"Ela caiu no chão como uma donzela desmaiada confrontada por um lobo." Major Lucas Mainwaring.
Uma dama desmaiando ao vê-lo raramente era um começo auspicioso para Lucas, um solteirão confesso e relutante conde de Helmdon.
"Eu pensei que era outra pessoa." - Senhorita Rosalind Trewent.
Essa foi sua desculpa para o incidente e ela estava apegando a ela. Ela mal podia dizer a verdade a ele...
O ex-espião, Lucas Mainwaring, é um homem com cicatrizes no corpo e na mente. Convencido de que nenhuma mulher o desejaria, ele agora dedica sua vida à medicina, mas um apelo de um velho amigo o atrai para Cheshire e à caça de um assassino. À medida que o inverno rigoroso de 1813 ocorre, a última coisa que ele espera é um reencontro com a irresistível Miss Trewent. Rosalind não é do tipo que desmaia, um passado doloroso endureceu sua espinha como ferro. Agora vivendo sob a tutela de seu primo, ela enche Stonebridge Hall com cores, risadas e linguagem não aprovada no Guia de Etiqueta da Srta. Pikesworth... Mas com a chegada de Lucas Mainwaring, ela descobre que o passado nunca pode ser escondido por muito tempo.
"Ninguém é o que parece?" - O Conde de Stonebridge.
Uma vila idílica cercada de neve nem sempre é o que parece e quando Lucas se aprofunda, ele descobre segredos obscuros, paixões veladas, luxúria que ele pensou que nunca poderia sentir... e um amor que começou muitos anos antes.
Capítulo Um
“Eu adorava trabalhar na pousada. Companhia agradável, comida farta e viajantes falantes. Claro, você tinha que aturar homens apalpando, cobras exigentes e baboseiras tediosas, mas todo trabalho tem seus dias ruins.”
Sra. Tadlow. Viúva, mãe e residente por dez anos de Ingleford Lodge.
Ano de 1813, outubro. Londres.
— Eu não vou fazer isso.
— Vamos, velho amigo, você ainda não sabe o que vou pedir.
— Eu não me importo, pois não vou fazer. Trouxe-me aqui sob falsos pretextos, maldito seja, com todo aquele falatório de “vamos nos encontrar para uma bebida”. Você até se ofereceu para pagar. Bem, traga-me a bebida e vou embora. Tenho pacientes para atender.
A cadeira rangeu ameaçadoramente quando Lucas Mainwaring se recostou resmungando. Fibras de lã grudadas na superfície suja quando ele levantou a manga da mesa e franziu o rosto em desgosto, sinalizando para a própria garçonete.
Esta cervejaria em ruínas ficava nas docas e, embora sua decoração deixasse muito a desejar, servia a melhor das cervejas: perfeitamente amarga, não muito doce, mas aromática com lúpulo e, o mais importante, não aguada.
Ele sabia que estava sendo um velho rabugento, mas não dava a mínima. Seu amigo de infância apenas olhou para ele, impassível pela explosão rabugenta. Na verdade, ele parecia mais em casa neste lugar desagradável.
— Você sabe que eu gosto de vê-lo, Lucas. Acontece que eu também preciso de ajuda, e você, acredito, é a pessoa certa.
Lucas murmurou baixinho e olhou para cima quando a garçonete bateu na mesa. Seus olhos deslizaram sobre o rosto dele, observando as cicatrizes vermelhas marcando o lado esquerdo de seu rosto e pescoço.
A garota não parecia enojada – nesse tipo de cervejaria, sua desfiguração estava longe de ser a pior – mas também não parecia extasiada, até que ela se virou para seu companheiro, Jasper Carnforth, Visconde Danbury. O olhar dela devorou positivamente sua aparência bonita e escura, e sua postura e rosto ficaram soltos e convidativos.
— O que posso lhe oferecer, amor?
— Teremos duas canecas da sua melhor cerveja e um prato de torta.
— Carneiro ou coelho? — ela ronronou o mais sedutoramente possível.
— O que estiver mais próximo de sua descrição e mais distante do cão. — Seu amigo jogou uma moeda para ela, e ela foi embora.
Isso não augura nada de bom. Se Lucas fosse um homem de apostas, ele apostaria que eles estariam comendo torta de au-au.
