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7 de fevereiro de 2011

Hora de Amar



Um improvável encontro... Um amor inevitável!

Durante a inspeção de uma mina em Nevada, Raleigh sofre um acidente e vai para a casa da avó se recuperar.
Lá conhece Linden, a enfermeira contratada para cuidar dele.
Raleigh só pensa em se recuperar o mais rápido possível, deixar a Califórnia e voltar para Nevada.
Mas cada vez que Linden toca suas delicadas mãos no corpo dele, Raleigh quer ficar, para sempre, com ela nos braços.
Linden surpreendeu-se quando viu o paciente de que iria cuidar, um homem jovem e muito sedutor.
Era impossível não sentir uma intensa atração cada vez que chegava perto dele.
Mas Linden sabia que estava ali para trabalhar e logo iria embora.
Seu coração, porém, lhe dizia que era hora de ficar ali para sempre...

Capítulo Um

São Francisco, 1875
O quarto poderia estar na própria Inglaterra, a julgar pela decoração.
Os materiais de construção, apesar da abun­dância do país em que estavam, tinham sido importados da Europa, a um custo surpreendente.
Pedras, madeiras e vitrais completos realizaram a custosa viagem de navio, com o in­tuito de reconstruir a pátria longe da pátria.
Tudo para que a família se sentisse bem no país a ser construído para o futuro; para que as coisas lembrassem o máximo possível as tradições antigas.
Muito tempo se passara desde o término da construção, época em que a atual dona da casa chegara ao novo país, onde haviam de prosperar, naquele século que se iniciava.
Pesados lambris de nogueira cobriam as paredes, confe­rindo um tom de sobriedade ao quarto de dormir, comple­tado pelas cortinas pesadas de veludo, que no momento en­contravam-se abertas para o dia nublado, recolhidas em seus suportes. No conforto do interior, tudo colaborava para evitar ruídos, favorecendo o silêncio. Dessa forma foram aba­fadas as palavras da senhora recostada à cabeceira da cama. Pareciam ter sido absorvidas pelo quarto.
Raleigh Montgomery não sabia por que estava surpreso.
Mesmo em seu leito, doente, a avó tentava controlar e frus­trar os desejos de todos, desde a cozinheira até o conselho de vereadores da cidade, a fim de que cumprissem o que determinava.
Talvez o surpreendente fosse a forma como ele evitava a situação mencionada.
No momento, por exem­plo, encontrava-se absorto naqueles pensamentos em vez de prestar atenção ao que ela dizia. Talvez ambos tivessem o mesmo tipo de temperamento rebelde.
— Está me ouvindo, Raleigh? — indagou ela, com uma nota de impaciência na voz.Millicent Montgomery estava consciente da postura e do tom de seu neto, porém havia uma certa imprecisão no olhar educado dele, e a expressão era indefinida, sonhadora, o que talvez fosse um sintoma de que a mente vagava por lugares desconhecidos que não se relacionavam, em absoluto, com o que ela queria dizer.
Ou ao menos com a expressão de ouvinte atento. Raleigh tornara-se um mestre em guardar seus pensamentos para si mesmo, sem dar a impressão de estar fazendo isso.