Mostrando postagens com marcador Enfeitiçando o conde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Enfeitiçando o conde. Mostrar todas as postagens

11 de dezembro de 2020

Enfeitiçando o conde


Daphne Westfall é uma mulher desesperada por um futuro, que não envolva seu passado sombrio. 

Em uma noite fria, ela recebe ajuda de um estranho misterioso, alguém que lhe diz que pode mudar seu destino, desde que concorde em se casar com o homem que a ajude. O Lorde escocês taciturno que lhe oferece seu nome e lar é bonito, mas há algo de triste nos olhos dele que parece pessoal demais para ela...
Lachlan Grant nunca quis ser conde, mas o destino tem sido menos do que gentil para ele. Por insistência de um amigo, ele procura uma noiva e fica cara a cara com uma mulher que o enfeitiça instantaneamente. Mas cada um deles guarda segredos que os assombram. Com um amor florescendo delicadamente entre eles, a nova felicidade encontrada juntos desaparecerá e se enterrará sob a fria névoa do passado?

 Capítulo Um

 É estranho, como o futuro de alguém pode depender de um único momento. Pode-se sentir preso, paralisado, enquanto o mundo gira descontroladamente. Daphne Westfall ficou presa em tal momento, incapaz de avançar agora que sua vida havia sido revirada. Desde a morte do seu pai, ela vivia em um pesadelo que não tinha fim visível.
Ela estremeceu na calçada com a neve, a mão estendida em direção aos transeuntes, rezando para que alguém tivesse piedade dela. Eles a esquivaram com os lábios retorcido em escárnio de desgosto. Outra rajada de vento soprou do rio e chicoteou sua saia puída sobre as suas pernas. Ela bateu os pés e depois apertou as pernas firmemente, esperando conservar o calor, mas ainda não conseguia sentir os dedos dos seus pés. Suas mãos estavam secas e rachadas, as unhas uma vez limpas, estavam com camadas de sujeiras das ruas.
Lágrimas ardiam em seus olhos. Apenas alguns centavos antes do anoitecer a manteria fora do Bordel da Casa White no Soho. Ela mordeu o lábio e fugiu mentalmente dessa opção. Ir para lá finalmente a quebraria.
Seu estômago dolorido roncou. Mas ela tinha que ser pragmática se esperava encher a barriga dolorida, aquecer o corpo trêmulo ao lado de uma fogueira e dormir em uma cama quente.
Daphne resistiu ao desejo de tocar no bolso secreto de seu vestido, onde havia escondido as pérolas de sua mãe. Outra mulher poderia ter vendido as pérolas para comer, mas Daphne não conseguiu fazer isso. O cordão único e elegante era tudo o que restava de sua mãe, a única coisa que os tribunais da Inglaterra não conseguiram arrancar com as pontas dos dedos enquanto levavam o seu pai para a prisão.
Quando o pai dela foi condenado por falsificação, os bens de Sir Richard Westfall haviam sido confiscados pela Coroa e suas propriedades vendidas para liquidar suas dívidas com as vítimas. Daphne fora lançada ao frio com nada além de um único vestido e as pérolas de sua mãe escondidas em um bolso oculto.
— Por favor, por favor, senhor. — Ela sussurrou para um transeunte. — Algumas moedas...
O homem cuspiu na palma da sua mão aberta e trêmula. Ela se encolheu com um estremecimento e limpou rapidamente o cuspe no vestido dela. Mais lágrimas escaparam quando a vergonha ameaçou sufocá-la. Venda as pérolas e você não enfrentará mais isso... uma voz sombria sussurrou em sua cabeça. Mas ela não podia. Um homem e uma mulher pararam na rua a alguns metros de distância e a olharam. A esperança aumentou. Ela conhecia aquela mulher. Lady Esther Cornelius, uma amiga, uma vez.
Esther olhou fixamente para ela, depois sussurrou algo para seu acompanhante que, embora a uma boa distância, jogou uma pequena bolsa de moedas. No passado, ela teria se escondido de um rosto familiar, com vergonha de ser vista em tal estado, mas 

agora só conseguia pensar.