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9 de agosto de 2015

O Escandaloso, Dissoluto, Nada Bom Sr. Wright





A Senhorita Eliza Cade é uma dama à espera.

Por causa de um erro tolo em sua juventude, não tem permissão para “sair” na sociedade até que suas três irmãs mais velhas estejam casadas.
Mas enquanto está tentando ser boa, continua esbarrando os cotovelos, e, mais desgraçadamente, com os lábios, do notório libertino Harry Wright. 
Cada momento que ela passa com ele, corre o risco da ruína completa. As paixões sensuais que ele desperta nela são tão erradas... Mas Eliza simplesmente não consegue resistir ao irresistível Sr. Wright.

Capítulo Um

Na vigésima sexta noite de abril de 1810
-Não é romântico? - perguntou Georgie. - Ele e Margaret fazem um casal perfeito.
-Eu suponho que sim - disse Eliza, tentando ser diplomática.
Ela inclinou-se para ver melhor. Por que espreitando através de uma abertura nas portas duplas, só podia observar um vislumbre dos dançarinos.
Sir Roland Farnsworth não era exatamente a imagem que Eliza tinha de um romântico. Ele não era nem mesmo sua imagem de um cunhado desejável. Ele era mais sério e cauteloso do que os homens de sua idade deveriam ser. Ele não falou palavras doces a Margaret quando ele se voltou para ela através do salão. Na observação de Eliza, ele não envolvia Margaret — ou qualquer mulher — em uma grande conversa.
Mas tudo isso, ela poderia perdoar—se ele não fosse tão terrivelmente lento.
-Ele certamente esperou muito para pedir a mão de Margaret - disse ela. -Caracóis acasalam mais rápido do que Farnsworths.
Georgie deu-lhe um olhar censurador.
- Eliza.
-Bem, é verdade. Eu assisti.
-Você espionou Sir Roland?
-Não, eu espionei caracóis.
A irmã dela apenas balançou a cabeça dessa forma que dizia, Honestamente, Eliza.
Ela pressionou a testa na fresta entre as portas novamente, olhando o turbilhão colorido de cavalheiros e damas. Em noites como esta, parecia que isto era o mais próximo que ela poderia chegar a dançar entre eles. Ela tinha dezoito anos e ainda se esgueirava por vislumbres pelo buraco da fechadura, tudo por causa de um erro impulsivo—feito anos atrás. Tão miseravelmente injusto.
-Pareça feliz - Georgie insistiu. - Aquela é uma de nós, o que significa uma a menos em seu caminho. Em breve você terá a sua vez.
Oh, certamente. Quando ela tivesse trinta anos, talvez. Ainda tinha que esperar a vez de Philippa. A sonhadora Philippa.
-Peter Everhart está nesse salão de baile. - Ela deixou sua testa bater contra a porta. - Peter Everhart. Ele é tenente agora. Passaram anos desde que ele me viu, e ele vai estar de volta a Portsmouth na próxima semana. Este é o ano em que meus seios finalmente chegaram, e agora ele nunca vai perceber.
-Eliza. Eu acho que você prefere ser notada pela sua personalidade animada.
-Sim. Você poderia pensar isso - ela respondeu. - Eu não sou você.
Ela desejou ser como sua irmã, tão naturalmente paciente e obediente. Tais qualidades teriam sido uma benção, em sua situação.
Mas ela simplesmente não podia ser como Georgie — o gosto pela ousadia e emoção estava muito enraizado em sua natureza. Em uma família grande, uma menina tinha que esculpir seu próprio nicho. Mesmo quando eram crianças, Margaret tinha sido a responsável, enquanto, Philippa tinha a cabeça nas nuvens. Em seguida vinha Georgie, um doce. Eliza era o tempero. Essa era a maneira das coisas serem com as irmãs, não era?
Sua irmã endireitou as luvas.
- Eu fui convidada para dançar a próxima valsa com o coronel Merrivale.