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16 de julho de 2009
Feitiço Do Tempo
Um amor tão grande que desafia séculos de maldição!
Itália, 1528.
Atormentada por estranhos sonhos, a inglesa Sarah Longford chegou a Florença em busca da chave de um mistério: uma vida que ela conhecera em outra época... e em outro corpo!
Por seus insondáveis desígnios, o destino permitiu-lhe viver de novo como a tempestuosa Bianca - fascinante jovem que, levada pela ambição, aceitara casar se por dinheiro, mas que logo descobrira haver cometido um terrível engano.
E, agora, ela precisava evitar um brutal assassinato e salvar a vida de Aléssio, sua verdadeira e única paixão.
Prólogo
Sarah Longford sonhava.
O mar, tão calmo e límpido quanto uma pintura, estendia-se ao longo da praia deserta. Os dois cavaleiros saíram de repente do meio de uma floresta de pinheiros, o galope selvagem espalhando areia fina ao redor.
Bianca, com o capuz jogado para trás, os cabelos negros e encaracolados ao vento, o vestido escarlate contrastando com o pêlo branco do cavalo, virou-se de leve e sorriu. Era um sorriso perfeitamente calculado para provocar, excitar. Seus olhos percorreram Aléssio com aprovação. As roupas negras dele davam a impressão de fundir-se ao corpo também negro do garanhão, transformando homem e montaria num único animal, impetuoso e viril.
Com uma expressão de irritação e promessas de paixão estampadas no rosto, Alessio incitou seu cavalo para frente.
Sentindo-o aproximar-se, Bianca segurou as rédeas com força e esporeou a égua. O animal relinchou e empinou o corpo, atirando-a no chão.
Desorientada, ela ficou caída durante alguns segundos, ambos os braços erguidos, ouvindo o tropel do garanhão. Somente quando Aléssio desmontou, transpirando raiva, foi que conseguiu levantar-se, apoiando-se na rocha mais próxima.
As mãos masculinas a seguraram pelos ombros sem nenhuma delicadeza.
— O que diabos você estava tentando fazer, mulher? — Alessio a sacudia com tanta violência que seus dentes batiam uns nos outros — Quebrar o pescoço?
— Não — Bianca respondeu ofegante, atirando a cabeça para trás numa tentativa de clarear as idéias. — Eu só queria descobrir quão rápido Sultana poderia ir. Além do mais, estávamos apostando corrida — acrescentou com um sorriso. — E eu venceria, se você não tivesse me assustado.
— Então quer dizer que a culpa é minha?
Bianca fitou-o fixamente. Os olhos tão azuis quanto o mar ainda guardavam vestígios da raiva. Além de desejo. Era capaz de reconhecer aquele sentimento porque já o vira nos olhos de muitos homens.
—Não é sempre assim?
— Maldita seja.
Sorrindo irônica, ela entreabriu os lábios, num convite silencioso. Imediatamente as mãos viris que a seguravam pelos ombros aumentaram a pressão.
— Sugiro que me solte, messere Aléssio. Ou você quer deixar marcas na minha pele?
— Por Deus, se você continuar desempenhando o papel de Circe, farei mais do que marcar sua pele. — Apesar das palavras ditas num tom duro, ele passou a acariciar onde antes pressionara.
O vestido de veludo era uma barreira entre as mãos de Aléssio e sua pele, entretanto Bianca podia sentir o toque como se estivesse nua.
O calor gerado pela massagem suave espalhava-se com uma rapidez assustadora.
Seu corpo jovem e ardente tinha fome. Fome de ceder às exigências da carne.
— Strega. Você é uma feiticeira, mulher.
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