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8 de janeiro de 2018
Minha Princesa Viking
Maisey toda a vida suportou o ódio de seu povo por causa de seu pai.
Quando os vikings atacaram sua aldeia, viu a oportunidade que precisava para chegar até ele, mas seu sequestrador decidiu reivindicá-la como sua e fazer dela sua escrava. Talvez devesse mostrar-lhe que não iria ser fácil ...
Capítulo Um
Maisey virou na cama e choramingou enquanto sonhava. Cobriu-se com as grossas mantas, pois fazia frio e deixou que o sonho a envolvesse de novo.
Sua mãe sorria indicando o céu, mostrando estrelas enquanto a abraçava em seu colo. Seu cabelo castanho caía até o chão onde estava sentada e Maisey agarrava a uma de suas mechas.
— Olhe, meu amor! São as estrelas. — Dizia abraçando-a como só uma mãe podia fazer — Sempre lhe guiarão até onde queira chegar. Acompanharão você e sempre estarão aí.
— São bonitas. — Disse Maisey recostando-se em seu peito para olhar o céu— Olhe aquela tão grande!— Suspirou de felicidade ao vê-la.
— Tem que olhar fixamente para que lhe guiem, minha vida. Eu te ensinarei como.
— Fará isso?
— Não estou te ensinando muitas coisas?— Perguntou acariciando seu cabelo loiro liso.
— Algum dia necessitará de tudo que te ensinei.
— Quando?
— Quando eu faltar. — Disse beijando-a na bochecha— Então terá que ir procurar seu pai. Ele te ajudará.
— Eu não quero ir! — gritou zangada enrugando seu pequeno nariz.
— Isso será dentro de muitos anos. Quando for uma mulher. — Sua mãe olhou seus olhos grandes azuis. Tão claros que pareciam transparentes, rodeados por umas surpreendentes pestanas escuras — Tem que procurá-lo porque aqui não pode ficar, meu amor. Tentarão te fazer mal e necessita ser protegida . Seu pai o fará. Ele é um homem importante e cuidará de você.
Maisey com seus seis anos de idade não chegava a compreender tudo o que sua mãe dizia e esta sorriu — Não se preocupe, com os anos entenderá e dará importância. Será duro, mas fará o que te digo. — Acariciou sua ruborizada bochecha e Maisey sorriu.
— Como é papai?
Sua mãe sorriu com tristeza — Me perguntaste isso mil vezes.
— Conta-me.
— É um guerreiro de enorme força. Seus braços são como troncos de árvore e mede tanto quanto nossa casinha. — Maisey arregalou os olhos — Tem o cabelo um pouco mais escuro que você, mas não muito e chega até debaixo dos ombros. Sua espessa barba não me deixava ver seu rosto muito bem. — Disse sua mãe rindo — Mas era muito bonito.— No olhar de sua mãe apareceu tristeza. A tristeza que a acompanharia toda a vida — É leal e tem palavra. — Olhou sua filha. — Isso é o importante em um homem, Maisey. Se um homem não tiver palavra, não tem valor. Tem que cumpri-la, custe o que custar.
— Sim, mamãe.
— Meu Harald teve que ir, deixando-me aqui, mas sei que me amou mais que ninguém na vida e voltou para sua terra porque tinha dado sua palavra a outra mulher. Tem família lá. Mas só confie em seu pai. — Sim, mamãe.
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