— Preciso da sua ajuda. — Jasper o fitou com olhos solenes. — Pediram-me para investigar um assunto bastante sério, mas me parece que você seria muito mais adequado para esse tipo de trabalho. Seu nome foi mencionado quando conversei com um sujeito do Gabinete de Guerra – um sujeito chamado Asher Rainham?
Em algum lugar nos recessos escuros de sua mente, Lucas podia ouvir um primeiro prego sendo martelado levemente em um caixão para selar seu destino desconhecido. Asher Rainham – seu velho amigo, camarada, mentor… a maldita lista continuava. Foi Asher quem puxou sua bunda queimada de volta da França, salvando sua vida. Ele devia a ele e seus ombros caíram, sentindo que estava condenado.
— E? — Seu tom era plano.
— Bem, você nunca disse realmente qual era o seu papel no continente, embora eu pudesse arriscar um palpite de que você não estava lá pela paisagem. Esses talentos podem ser necessários para este trabalho e sua habilidade como médico também ajudaria.
— A rigor, sou um cirurgião, não um médico — resmungou. — Você sabe muito bem que eu nunca terminei de estudar medicina. Tudo o que me lembro de Oxford são algumas noções ultrapassadas de antigos livros didáticos de latim e nós descobrindo a melhor maneira de ficar bêbados sem vomitar. Os médicos não fazem nada, apenas cutucam você com os dedos, fazem perguntas fúteis e depois declaram que você vai morrer em dois meses. Os cirurgiões fazem o trabalho útil…
— Cortar membros? — Jasper levantou uma sobrancelha.
— Tentando salvar membros, exceto na guerra, e então não há muita escolha. — Lucas olhou de volta. — Colocando ossos, desenterrando balas, cuidando de feridas – precisa de força, destreza e às vezes até força bruta.
— Mas a alta sociedade o chama de doutor.
— Mais uma bobagem deles. Só porque sou um cavalheiro.
— Um conde.
Um gesto grosseiro foi sua única resposta, antes de serem interrompidos pela chegada de jarras de cerveja e uma torta deliciosa com cheiro de caça.
— Suponho que estou em algum lugar entre os dois. Um médico cavalheiro, se preferir, mas gosto de sujar as mãos. Não conte ao College of Physicians; aqueles condutores de penas teriam a minha pele.
Jasper bufou e eles cautelosamente se didacaram a comida rústica.
Uma dama desmaiando ao vê-lo raramente era um começo auspicioso para Lucas, um solteirão confesso e relutante conde de Helmdon.
"Eu pensei que era outra pessoa." - Senhorita Rosalind Trewent.
Essa foi sua desculpa para o incidente e ela estava apegando a ela. Ela mal podia dizer a verdade a ele...
O ex-espião, Lucas Mainwaring, é um homem com cicatrizes no corpo e na mente. Convencido de que nenhuma mulher o desejaria, ele agora dedica sua vida à medicina, mas um apelo de um velho amigo o atrai para Cheshire e à caça de um assassino. À medida que o inverno rigoroso de 1813 ocorre, a última coisa que ele espera é um reencontro com a irresistível Miss Trewent. Rosalind não é do tipo que desmaia, um passado doloroso endureceu sua espinha como ferro. Agora vivendo sob a tutela de seu primo, ela enche Stonebridge Hall com cores, risadas e linguagem não aprovada no Guia de Etiqueta da Srta. Pikesworth... Mas com a chegada de Lucas Mainwaring, ela descobre que o passado nunca pode ser escondido por muito tempo.
"Ninguém é o que parece?" - O Conde de Stonebridge.
Uma vila idílica cercada de neve nem sempre é o que parece e quando Lucas se aprofunda, ele descobre segredos obscuros, paixões veladas, luxúria que ele pensou que nunca poderia sentir... e um amor que começou muitos anos antes.
Capítulo Um
“Eu adorava trabalhar na pousada. Companhia agradável, comida farta e viajantes falantes. Claro, você tinha que aturar homens apalpando, cobras exigentes e baboseiras tediosas, mas todo trabalho tem seus dias ruins.”
Sra. Tadlow. Viúva, mãe e residente por dez anos de Ingleford Lodge.
Ano de 1813, outubro. Londres.
— Eu não vou fazer isso.
— Vamos, velho amigo, você ainda não sabe o que vou pedir.
— Eu não me importo, pois não vou fazer. Trouxe-me aqui sob falsos pretextos, maldito seja, com todo aquele falatório de “vamos nos encontrar para uma bebida”. Você até se ofereceu para pagar. Bem, traga-me a bebida e vou embora. Tenho pacientes para atender.
