Ladra de profissão, Desirée de Canterbury pode sair de qualquer lugar apertado com uma piscadela e um sorriso... até que ela encontra seu adversário em Nicholas Grimshaw, o mais temido homem da lei do condado.
Depois que Nicholas é forçado a executar seu guardião, ele é obrigado a cuidar de Desirée. Mas, Desirée pode ser a morte dele ainda, perturbando sua ordenada vida até que ele não saiba se deve beijá-la ou matá-la. Apenas quando ela decide deixá-lo fazer dela uma mulher honesta, um inimigo impiedoso aparece, e Desirée e Nicholas devem usar todos os seus truques para escapar do perigo, enganar a morte e salvar seu amor recém-descoberto.
Capítulo Um
Fevereiro 1250
Os sinos da catedral de Canterbury tocaram inesperadamente à distância, assustando o viajante que se arrastava irritado em direção à cidade. O toque monótono, abafado pela neve, ainda conseguiu romper o silêncio gelado para transmitir uma mensagem tão fria quanto a madeira de inverno. Desirée parou em seu caminho, olhando através dos flocos de neve caindo. Ela desperdiçou as últimas horas, esperando no frio rigoroso por um homem que nunca chegou, e ela não estava com humor para surpresas. Suas saias estavam encharcadas. Seus pés estavam dormentes. E o seu humor estava feio. De repente, a rima que Hubert recitara seis anos antes, quando ele ensinou Desirée pela primeira vez a arte do roubo, veio à mente. Sinos no sábado são a maldição de um fora da lei. A semana do meio dos sinos enche a bolsa de um ladrão inteligente.
Não era sábado. Os sinos só podiam significar apenas uma coisa, então... uma execução pública. E onde havia uma execução, havia uma multidão de espectadores distraídos, presa fácil para uma ladra de dedos ágeis como Desirée. Ou, ela refletiu, para uma velha raposa manhosa como seu mentor de longa data, Hubert Kabayn. Desirée franziu a testa. Tinha Hubert descoberto que haveria uma execução hoje? Foi por isso que o guloso ganancioso a mandou embora? Então ele poderia pegar todos os espólios? —
Hubert Kabayn, seu traidor filho da... Seu juramento de fúria embaçou o ar gelado como a respiração de um dragão. Ela pegou as saias molhadas e avançou furiosamente para a frente, amaldiçoando o velho trapaceiro conivente a cada passo.
Certamente não havia honra entre os ladrões. Ela faria bem em lembrar disso no futuro. Hubert tinha deliberadamente ordenado que ela fosse embora esta manhã, enviando-a para o que ela agora percebia ser uma tarefa de tolos. Ele lhe disse que precisava dela para uma tarefa importante.
Como ele estava preso na cadeia da cidade no momento, o velho ladrão queria que ela conduzisse um negócio para ele. Ela encontraria um homem na ponte arruinada ao sul da cidade, um homem que devia a Hubert três xelins. Com seu cúmplice no crime fora de combate durante a última semana, a moeda estava escassa, e Desirée estava muito ansiosa para obedecer.
Ela chutou a neve recém-caída. Como ela poderia ter sido tão ingênua? Ela esperou naquela maldita ponte por horas. Ninguém tinha vindo. E agora ela percebeu que nunca havia um homem na ponte. Ela deveria ter sabido melhor. Durante semanas, Hubert tentava se livrar dela, afastando-a como um filhote indesejado. Ele rosnou para ela,
— que ela estava perdendo seu toque de dedos leves, que aos dezenove anos, ela era muito velha para ser útil para ele. Ele rosnou para ela parar de importuná-lo, para deixar o ofício de ladrões, para procurar trabalho como criada de uma dama ou enganar um comerciante rico para se casar com ela. Mas isso...
0.5 - A Ladra1 - O Beijo do Perigo
2 - Paixão no Exílio
3 - Resgate do Desejo
Série concluída