Numa pequena e acolhedora cidade à beira mar, até a efervescente elegância de um salão londrino, trama-se a emocionante história de um homem e uma mulher diferentes em tudo.
Não existia nenhuma dúvida: o que Harriet Pomeroy precisava era de um homem forte e inteligente para lhe ajudar a desbaratar os planos de ladrões inescrupulosos que ocultavam em suas queridas cavernas, os despojos de seus saques.
Mas, quando pediu ajuda a Gideon Westbrook não poderia imaginar que estava invocando o próprio diabo e, eventualmente, encontrando maneiras de conquistar o seu coração.
Capítulo Um
Era como uma cena saída de um pesadelo. Gideon Westbrook, visconde de St. Justin deteve-se na soleira para contemplar essa alegre e pequena ante-sala do inferno. Havia ossos em todos os cantos. Crânios que sorriam grosseiramente, costelas esbranquiçadas e fêmures feitos em pedaços espalhados por ali como refugos do diabo. No parapeito da janela se amontoavam pedras, sobre as quais se viam dentes, dedos e outras peças incrustadas.
Em um canto, espalhadas pelo chão, um punhado de vértebras.
Ocupava o centro dessa indigna desordem uma esbelta silhueta, com um avental coberto de manchas e uma touca torta de musselina branca sobre seu selvagem emaranhado de cachos castanhos. A mulher, obviamente jovem, estava sentada em uma pesada mesa de mogno, de costas para Gideon que apreciava sua elegante postura. Desenhava com concentração e interesse algo que parecia um osso comprido, encravado em um pedaço de rocha.
De onde estava Gideon notou que não tinha aliança nos graciosos dedos que sustentavam a pluma. Não era, então, a viúva do defunto reverendo Pomeroy, a não ser uma de suas filhas.
“Justamente o que eu precisava”, pensou Gideon, “outra filha de pároco.”
Quando o pesaroso pároco anterior abandonou a vizinhança, depois da morte de sua filha, o pai de Gideon designou o reverendo Pomeroy para seu lugar. Mas, ao morrer Pomeroy, quatro anos atrás, Gideon já estava responsável pelas propriedades de seu pai e não se incomodou em designar um novo pároco. O bem-estar espiritual do povo de Upper Biddleton não lhe interessava muito.
Segundo as condições que Pomeroy tinha estabelecido com o pai de Gideon, sua família continuou vivendo na casa paroquial. Os aluguéis eram pagos em dia e isso era a única coisa importante, pelo que concernia a Gideon.
Depois de contemplar a cena por mais um momento, deu uma olhada ao seu redor, procurando algum sinal de quem tivesse deixado aberta a porta da casa paroquial. Como não aparecia ninguém, tirou o chapéu de castor e entrou no pequeno vestíbulo. A forte brisa do mar o seguiu. Nesses primeiros dias de primavera, embora o tempo fosse invulgarmente quente para essa época do ano, o ar do mar ainda continuava frio.
Gideon se sentiu animado e (conforme admitiu para si mesmo) intrigado pelo espetáculo da jovem sentada entre ossos antigos que se espalhavam pelo aposento. Cruzou o vestíbulo em silêncio, cuidando para não fazer ruído com suas botas de montar. Era um homem corpulento (monstruoso, ao dizer de alguns) e tinha aprendido a mover-se sem ruído, em um vão esforço por compensar seu tamanho. Muitos o olhavam só pelo seu aspecto.
Parou na porta do gabinete, observando por mais um momento a mulher que trabalhava. Uma vez convencido de que ela estava muito absorta em seu desenho para perceber sua presença, quebrou o feitiço a contra gosto.
- Bom dia. – disse.
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8 de dezembro de 2012
20 de agosto de 2011
Fascinação
Série Irmãs Dennehy
Sem regras para amar!
Dividida entre a devoção e o anseio por realização pessoal, Mary Dennehy deixa sua família chocada ao decidir abandonar o convento e trocar a clausura por uma nova vida, em busca de aventura e independência.