A cadeira rangeu ameaçadoramente quando Lucas Mainwaring se recostou resmungando. Fibras de lã grudadas na superfície suja quando ele levantou a manga da mesa e franziu o rosto em desgosto, sinalizando para a própria garçonete.
Esta cervejaria em ruínas ficava nas docas e, embora sua decoração deixasse muito a desejar, servia a melhor das cervejas: perfeitamente amarga, não muito doce, mas aromática com lúpulo e, o mais importante, não aguada.
Ele sabia que estava sendo um velho rabugento, mas não dava a mínima. Seu amigo de infância apenas olhou para ele, impassível pela explosão rabugenta. Na verdade, ele parecia mais em casa neste lugar desagradável.
— Você sabe que eu gosto de vê-lo, Lucas. Acontece que eu também preciso de ajuda, e você, acredito, é a pessoa certa.
Lucas murmurou baixinho e olhou para cima quando a garçonete bateu na mesa. Seus olhos deslizaram sobre o rosto dele, observando as cicatrizes vermelhas marcando o lado esquerdo de seu rosto e pescoço.
A garota não parecia enojada – nesse tipo de cervejaria, sua desfiguração estava longe de ser a pior – mas também não parecia extasiada, até que ela se virou para seu companheiro, Jasper Carnforth, Visconde Danbury. O olhar dela devorou positivamente sua aparência bonita e escura, e sua postura e rosto ficaram soltos e convidativos.
— O que posso lhe oferecer, amor?
— Teremos duas canecas da sua melhor cerveja e um prato de torta.
— Carneiro ou coelho? — ela ronronou o mais sedutoramente possível.
— O que estiver mais próximo de sua descrição e mais distante do cão. — Seu amigo jogou uma moeda para ela, e ela foi embora.
Isso não augura nada de bom. Se Lucas fosse um homem de apostas, ele apostaria que eles estariam comendo torta de au-au.
— Preciso da sua ajuda. — Jasper o fitou com olhos solenes. — Pediram-me para investigar um assunto bastante sério, mas me parece que você seria muito mais adequado para esse tipo de trabalho. Seu nome foi mencionado quando conversei com um sujeito do Gabinete de Guerra – um sujeito chamado Asher Rainham?
Em algum lugar nos recessos escuros de sua mente, Lucas podia ouvir um primeiro prego sendo martelado levemente em um caixão para selar seu destino desconhecido. Asher Rainham – seu velho amigo, camarada, mentor… a maldita lista continuava. Foi Asher quem puxou sua bunda queimada de volta da França, salvando sua vida. Ele devia a ele e seus ombros caíram, sentindo que estava condenado.
— E? — Seu tom era plano.
— Bem, você nunca disse realmente qual era o seu papel no continente, embora eu pudesse arriscar um palpite de que você não estava lá pela paisagem. Esses talentos podem ser necessários para este trabalho e sua habilidade como médico também ajudaria.
— A rigor, sou um cirurgião, não um médico — resmungou. — Você sabe muito bem que eu nunca terminei de estudar medicina. Tudo o que me lembro de Oxford são algumas noções ultrapassadas de antigos livros didáticos de latim e nós descobrindo a melhor maneira de ficar bêbados sem vomitar. Os médicos não fazem nada, apenas cutucam você com os dedos, fazem perguntas fúteis e depois declaram que você vai morrer em dois meses. Os cirurgiões fazem o trabalho útil…
— Cortar membros? — Jasper levantou uma sobrancelha.
— Tentando salvar membros, exceto na guerra, e então não há muita escolha. — Lucas olhou de volta. — Colocando ossos, desenterrando balas, cuidando de feridas – precisa de força, destreza e às vezes até força bruta.
— Mas a alta sociedade o chama de doutor.
— Mais uma bobagem deles. Só porque sou um cavalheiro.
— Um conde.
Um gesto grosseiro foi sua única resposta, antes de serem interrompidos pela chegada de jarras de cerveja e uma torta deliciosa com cheiro de caça.
— Suponho que estou em algum lugar entre os dois. Um médico cavalheiro, se preferir, mas gosto de sujar as mãos. Não conte ao College of Physicians; aqueles condutores de penas teriam a minha pele.
Jasper bufou e eles cautelosamente se didacaram a comida rústica.
Série As Debutantes Cativantes
03- Seu Nobre Cativo
Série concluída