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3 de outubro de 2011

Entre O Amor E A Vingança



Ele sabia que encontrara o amor!

América do norte, 1865
Kit O’Shane jamais se renderia.
Sua busca por justiça vinha muito antes do amor, mesmo que a oportunidade de vingança fosse com o fazendeiro Garret Blaine, um homem que ela desejava com uma intensidade tão selvagem que rivalizava com o sol do deserto!
Garret Blaine havia encontrado seu par.
Quando Kit O’Shane entrou cavalgando em sua fazenda e provou que podia domar um cavalo selvagem tão bem quanto qualquer homem, Garret soube que estava perdido.
No momento em que a viu, ele soube que seu coração pertencia àquela mulher.
E Garret faria de tudo para não deixá-la partir!

Capítulo Um

Front Range, Colorado, 1868
Garret Blaine entrou cavalgando no pátio da fazenda onde uma pequena multidão se aglomerava.
Havia dezenas de empregados perto do curral fazendo apostas aos berros, a maioria deles segurando notas de dólar dentro dos punhos cerrados.
— O que está acontecendo aqui?! — Garret encarou, irritado, cada empregado da Fazenda Rocking G.
Primeiro, ficara sabendo que existiam ladrões de gado na cidade.
Agora, aquilo!
Cracker, o cozinheiro, avançou, muito suado.
— Eu disse a Cade que você não ia gostar.
Cade! Garret devia ter adivinhado que o irmão estava por trás da confusão.
Não sabia por que ele insistia em ficar na fazenda quando ficara mais do que provado que seu maior talento estava numa mesa de pôquer.
Determinado, Garret desmontou e entregou as rédeas do cavalo a Davidson, um dos empregados dos estábulos.
O rapaz de pernas finas, pés grandes e olhos tristes mais parecia um cãozinho.
Garret usou sua envergadura para abrir caminho entre a multidão.
Uma série de olhares culpados o seguiu.
Sem se voltar para trás, cruzou os braços e encarou o irmão.
Era como fitar o espelho dez anos atrás.
Os cabelos de Cade eram um tom mais claro que os loiros de Garret, e os olhos, verde azulados. Mas a atitude era a mesma: arrogante.
Cade, que se encostara na cerca do curral, ergueu a aba do chapéu e examinou-o com um olhar curioso.
— Ei, Garret! Como andam as coisas na cidade?
Garret ignorou a pergunta, atento ao homem alto ao lado do irmão.
Ele usava apenas um colete de couro sobre o peito nu, que não disfarçava as diversas cicatrizes cobrindo os músculos.
Os braços, da largura de troncos, estavam cruzados, e os cabelos, negros e longos, foram presos em duas tranças.
A pele bronzeada e os olhos azuis como o céu do Texas revelavam sua origem: mestiço.
O grande índio emanava poder, e Garret percebeu um espírito selvagem muito bem controlado.
— O que ele está fazendo aqui? — Garret quis saber.
Cade comprimiu os lábios, antes de tornar a sorrir.
— Eu o contratei para domar o cavalo preto.
No pátio do curral, um mustangue se rebelava contra a falta de espaço. Sacudiu a crina e empinou, batendo os cascos com força no chão.
— Eu mandei você fazer isso.
Garret não se conformava.
Enquanto se matava de trabalhar, Cade desperdiçava tempo com jogo.
Mas o que mais poderia esperar? Responsabilidade era algo complexo para alguém que fora criado dentro de um bar.
O mestiço empertigou-se e disse, com uma entonação muito grave:
— Nós procuramos trabalho, e não problemas.
— Eles são caubóis. — Cracker cuspiu um pedaço de fumo no chão. — Montam em pelo — prosseguiu, cheio de malícia.
Só os melhores cavaleiros tinham capacidade de montar em cavalos selvagens usando apenas uma corda.
"Eles?"

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