Intriga, magia, feitiçaria, uma estranha maldição, perigos... e Amor.
Ruth é uma mulher moderna, com uma vida aparentemente perfeita e, um casamento feliz? Sem esperar, ela tem um encontro com uma feiticeira, mas a realidade que ela descobrirá lhe destroçará o coração, porque nem tudo é o que parece.
Aquela atípica mulher lhe presenteará com um amuleto mágico e a possibilidade de mudar seu destino, sem mencionar o quão radical a mudança pode chegar a ser. Um desejo e uma viagem no tempo levarão Ruth ao ano de 1831, estranhas maldições e numerosos perigos farão parte dos acontecimentos com os quais Ruth deverá se confrontar em sua nova vida. Porém ela não estará sozinha. Lorde Werwich, um convicto mulherengo, relutante ao compromisso, a protegerá e cuidará dela, mesmo temendo aquilo que ela possa fazê-lo sentir. Poderá Ruth sobreviver naquela nova realidade? Ela se renderá diante daquele enigmático homem? Ela preferirá regressar a sua almejada vida anterior? Somente seu coração poderá decidir. E você, o que faria se tivesse a oportunidade de mudar seu destino?
Capítulo Um
Londres, ano 1831…
Os primeiros raios de sol entraram pela enorme janela do aposento onde Ruth dormia, tirando-a do sonho espantoso que tivera naquela noite. A traição de seu marido voltou a estar presente em seu pesadelo, algo que não a deixara descansar tanto quanto necessitava.
Quando despertou, inquietou-se ao não saber onde se encontrava, arregalou os olhos e precisou se beliscar, para comprovar que não era um sonho aquilo que estava vivendo. Não reconhecia aquele aposento onde amanhecera, era o dobro de tamanho do quarto de casal de sua casa. Sua cama de ferro fora substituída por uma de madeira de carvalho, com dossel, da qual caíam finas cortinas de cor vermelha com estampa bege.
Dirigiu seu olhar à enorme janela que dava a um amplo balcão, ocupando a maior parte da parede direita e que estava adornada com cortinas semelhantes às que estavam penduradas no dossel da cama. Sua televisão de plasma desaparecera e em seu lugar, um grande armário do mesmo tipo de madeira da cama com várias portas e gavetas, ocupava toda a parede central.
Na parte esquerda do quarto, havia uma penteadeira com alguns frascos de perfume e um pente de prata. Uma cadeira estofada do mesmo tecido bege da colcha da cama, completava o perfeito conjunto de móveis. Na parede havia um grande espelho colocado para que qualquer um que se olhasse, pudesse ver-se dos pés a cabeça e no extremo do aposento, havia uma bacia para o asseio.
Ela não fazia ideia de onde estava, mas o que mais a preocupava não era isso: era como chegara até ali? Levantou-se da enorme cama e procurou, desesperadamente, seu telefone móvel por todo aposento. Precisava chamar alguém que pudesse lhe explicar onde estava, precisava pedir ajuda.
Entretanto, não havia nem rastro de seu iPhone 5. Golpes na porta a fizeram retornar rapidamente à cama. Estava assustada por desconhecer a pessoa que batia à porta e tentou refugiar-se entre os lençóis. O medo de um possível sequestro se apoderou de todo seu corpo.