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18 de fevereiro de 2019

O Libertino de Hidden Brook


Que aparência terá um libertino?

Um "verdadeiro" libertino? É o que Vitória se pergunta depois de anos de leituras proibidas no colégio, quando descobre que junto a ela, na ancestral propriedade dos Killmore, aloja-se Jared Lennox, irmão de seu cunhado e conhecido libertino londrino.
Ferido em um duelo, o jovem está praticamente segregado em seu quarto... que mal poderia ter ir vê-lo às escondidas para dar uma olhada? O que devia ser uma pequena aventura, sem consequências, é só o início de uma série de equívocos e malentendidos que parece conduzir o casal, passo a passo, para um inexorável altar. Mas será tão desagradável para os dois a ideia de um matrimônio reparador? Sob o olhar atento da formidável tia Erinia, determinada a separar o que Deus ainda não unira se ela o considerasse inadequado, a união de Vitória e Jared seria um percurso para o recíproco entendimento, mas sobretudo, para uma crescente consciência de si mesmos. Um relato de outros tempos. Uma história de amor fora do tempo. Uma tia que todos queriam ter.

Capítulo Um

Se havia um casal que podia encarnar todas as melhores e mais nobres qualidades humanas, era o formado por Lorde e Lady Killmore. Não havia na Inglaterra casal mais unido, mais feliz, mais elegante e nobres do que eles: bastante ricos para não ter preocupações de nenhum tipo, mas não muito para aborrecer suas amizades mais próximas; belos, de uma beleza refinada, mas não exagerada.
Sobretudo podiam vangloriar-se junto aos títulos de nobreza, dos quais não possuiam grande mérito, de todas aquelas características de decoro e comportamento que os fazia estimados e apreciados em seus círculos e fora deles. Mas se um defeito se podia encontrar em ambos, era o personificado por seus respectivos irmãos.
O irmão mais novo de Lorde Killmore, na realidade, encontrava-se entre os mais conhecidos libertinos que frequentavam a alta sociedade londrina, e salvava sua própria respeitabilidade somente graças a um volumoso patrimônio, que conseguira incrementar além de qualquer expectativa, não obstante, sua tenra idade. Jared era um dos solteiros mais temidos pelas mães de jovens em idade casadoura, porque unia ao seu próprio aspecto de riqueza uma boa dose de sedução, que sabia utilizar para seus próprios benefícios malvados com uma habilidade quase diabólica.
Muitas jovens mulheres caíam em sua rede, porque além da sedução natural da qual estava dotado, suas propriedades não eram menos ricas ou atrativas: difícil ignorar que a mulher capaz de conquistá-lo conquistaria também casas, terras e posses.
Muitas tentaram, todas falharam. As mais afortunadas salvaram, ao menos, a reputação. Em Londres, entre as mães mais modernas, Jared obtivera o conhecido apelido de “demônio”.
Entre as mais tradicionalistas nem sequer era nomeado, aterradas de que, somente ao falar dele, as jovens debutantes pudessem terminar mal.