Lady Sophia Barnes não aceita não como resposta.
Especialmente quando ela está vagando pelo submundo decadente de Londres... vestida de homem. Como uma defensora da justiça, a mais recente missão de Sophie é lutar pelos direitos dos pobres, miseráveis — e das funcionárias do bordel de Madame Hartley.
Ela não está preocupada com os criminosos que cruzam seu caminho, pois Sophie domina a arte do engano, incluindo a arte de usar calças. Agora seu destino está em suas próprias mãos, junto com uma arma carregada. Tudo o que ela precisa é de instruções sobre como disparar. Mas apenas uma pessoa pode ajudá-la: lorde Quint, o homem que partiu seu coração anos atrás. O homem que ela não deixará destruí-la novamente... A última coisa que Damien Beecham, visconde Quint, precisa é de uma intrusão em sua privacidade, especialmente da mulher linda e exasperante que ele nunca deixou de desejar. Uma mulher com um pedido perigosamente absurdo, nada menos. Damien está travando uma batalha própria, que ele deseja manter escondida — junto com seus sentimentos por Lady Sophia. No entanto, essa luta é tão desesperadora quanto parar seu estranho plano. Em breve, tudo o que Quint saberá com certeza é que ele morrerá tentando protegê-la... Aos meus pais, que primeiro me mostraram como eu era feliz. E para Rich, que me deu a minha própria.
Capítulo Um
Fevereiro de 1820
a virilha da calça exigia uma quantidade surpreendente de habilidade. Uma protuberância muito grande atrairia a atenção. Muito pequena e você arriscava que a coisa escorregasse pela perna. Felizmente, Lady Sophia Barnes possuia experiência suficiente para alcançar o equilíbrio perfeito. Ninguém olhando para ela agora acreditaria que ela era uma dama de vinte e sete anos, filha de um rico e poderoso marquês
— não vestida como ela estava, na elegância de um cavalheiro, da cabeça aos pés. Assim como ninguém acreditaria que seu tempo livre fosse gasto investigando assuntos para uma classe de mulheres, na qual a maioria dos londrinos nem queria pensar.
Aquela noite, embora fria e desagradável, fora moderadamente produtiva. Quando Sophie se aproximou da carruagem, o cocheiro pulou para abrir a porta. Sua criada, Alice, sentou-se lá dentro, encolhida debaixo dos cobertores. Alice esperou até a porta se fechar antes de falar.
— Então, milady? Sophie bateu no telhado para sinalizar ao cocheiro. Então ela puxou um papel dobrado do bolso do sobretudo.
— Não há vestígios de Natalia, mas eu encontrei isso.
— Beth, a garota que contratou Sophie, estava preocupada que algo mal tivesse acontecido com sua amiga. Embora Beth agora tivesse encontrado um protetor, Natalia ainda trabalhava em uma taberna perto das docas, onde moedas extras significavam levar um cliente aos aposentos do segundo andar. As duas moças se correspondiam toda semana, sem falhar, e Natalia não enviava notícias há quase um mês.
Naquela noite, Sophie teve acesso ao quarto de Natalia e a procurou. A única carta que encontrou estava em russo. Sophie esticou as pernas livres no pequeno espaço, enquanto a carruagem riscava a noite. As calças eram realmente uma invenção espetacular.
— Eu gostaria de saber o que diz. Beth só falava inglês.
— Precisamos encontrar alguém que possa falar russo, milady. Um nome veio à mente. Um nome que ela tentou não pensar mais de cinco ou dez vezes por dia. Ela frequentemente falhava mesmo nisso.
— Conheço alguém que fala russo. Lorde Quint. Ele fez uma breve palestra durante uma reunião na Embaixada da Rússia, há três anos.
1- A Duquesa Cortesã
2- A Condessa Libertina
3- Uma Lady Encrenqueira
Série concluída