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9 de abril de 2011

A Donzela E O Dragão

É Fantasia, histórico e lindo!



O sopro da paixão!

Nem sempre é fácil ser uma guerreira, muito menos com o apelido de "Annwyl, a Sanguinária".
Os homens tendem a se acovardar diante dela, ou então a tratá-la com distanciamento.
Annwyl tem uma aptidão especial para decapitar legiões de inimigos sem fazer pausa para tomar fôlego, mas...
Só por uma vez, seria interessante poder conversar e trocar ideias com um homem, como ela faz com Fearghus, o Destruidor.
Pena que Fearghus seja um dragão, do tipo grande...
E mortal...
Annwyl se sente segura ao lado de Fearghus, muito diferente do que com o cavaleiro belo e arrogante incumbido por Fearghus de treiná-la para a batalha.
Passando os dias ao lado de um homem que lhe desperta um estranho desejo, e as noites em companhia de uma criatura mágica capaz de destruir um vilarejo com um sopro, Annwyl está convencida de que não falta mais nada para acontecer em sua vida.
Mas ela está redondamente enganada...

Capítulo Um

Já fazia algum tempo que ouvia os ruídos da batalha.
Porém, como de costume, ignorava-os.
As guerras dos homens não significavam nada para ele.
Mas aquele barulho do lado de fora de sua caverna? Bem, isso o impulsionava a agir.
Espreguiçando-se, ele se moveu devagar até a entrada do covil, não sabia o que esperar, e provavelmente nem se importava, mas estava muito entediado, e aquilo poderia ser interessante, no mínimo, conseguiria um jantar.
A lâmina penetrou a lateral do corpo de Annwyl, atravessando a armadura e a carne, e atingindo os órgãos o sangue jorrou, e ela soube que estava morrendo.
O soldado sorriu ao ouvir seu grito de dor, o que trouxe à tona a lendária ira pela qual se tornara famosa, ela ergueu a espada e, com um berro de fúria, brandiu-a.
O aço cortou o ar e atingiu o homem, separando a cabeça do pescoço, o sangue salpicou seu rosto e seus braços, os outros soldados se detiveram. Haviam se livrado do pequeno grupo de guerreiros que a acompanhavam, encurralando-os naquele vale estreito e profundo.
Mas Annwyl jamais proporcionara um caminho fácil para o golpe fatal.
Pelo menos, até o momento.
Sabia que seu tempo estava acabando.
A visão ficou turva, e ela se sentia mais fraca a cada instante,
esforçou-se para respirar. Lutaria até o fim.
Ergueu a espada e, segurando a empunhadura com as duas mãos cobertas de sangue, aguardou o ataque seguinte.
Um dos homens deu um passo à frente.
Pela expressão do inimigo, soube que era ele quem queria cortar-lhe a cabeça e entregá-la ao seu irmão.
Isso serviria como um troféu e um aviso aos que ousassem questionar o reinado dele.
Observou-o aproximar-se lentamente.
Era evidente que ele sabia que estava morrendo e que não aguentaria lutar por muito tempo.
Suas pernas começaram a tremer conforme sua força diminuía.
Seu corpo ansiava por deitar um pouco, apenas por alguns minutos...