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17 de dezembro de 2010
Desta vez para sempre
O Sonho mais lindo...
Depois de uma viagem de seis dias numa diligência, percorrendo estradas esburacadas e poeirentas, Tess Kinley mal podia esperar para cair sobre a maior cama que já havia visto. Doce repouso, afinal... e o anjo que vira?
Bem... só podia ser um sonho. Gabe Calloway não era um anjo, e sim, um homem de verdade.
E ele sequer podia imaginar o que uma fina dama de Boston como Tess estava fazendo no Oeste.
Tudo bem... então, ela vira um anúncio sobre rancheiros honestos trabalhadores precisando de esposas. Mas quem disse que Gabe queria se casar?
Ele tentou mandá-la de volta... mas, havia algo na bela Tess que fazia derreter seu coração... e despertava nele o desejo de compartilhar seu lar no campo...
Capítulo Um
Porter Creek, Território de Montaria, 1885
Tess Kinley queria morrer. Seis dias na diligência dirigida pela personificação do demônio! Era mais do que um corpo podia suportar.
Não havia um único buraco entre Butte e Porter Creek pelo qual não houvesse passado; nem uma parada imunda onde não houvesse estado; e não comera uma só refeição decente.
Não tomava banho há uma semana, nem lavara ou mudara as roupas.
O estômago delicado há muito se revoltara contra tais ofensas, e embora ainda não se houvesse desgraçado diante de testemunhas, não teria se importado em nada com tal ocorrência.
A diligência havia tombado em duas diferentes ocasiões, e um dos cavalos fora sacrificado por ter fraturado uma das patas no acidente.
Haviam permanecido atolados no lago até a metade das rodas depois de três dias de chuva intensa, e durante esse período o vocabulário de Tess ganhara inesperadas e lamentáveis aquisições graças às aulas do sr. Forbes, o cocheiro.
Podia ter abandonado a diligência em qualquer ponto do caminho, e provavelmente devia ter tomado essa decisão, mas cada quilômetro percorrido significava um quilômetro a menos a percorrer; um quilômetro mais distante de seu pesadelo, um quilômetro mais perto de seu sonho.
Dolorida, coberta por hematomas, arranhada e exausta, ela havia, por algum milagre, sobrevivido à experiência e chegado inteira na estação de Porter Creek; mais enjoada do que jamais imaginara ser possível, mas viva.
O estômago permaneceu embrulhado por horas depois do fim da viagem, a náusea ameaçando-a a cada respiração mais profunda.
Houve um momento em que pensou ter morrido e ido para o inferno, mas a paz elusiva que acompanha a morte continuava ausente de seus sonhos estilhaçados.
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