Mostrando postagens com marcador Minha querida tentação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Minha querida tentação. Mostrar todas as postagens

12 de fevereiro de 2022

Minha querida tentação

Quando o conde de Ketterham William é exilado da Inglaterra e vai para a Escócia, sua filha Vanessa foge com ele.
 
William permite que Vanessa fique com ele, mas quando ela se torna mais velha, ele a faz voltar para sua mãe na Inglaterra, para sua apresentação à sociedade. Vanessa não fica feliz em deixar seu pai e a liberdade que tinha na Escócia. Decide que assim que chegar à Inglaterra, ela tentará convencer a família Rathban a permitir que seu pai volte. Lord Montgomery, "Monty", estava entediado depois de retornar da guerra, então encontra diversão em "consertar" os problemas do Príncipe Regente, que lhe valem a reputação de libertino. Quando as coisas ficam desconfortáveis para Monty em Londres, o Príncipe Regente o envia para um local remoto com um "pacote". O pacote acaba por ser Charley e Arlo, personagens secundários que fornecem muito humor e intriga para a história. Monty é um herói ocupado, no livro, protegendo Charlie, protegendo�se de maridos aborrecidos e tentando fazer Vanessa ficar com ele. A história está cheia de brincadeiras espirituosas, drama, ação, mistério, humor e reviravoltas inesperadas.

Capítulo Um

Vanessa Blackburn estava sentada na beira de um penhasco com vista para o Mar do Norte. Era um dia gelado de primavera nas Highlands escocesas, mas ela estava bem protegida por seu casaco forrado de pele, além de uma manta grossa que poderia usar para cobrir a cabeça, como um capuz, se o vento soprasse. Ela não era escocesa. . . bem, ela era um pouquinho. Seu bisavô, Angus MacCabe, era escocês, mas sua filha mais nova se casou com um conde inglês, um Blackburn. O pai de Vanessa, William, era o único filho sobrevivente. 
Havia uma fogueira antiga nas proximidades, que ela e seu pai acendiam nas noites claras de inverno, quando se sentavam do lado de fora, para assistir o estranho jogo de luz que iluminava o céu do norte. Ia sentir falta do espetáculo incrível. Também sentiria falta de cavalgar pelas colinas e vales, pescar, ajudar o pai com o gado e os cavalos, todas as coisas que só podia fazer ali. Iria embora em breve. 
Não queria ir embora. A liberdade que desfrutava era viciante. Não queria desistir dela, mas sabia que precisava, pelo menos por um tempo, enquanto visitava sua mãe, Kathleen. Já temia as discussões e brigas que teriam quando chegasse a Dawton Manor, em Cheshire. 
Ela não tinha esquecido nem por um instante como sua mãe estava determinada a oferecer suas três filhas perfeitas à alta sociedade. Sua mãe já havia submetido a ela, e suas irmãs gêmeas, a um regime estrito do que uma verdadeira dama deveria ou não fazer. Seu pai disse que estava transformando-as em marionetes, e parecia que sim, muitas vezes. 
Ele optara por uma abordagem diferente para sua educação quando foram para a Escócia, contratando incontáveis tutores para ela, e nenhum deles havia falado sobre etiqueta. Ela nunca esqueceria o traumático dia em que suas vidas mudaram, quando tinha treze anos. 
Houve gritos. Seus pais tinham saído para gritar um com o outro, para que ninguém pudesse ouvi-los, mas mesmo à distância, era evidente que estavam gritando um com o outro. Ela tinha visto tudo de uma janela do andar de cima, com as irmãs, enquanto as gêmeas choravam. Nenhuma jamais tinha visto seus pais brigarem.  Mais tarde, naquele dia, ficou surpresa ao encontrar seu pai, fazendo as malas, recolhendo todos os seus pertences do quarto. 
—Aonde você vai? — lhe perguntou. 
—Longe. 
—Durante quanto tempo? 
—Para sempre. 
—Por quê? 
—Pergunte a sua mãe. — Ele falou asperamente, mas olhou para ela e, vendo as lágrimas em seus olhos, abriu os braços. Ela correu para ele, recusando-se a acreditar que seria a última vez que ele a abraçaria, mas seu pai confirmou, acrescentando em voz baixa: 
— Desculpe-me, minha querida, mas eu nunca poderei voltar. Correu para fora do quarto para confrontar sua mãe, que também estava chorando, mas de raiva. De qualquer maneira, Vanessa lhe perguntou: —Por que papai está indo embora? 
—Porque é o que tem que fazer. Não há alternativa e é tudo que você precisa saber. 
—Ele me disse para perguntar a você!