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20 de janeiro de 2013

Doce Prisioneira




Entre a mentira e o desejo... Dixon Fairchild perseguia avidamente a bela malfeitora que disparara contra seu pai e escapara com a quantia de trinta mil dólares em ouro. 

Ela já o enganara antes. 


Dixon jurou, que só descansaria quando a colocasse atrás das grades.
Mas ao rever a tentadora Francesca sentiu desencadear nele uma série de lembranças inquietantes... 
Bianca não poderia imaginar que Dixon estivesse tão determinado a capturá-la, nem que ele fosse capaz de despertar nela uma paixão intensa. 
Agora encontrava-se prisioneira do rude patrulheiro, colocando em risco seu próprio coração! 

Capítulo Um

Ilha de Galveston, Maio de 1894 
Uma descarga de adrenalina percorreu as veias de Dixon Fairchild ao observar a garçonete que se aproximava, ouvindo seus passos soando pelo pavimento e ecoando nos prédios de tijolos que ladeavam o beco iluminado pelo luar. 
Já estava no encalço daquela moça havia uma semana. 
E pretendia mandá-la logo para a cadeia, onde era seu lugar. 
Esperou até que ela passasse e então saiu das trevas em que estava mergulhada a parte de trás do Hotel Tremont, colocando a mão pesada sobre o ombro dela, provocando- lhe uma parada brusca. 
— Muito bem, mocinha! Muito rápida, a jovem se voltou, os braços tensos batendo contra o corpo de Dixon. 
— Tire essa mão de cima de mim! Ele esperava essa resistência e não se surpreendeu com a reação. 
Mas não pôde dizer o mesmo quanto ao sotaque que percebeu. 
O que aquele pequeno demônio estaria tramando agora?, indagou a si próprio. 
Sabia, por experiência, que não podia confiar de forma alguma nela. 
— Pretendo colocar mais do que minha mão em cima de você! 
O rosto suave e claro da garota encheu-se de medo, ao mesmo tempo que uma expressão de raiva cruzava seu olhar cor de âmbar. 
— Pois tente, signore, e eu terei prazer em servi-lo num prato, como um peixe frito! 
— E, em mais um gesto brusco, tentou golpeá-lo. Dixon agarrou-lhe os pulsos antes que pudesse terminar o golpe. 
— Fazer ameaças só irá piorar sua situação, mocinha. 
Ela continuava se debatendo, até que ergueu um dos joelhos, mas Dixon teve reflexos suficientes para evitar o golpe terrível em suas partes baixas, o que, entretanto, não livrou sua coxa de receber a joelhada dolorida. E, com firmeza, trouxe-a para junto de si, imobilizando-a e ameaçando: 
— Nem pense em tentar isso de novo! A jovem abriu a boca, mas Dixon foi mais rápido ao dizer: — E não grite! — Segurou-a com mais força e lançou um olhar à extremidade do beco, onde alguns casais passavam, sob os fios elétricos que seguiam ao longo da rua Market. 
Dixon entrara no restaurante do hotel fazia pouco por estar com fome, e, surpreso, a vira, vestida como garçonete, criando uma cena e acabando demitida.
Logo depois, ele saiu e se escondeu nos fundos, à espera de que ela passasse. 
E deixara com tanta pressa o restaurante que recebeu olhares curiosos de alguns dos clientes, bem como a expressão carrancuda de dois senhores que tivera de afastar da frente, para poder sair a tempo de agarrar a fugitiva no beco. 
No entanto, mesmo assim não chamara tanta atenção. 
Estava com sorte, ao que parecia. Não queria se incomodar com explicações, nem que as autoridades locais se envolvessem no caso e atrasassem sua partida. 
— O que quer comigo? — a garota perguntou, de dentes cerrados. 
Dixon baixou os olhos sobre sua prisioneira, vendo seus cabelos castanhos presos num coque agora quase desfeito. 
E lembrou-se, de repente, de como eles eram sedosos, soltos em ondas sobre os ombros redondos. 
Baixou mais o olhar, para o vestido escuro que ela usava e que moldava aquelas curvas. 
Dixon franziu as sobrancelhas, irritado consigo mesmo. Não queria sentir nada além de desprezo por aquela mulher. 
— Sabe muito bem o que quero: mandá-la direto para a cadeia! 
— Ca... cadeia?! 
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