaleiro que se aproximava, olhando Godwin com surpresa.
— Ele está sozinho, não está? Não pode estar pensando em atacar esse castelo por conta própria. Só poderia estar louco, já que estamos abarrotados de soldados, enquanto o rei está aqui.
— Tolos e loucos já causaram problemas antes disso — alertou Godwin —, e esse cavaleiro aparenta ter capacidade de liquidar uma dúzia de homens, antes de cair.
— Como sabe que ele é um cavaleiro? — perguntou Bert.— Onde estão seus homens? Os escudeiros? Pajem? Ele não traz nem serviçais, nem bagagem. Provavelmente é mais um daqueles forasteiros que o rei contratou.
Bert cuspiu de aversão. Como a maioria dos soldados ligados ao seu lorde pela terra e a lealdade, ele detestava mercenários, e os que o rei João Sem Terra empregara eram da pior espécie.
Godwin sacudiu a cabeça.
— Ele, não. Olhe a forma como está sentado naquele cavalo. O bicho não é grande coisa, mas só um cavaleiro bem treinado monta daquela forma, como se fosse uma dama costurando. E ele está com a malha de armadura, não está? E uma espada e, a menos que eu esteja ficando cego, há uma clava amarrada à sua sela.
— Muitos homens carregam selas — respondeu Bert —, e sentam eretos quando cavalgam. Além disso, que tipo de cavalo é aquele, para um cavaleiro? Deveria estar puxando uma carroça de feno. Seu sobretudo também já teve dias melhores. E olhe aqueles cabelos. Que tipo de cavaleiro usa os cabelos até os ombros? O sujeito parece mais um viking, ou um daqueles escoceses do norte.
— Confie em mim. Aquele homem é um cavaleiro, ou eu sou uma freira.
— Bem, supondo que seja — cogitou Bert —, por que se preocupar? Nós temos cavaleiros de sobra indo e vindo.
— Como esse, não — respondeu Godwin, saindo da torre da fortaleza para desafiá-lo.
Conforme o estranho obedientemente sofreava seu cavalo, Godwin estudou o rosto sério do homem, suas feições angulosas e os traços de seus lábios. Não, esse não era um homem comum, fosse mercenário, cavaleiro ou lorde.
— É Godwin, não é? — perguntou o estranho, com uma voz grave e rouca.
Ao som da voz familiar e dando uma olhada mais atenta ao rosto esguio, Godwin resfolegou ao reconhecê-lo. Ele imediatamente baixou a lança e abriu um sorriso largo no rosto, fazendo com que a cicatriz em seu queixo também se curvasse.
— Perdoe-me, milorde! — gritou ele de alegria e alívio. — Mas que surpresa, e uma surpresa boa, diga-se de passagem! Fiquei muito feliz em saber que o senhor não tinha morrido.
— E eu fico feliz em não ter morrido — disse lorde Armand de Boisbaston, girando e descendo do cavalo. Ele olhou o segundo guarda, que ainda estava com a lança em punho. — Será permitida a minha entrada em Ludgershall, ou não? Godwin gesticulou para Bert baixar a lança.
— Esse é o lorde Armand de Boisbaston, um bom amigo do conde. Esteve aqui pela última vez... quando mesmo? Três anos atrás, milorde?
Quando o cavaleiro assentiu, Bert fez como lhe foi dito.
— Perdão, milorde. Isso foi antes de meu tempo.
— Não tem importância — respondeu lorde Armand. — Você foi sábio em negar minha entrada, até que soubesse que eu não era um inimigo, principalmente se o seu amado soberano estiver aí dentro.




Série Irmãos de de Armas
1- A Dama e o Barbaro
2- Uma dama para um cavalheiro
3- Casamento Combinado
4- A Dama Desejada
5- Desejo Proibido
6- Desejo Soberano
7- Inimigos nas Sombras – na lista
8- Cumplices nas Sombras- idem

9- A Noiva do Guerreiro