Para uma mulher sozinha, no entanto, o Oeste pode ser um lugar perigoso e traiçoeiro. E mais perigoso ainda é o irresistível Ryder McKay...
Sentenciado à forca por um crime que não cometeu, Ryder se agarra à última chance de liberdade.
Levando Mary Dennehy como refém, ele foge para as montanhas, e acaba se descobrindo em companhia de uma jovem que, inesperadamente, o faz sentir-se vivo, vulnerável a desejos e tentações inegáveis.
À medida que o perigo se acerca, a fuga para a liberdade se transforma na jornada para uma paixão proibida, que porá à prova a Fé de um homem e uma mulher, e desafiará seus corações!
Dividida entre a devoção e o anseio por realização pessoal, Mary Dennehy deixa sua família chocada ao decidir abandonar o convento e trocar a clausura por uma nova vida, em busca de aventura e independência.
Para uma mulher sozinha, no entanto, o Oeste pode ser um lugar perigoso e traiçoeiro. E mais perigoso ainda é o irresistível Ryder McKay...
Sentenciado à forca por um crime que não cometeu, Ryder se agarra à última chance de liberdade.
Levando Mary Dennehy como refém, ele foge para as montanhas, e acaba se descobrindo em companhia de uma jovem que, inesperadamente, o faz sentir-se vivo, vulnerável a desejos e tentações inegáveis.
À medida que o perigo se acerca, a fuga para a liberdade se transforma na jornada para uma paixão proibida, que porá à prova a Fé de um homem e uma mulher, e desafiará seus corações!
Capítulo Um
Vale do Hudson, Julho, 1884
A quietude o cercava. Ele a recebia com alegria, absorvendo-a como uma folha absorve a luz e a transforma na própria existência. Estava parado sobre uma rocha alguns metros acima do lago.
Preferia manter-se abaixado a sentar-se, pois assim poderia se levantar rapidamente, caso fosse necessário. Mas não se movia. Esperar era um prazer. Não saberia dizer o que esperava. Não era importante.
Esperar não gerava impaciência ou ansiedade. Esperar abria possibilidades e expectativas. Qualquer coisa poderia acontecer no instante seguinte.
Faixas de névoa matinal se erguiam do lago. O perímetro da clareira era marcado por cedros e pinheiros, mas nem os galhos frondosos podiam bloquear os raios do sol.
O calor arrancava da água uma nuvem de vapor, e a luz dançava na superfície do lago.
Ver a luz cintilante e o reflexo que lembrava milhares de estrelas despertava nele a crença de que nesse lugar o paraíso podia ser capturado.
Tolice. Poetas e filósofos podiam alimentar idéias de paraísos capturados em espelhos d'água, mas agentes do Exército Americano deviam se apegar à realidade dos fatos.
Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante
5 - Fascinação
Série Concluída
Vale do Hudson, Julho, 1884
A quietude o cercava. Ele a recebia com alegria, absorvendo-a como uma folha absorve a luz e a transforma na própria existência. Estava parado sobre uma rocha alguns metros acima do lago.
Preferia manter-se abaixado a sentar-se, pois assim poderia se levantar rapidamente, caso fosse necessário. Mas não se movia. Esperar era um prazer. Não saberia dizer o que esperava. Não era importante.
Esperar não gerava impaciência ou ansiedade. Esperar abria possibilidades e expectativas. Qualquer coisa poderia acontecer no instante seguinte.
Faixas de névoa matinal se erguiam do lago. O perímetro da clareira era marcado por cedros e pinheiros, mas nem os galhos frondosos podiam bloquear os raios do sol.
O calor arrancava da água uma nuvem de vapor, e a luz dançava na superfície do lago.
Ver a luz cintilante e o reflexo que lembrava milhares de estrelas despertava nele a crença de que nesse lugar o paraíso podia ser capturado.
Tolice. Poetas e filósofos podiam alimentar idéias de paraísos capturados em espelhos d'água, mas agentes do Exército Americano deviam se apegar à realidade dos fatos.
Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante
5 - Fascinação
Série Concluída
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