Mostrando postagens com marcador Maré da Paixão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maré da Paixão. Mostrar todas as postagens

12 de novembro de 2010

Maré da Paixao


A geniosa Savannah está envolvida na luta contra a injustiça social.

No entanto, quando chega à cidade de Pilot Isle, ela se vê envolvida sentimentalmente com o homem mais importante do lugar.Zachariah é irritante, arrogante, mas também o homem mais atraente que ela conheceu. Eis que, de repente, Savannah passa a ter de travar uma nova batalha: agora contra seu próprio desejo por um homem irresistível. Desde a morte de sua mulher, dois anos antes, Zachariah passou a dedicar a vida mantendo a paz em Pilot Isle. Então, quando viu a bonita estranha em cima de um caixote instigando a multidão, não hesitou em levá-la para a cadeia. Mas Savannah não era uma fora-da-lei comum. Sua beleza tinha o poder de acordar as emoções que Zachariah julgava adormecidas para sempre.

Capítulo Um

Carolina do Norte, 1898
Savannah Connor sabia que se metera em confusão.
Sentiu-se muito cansada de repente. Nos últimos oito anos, lutando por sua causa, só se vira em apuros, um após o outro.
Naquele momento, estava em Pilot Isle, uma cidadezinha da Carolina do Norte, tentando melhorar as condições das mulheres que trabalhavam com ostras em um armazém local.
Talvez tivesse sido mais sensato evitar o embaraço de uma briga com a autoridade máxima, um homem determinado a ver apenas o pior da personalidade dela.
No entanto, fugir de um desafio não era seu costume.
Reconheceu que a situação não era das melhores ao passar pela multidão que se agitava, furiosa, no lado de fora de um dos armazéns da C&amp H Oyster Producers. Virou-se e se viu frente a frente com Zachariah Garrett, xerife e juiz de Pilot Isle. Mesmo assim, ele se vestia com descontração.
Parecia ser um costume em comunidades costeiras.
Garrett usava jeans e uma camisa desabotoada que deixava à mostra seu peito másculo. Sua altura, seus ombros largos e o corpo esguio, todo seu físico destoava da expressão de seriedade de seu rosto.
Parecia querer transparecer uma calma que talvez não estivesse sentindo, pois Savannah conseguia notar um sinal nítido de raiva por detrás da aparência tranqüila.
Para sua surpresa, quando cruzou o olhar com aqueles olhos de um verde-acinzentado, sentiu o coração bater mais forte, em um ritmo desconhecido.
Não estava com medo de Zachariah Garrett, o que experimentava era algo bem diferente, e nem ela própria conseguia definir.
— Lutem por seus direitos, mulheres de Pilot Isle! — Savannah gritou, erguendo um cartaz.
A aglomeração agitou-se mais ainda, com os homens em total desacordo e as mulheres aprovando aquele grito de guerra. Savannah sentiu-se gratificada só em ver a irritação estampada no belo semblante de Zachariah Garrett.
Isso a levou a levantar os punhos fechados, e a multidão esbravejou mais alto.
Um homem arrancou um dos cartazes que Savannah havia colado na parede e o fez em pedaços, jogando-os em uma fogueira que ardia por perto.
Outro começou a empurrar as mulheres para longe da entrada do armazém.
Muitas delas resistiam orgulhosas por estarem exigindo seus direitos.
Savannah animou-se. Não existia poder que se igualasse ao de uma multidão embalada por um ideal.
Equilibrando-se em cima de um caixote não muito resistente, Savannah admirou a coragem daquelas que se arriscavam ali a perder seus empregos, mas mesmo assim não arredavam um pé do lugar.
Mais uma vez reconheceu que valia a pena fazer parte do movimento feminista que despertava a América para uma nova realidade.
E, mesmo sendo apenas um ponto minúsculo do mapa dos Estados Unidos, Pilot Isle também merecia passar por mudanças. Suas mulheres deveriam poder viver com mais dignidade e mais recursos.
— O show acabou, srta. Connor — Zachariah Garrett disse, segurando-a pela cintura e puxando-a. — Você tem criado problemas demais desde que chegou por aqui, na semana passada, e, para ser honesto, para mim já chega!