Brynmor e Rose se conhecem há anos.
Desde o seu resgate há dezoito anos, Rose conheceu um homem valente e um cavaleiro habilidoso. Mas também aquele que está atormentado pela dúvida. Nascido como filho de um agricultor, o destino trabalhou para colocá-lo no controle do vasto condado de Powys, no País de Gales. Mas, enquanto o País de Gales cai desordenadamente em uma guerra pela independência, Brynmor deve escolher. Ele apoiará seus irmãos galeses, como seu coração deseja, ou ficará do lado do brutal rei inglês, Longshanks? Rose entende que se o rei não puder confiar na lealdade de Brynmor, ele destruirá Powys. Ela conhece apenas uma maneira de garantir uma aliança, mas Brynmor concordará com isso e desafiará seu sangue galês?
Capítulo Um
Powys Castle Fronteira galesa / inglesa Março de 1282 DC
―Meu filho, por favor, não me mande embora ― sua mãe sussurrou enquanto ele a escoltava de sua fortaleza até a carroça fechada que os esperava no pátio. Brynmor cerrou os dentes e convocou a resolução que o havia fortalecido no passado.
―Você sabe por que devo fazer isso, mãe ― ele disse suavemente, sem se preocupar em conter o sotaque de seu acento plebeu. Sua mãe era a única pessoa que lhe permitia ser ele mesmo, pois sua fala carregava o mesmo tom.
Ela olhou para ele e seus olhos se encheram de lágrimas. Brynmor cerrou os dentes e se recusou a ouvir a voz em seu coração, pois outra dentro dele gritou mais alto. Sua mãe envelhecera, mas era a saúde dela que o levava a mandá-la para um lugar seguro.
― Meus batedores relataram. Dafydd marcha contra as possessões inglesas no norte de Gales, e isso só trará a ira de Longshanks.
― Mas o Castelo de Powys é forte, muito mais forte do que o domínio para o qual você está me enviando.
― O Castelo de Powys será um alvo, mãe ― ele disse firmemente. ― Nós já discutimos isso. O lugar para onde estou lhe enviando é menor, mas defensável. Longshanks e Llywelyn irão ignorá-lo, ao contrário de Powys.
― Então envie uma mensagem para Montgomery.
― Não ― rebateu Brynmor, em seguida, respirou fundo para suavizar suas palavras. ―Mãe, não vou implorar a ajuda de um inglês.
― Da família, você quer dizer ― disse sua mãe, com a voz muito afiada. Brynmor sentiu seus lábios se torcerem, apesar de sua preocupação. Ele sabia exatamente de qual progenitor herdara seu temperamento.
― Sim, e sabe porquê ― ele disse e piscou para ela. Sua mãe riu, mas para sua consternação, ela começou a tossir novamente. Os espasmos atingiram sua forma leve com um fluxo líquido perturbador. Ele passou o braço sobre os ombros dela e puxou-a para si, segurando-a com força enquanto o acesso de tosse ameaçava deixá-la de joelhos. Aquela era a razão exata pela qual ele estava mandando-a embora. O perigo de sua viagem era bem menor do que enfrentaria se Powys fosse sitiado. A tosse cedeu, felizmente, mas o aperto de Brynmor não diminuiu sobre ela.
―Você é tudo o que me resta nesta vida, mãe ― ele sussurrou, pressionando os lábios no topo da cabeça grisalha. Ela se afastou o suficiente para olhar novamente para ele. Seus dedos tocaram-lhe a bochecha.
― Você tem mais, mas se recusa a ver. Alcance-o, meu filho, está ao seu alcance. Ele franziu a testa para ela.
― O que você quer dizer?