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12 de agosto de 2012

O Gosto Do Amor







Ela era irresistível como fruto proibido 

O capitão Evan Mountjoy soube que os frutos proibidos eram os mais doces no instante em que conheceu Judith Well. 
E, quando ela jurou que não pertencia a homem algum, aumentou ainda mais o desejo que atormetava Evan! 
Judith já provara o amor e achara seu gosto amargo. 
Uma nova experiência, com certeza, não seria diferente. Então, por que Evan a tentava daquela maneira, embriagando-a de paixão? 

Capítulo Um 

Devonshire County, Inglaterra. Abril de 1814.
Dois cavaleiros seguiam pela estrada, enfren­tando uma chuva fina e insistente. 

Contu­do, a chuva ainda não era forte o bastante para forçá-los a procurar abrigo. Aliás, o uniforme vermelho do homem alto e esguio, que o designava como sendo engenheiro do exército real, já estava muito desbotado, o que significava longos períodos de exposição ao mau tempo. 
O jovem capitão cavalgava rígido, como se cada movimento lhe provocasse dor, enquanto seu ordenança, alguns anos mais velho e al­guns quilos mais gordo, ia quase relaxado, talvez porque se preocupasse apenas em conduzir os cavalos carregados com a bagagem.
Por fim, chegaram ao seu destino. Não uma vila espa­nhola, arruinada pela guerra, ou um vale perdido, no meio de Portugal, e sim uma autêntica casa de campo, no mais puro estilo inglês.
— Tudo parece tão diferente do que me lembro, Bose — Capitão Mountjoy observou.
— Estivemos longe daqui por dez anos, Evan, meu rapaz. Você era praticamente um garoto, quando partimos.
— Eu tinha quinze anos. Impossível que todas as lem­branças de Meremont fossem apagadas.
— Vamos ver se aquela sua avó, tão especial, ainda está viva. — O ordenança parou diante de uma construção pe­quena, alguns metros distante da casa principal, desmontou e bateu na porta, enquanto tentava enxergar pela janela de vidros empoeirados.
— O chalé está fechado. — A tristeza na voz de Evan era palpável. — Minha avó deve estar morta. Foi o que imaginei, quando as cartas cessaram. Bem, agora podemos ir.
— Ir embora? Quer dizer, partirmos, sem nem sequer investigar? Você está se esquecendo de que, talvez, eu queira descobrir se Joan continua a me ser fiel, depois de todos esses anos?
— Desculpe-me, Bose. Sou um idiota egoísta. Acabei me esquecendo de que você tinha um motivo para voltar aqui.
— E você também. Afinal, é o filho mais velho dessa família. Eles lhe devem algo.
— Não — Evan negou firme. — Não pretendo entrar na casa. Vá pela porta dos fundos e pergunte por Joan.
— Enquanto você espera aqui, na chuva? Vamos até o estábulo. Pelo menos os cavalos poderão descansar alguns minutos, num lugar seco.
Evan concordou em ir até o estábulo, o rosto viril train­do o cansaço. Bose desmontou e seguiu para a porta dos fundos da casa, enquanto o cavalariço não escondia o es­panto diante do par.
Mas o rapaz mal teve tempo de se refazer da surpresa, correndo para atender a dama que acabava de chegar, numa carruagem antiga. 
A mulher, percebendo a presença de Evan, dirigiu-se ao seu encon­tro, em vez de entrar em casa.
— Posso saber quem é você? — ela indagou, num tom seco e altivo.
— Capitão Mountjoy, senhora.

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