Um duelo poderia ser considerado uma questão de honra, mas três duelos eram uma tentativa de assassinato.
Com a erudita sociedade inglesa, indignada com o comportamento imprudente dos jovens nobres, o Príncipe Regente ordena que Robert Whitworth, o herdeiro do conde de Tamdon, e Lorde Dominic Wolfe, terminem a disputa unindo suas famílias através do casamento.
Qualquer uma das partes que se recusasse a obedecer, perderia suas terras e título. Whitworth aprecia a ideia de enviar sua irmã mais nova, Brooke, à propriedade distante de seu inimigo.
Ele sabia que o lobo a rejeitaria como sua noiva, perdendo assim a sua riqueza e título. Lobo, por outro lado, estava determinado a afastar a garota Whitworth.
Não podendo utilizar o duelo como meio disponível para destruir o homem que abominava, ele ficaria satisfeito ao vê-lo perder suas terras e título. Mas, não esperava que a irmã de seu inimigo fosse tão inteligente ou invulnerável. Brooke Whitworth sonhava com a sua primeira temporada em Londres, pois tinha intenção de arranjar um marido que a levasse para longe de sua família nada afetuosa.
Mas, em vez disso, ela estava sendo enviada às charnecas de Yorkshire para se casar com um nobre misterioso, cuja família era amaldiçoada e que por três vezes tentou matar ao seu irmão. Mas não havia espaço em seu coração para o medo; este homem era o seu meio de fuga.
Ela faria com que ele a amasse!
Capítulo Um
—Isso é intolerável. Como se atreve, aquela devassa piada de herdeiro real, a dar um ultimato em um Withworth! Envelhecendo dificilmente, e vinte e cinco anos mais velho que sua esposa, Thomas Whitworth ainda tinha um rosto que desafiava a passagem do tempo, embora seu cabelo tenha ficado totalmente branco, ele não tinha rugas para contar.
Ainda era um homem bonito, mesmo que velho, cheio de dores na maioria de suas articulações, mas que tinha a constituição e a teimosia para mostrar o contrário. Podia ficar firme e forte na presença de outras pessoas, mesmo que isso tomasse cada grama de sua vontade para o fazer. O orgulho lhe exigia isso, e ele era um homem muito orgulhoso.
—Ele agora é um Regente oficialmente empossado, a Inglaterra e seus súditos estão em suas mãos. —Disse Harriet Whitworth, torcendo as próprias mãos. —E, Thomas, não fale tão alto, por favor. O emissário dele ainda não saiu pela porta da frente. Mas, assim que o emissário desapareceu pela porta da sala, Thomas desabou no sofá.
—Você acha que eu me importo se ele me ouvir? —Thomas rosnou para a sua esposa.
—Ele tem sorte por eu não ter acrescentado minha bota em seu traseiro para ajudá-lo a sair pela maldita porta. Harriet correu para a porta da sala e a fechou, apenas por precaução, antes de se voltar para seu marido e sussurrar:
—Mesmo assim, nós não queremos que as nossas opiniões sobre o Príncipe Regente sejam levadas diretamente para suas orelhas. Ela era jovem quando se casou com Thomas, o Conde de Tamdon, que então, era um bom partido, e ainda era uma mulher muito bela aos quarenta e três anos de idade, com seus cabelos loiros e olhos de um azul cristalino.
Tinha pensado que poderia amar o marido que seus pais haviam lhe escolhido, mas ele não fez nada para despertar essa emoção nela e por isso, nunca o amou, Thomas era um homem com um temperamento rígido. No entanto, ela aprendeu a viver com ele sem se tornar o alvo de suas reclamações e fúria, e nunca, jamais era sua causa. Teve que se tornar tão dura e insensível quanto ele, e achava que nunca o perdoaria por transformá-la numa cópia de si mesmo.
Trad.Paraíso da Leitura