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20 de março de 2011
Liberte Meu Coração
Capítulo Um
Inglaterra, 1291
O gavião estava de volta. Finnula o viu no instante em que abriu a persiana de madeira da janela do seu quarto para ver se o xerife e seus homens já tinham partido nos cavalos.
O enorme pássaro marrom de olhar maligno estava empoleirado, o mais calmo possível, no topo do telhado de sapê do galinheiro.
Ele tinha matado duas das galinhas favoritas de Mellana na semana anterior e agora mirava a terceira, a que Mel chamava de Greta, enquanto a galinha malhada ciscava o chão enlameado do galinheiro em busca das migalhas que restaram da ração.
Embora o gavião não se mexesse, mesmo com a chuva fria de primavera caindo constantemente sobre seu dorso, Finnula sabia que ele estava pronto para atacar.
Rápida como as gazelas premiadas do conde, Finnula pegou seu arco, que estava pendurado na cabeceira da cama, e as flechas, e mirou a ave de rapina, embora estivesse em um ângulo de visão ruim, pois as vigas de madeira do teto perto da janela que dava para o telhado eram baixas demais.
Forçando a corda do velho arco para trás, Finnula concentrou-se totalmente no alvo abaixo dela: o peito arrepiado do gavião assassino de galinhas.
Não escutou a irmã subindo as escadas para o quarto que já tinham dividido, nem sequer o barulho da porta raspando no chão ao se abrir.
—Finn! A voz horrorizada de Christina assustou Finnula, e ela soltou a corda cedo demais.
Com uma vibração musical, a flecha atravessou a janela, arqueando através da chuva, e fixou-se inofensivamente no sapê aos pés do gavião, fazendo o pássaro alçar voo com o susto e dar gritos agudos de indignação.
— Meu Deus, Christina! — resmungou Finnula, desfazendo a posição de arqueira e apontando um dedo acusador para o caminho feito pela flecha.
— Era uma flecha perfeita, e, agora, olhe para ela! Como vou pegá-la de volta? Está presa no telhado do galinheiro!
Christina estava apoiada no batente da porta, o rosto redondo com as bochechas rosadas pelo esforço de subir as escadas estreitas. Uma das mãos no peito farto demonstrava a tentativa de recuperar o fôlego.
— Que vergonha, Finnula! — disse ela, ofegante, quando finalmente conseguiu falar. — No que você estava pensando? O xerife foi embora há menos de cinco minutos, e aqui está você, atirando em pobres pássaros inocentes de novo!
— Inocentes! — Finnula pendurou a alça de couro surrado da aljava sobre o ombro delgado. — Se você quer saber, aquele era o gavião que anda matando as galinhas de Mellana.
— Você perdeu a cabeça que o bom Senhor lhe deu, Finn? Se o xerife tivesse olhado para trás e visto a flecha voando da janela do quarto, teria dado meia-volta e prendido você aqui mesmo. Finnula riu de forma debochada.
—Ah! Ele nunca faria isso. Imagine, prender uma donzela meiga como eu. Ele se tornaria odiado de Shropshire na hora. — Não. Sendo o primo do conde, não se tornaria. — No oitavo mês de gravidez, Christina não conseguia mais subir as escadas até o antigo quarto com a mesma rapidez. Acomodou-se na cama das irmãs mais novas e suspirou, os cachos ruivos que haviam escapado da touca de linho balançando. você não deveria
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