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27 de janeiro de 2013

O Guerreiro Sombrio

Série Remmington
Tendo acumulado mais riqueza e poder do poderia sonhar, Dante Chiavari, o melhor agente do rei, o homem mais frio e perigoso da Inglaterra, quer voltar para sua terra natal Itália, e recuperar tudo o que um dia pertenceu a sua família. 
Mas antes, deve realizar uma última missão: raptar a inocente Avalene de Forshay e fazê-la desaparecer para sempre da forma que achar mais conveniente. Seja tomando-a como amante ou obrigando-a para que vá para um convento.
Acabando com sua vida ou convertendo-a em sua esposa...
Será sua para fazer com ela o que queira.
Enganada, traída, seduzida… assim se sente Avalene quando descobre que é prisioneira do desumano guerreiro que a conquistou por completo.  Ambos terão que lutar contra seus sentimentos, mas a selvagem e violenta paixão que explode entre eles destruirá todas suas defesas e se converterá em fogo sob sua pele… em seu sangue… em seu coração…


Comentário revisora Samara: O livro é quase um florzinha. Sem cenas muito hots, sem lutas (apenas uma) e o mocinho apesar de ser um assassino frio e cruel, com a mocinha ele é fofo. Se derrete desde a primeira vez que ela, literalmente, cai em seu colo.  Ela é um mocinha gracinha, sem consciência de sua beleza e de seus predicados.  Mora com os tios chupins e um senescal que quer se casar com ela, e por isso, ameaça qualquer um que a queira cortejar. E trata ela muito mal, só detonando tudo que ela faz.   O livro se passa quase todo em pouco mais de uma quinzena. A maior parte da narrativa é a viagem até Londres. Vale a leitura, como uma sessão da tarde...

Capítulo Um


Londres, 1293

A Torre de Londres tinha muitos segredos reais, e o aposento que havia sobre as masmorras guardava um deles, cuidadosamente custodiado.
Através da abertura de uma parede se filtrava um estreito raio de sol que criava mais sombras que luz no cavernoso aposento. 
Ali, em um lugar que poucos entravam por própria vontade, um homem embelezado com uma túnica larga e escura permanecia de pé diante de várias filas de poeirentas prateleiras. 
De repente se moveu até a luz, em busca de algo. A claridade fez que seu cabelo se assemelhasse a um angélico halo de cachos em contraste com as diferentes tonalidades das roupas que se moviam e fluíam a seu redor como um ser vivo; pareciam vermelho sangue, logo negros e depois azul meia-noite. 
Inclinou-se sobre as prateleiras, afastou uma rã seca e um monte de cilindros de pergaminhos e pegou um cofre de metal opaco.
  —Os sinais são favoráveis, Sefu — disse Mordecai ao gato negro que o observava sentado nas rosetas aquecidas pelo sol.
 Dirigiu-se até a deteriorada mesa de madeira embalando o cofre na curva do braço, enquanto o amplo punho bordado de sua manga, brilhava sobre a caixa. 
Debaixo das espessas camadas de pó e sujeira, começou a aparecer o brilho característico da prata e Mordecai captou um fraco aroma de cedro. Seus dedos riscaram as intrincadas gravuras de luas e estrelas.
  —Pode até ser que o azar seja meu professor, mas logo serei capaz de riscar as linhas do destino. Nosso visitante chegará ao anoitecer e provará a verdade de minhas palavras.
 —Seu visitante já chegou.
 A voz, suave e letal, surpreendeu-o ao ponto de deixar cair à caixa estrondosamente sobre a mesa. Mordecai olhou primeiro ao gato e logo para as sombras mais escuras do aposento, onde se materializou uma figura vestida de cinza.
 Só havia um homem que pudesse pegá-lo tão despreparado, tão inconsciente da presença de outra pessoa.
 Recuperou a compostura, recolheu a caixa para comprovar que não se danificara, e logo saudou seu visitante com um sincero sorriso.
 —Confio que perdoará minha estupidez. Não esperava ver uma criatura da noite antes do pôr do sol.
 A misteriosa figura seguiu avançando para ele.
 —Sou o que têm feito de mim, Mordecai, uma criatura de pesadelos.
 Era impossível negar a realidade, de modo que o mago inclinou a cabeça assentindo. 
Muitos considerariam um pesadelo da pior classe estar frente a um homem, que na maioria das vezes simplesmente era referido como «O Assassino».
 Eram poucos os que tinham vivido para contar semelhante encontro, mas Mordecai não tinha medo. Ao contrário. 
Sentia orgulho diante da sua criação.
  O homem que tinha diante de si se parecia muito pouco ao moço furioso e assustado que tinha aparecido na soleira de sua porta tantos anos atrás. 
Inclusive nessa época, Dante Chiavari só tinha tido um objetivo na vida: destruir ao homem que tinha matado a seus pais e que tinha roubado seu direito de nascimento. 
Fora Mordecai quem tinha decidido que a melhor forma de fazer justiça com um monstro, era criar outro.

Série Remmington
1 - O Senhor da Guerra
2 - Acorrentados
3 - O Duque
4 - O Guerreiro Sombrio
Série Concluída