Era uma vez, a linda Johanna Sherwood, condessa de Carew, que esteve loucamente apaixonada por Adrian Delacourt, o sombrio, atrativo, e devastadoramente encantador Duque de Roxbury.
Isso foi antes de casar-se com ele. Isso foi antes que ele mostrasse sua verdadeira natureza quando a acusou de infidelidade, arrastando seu nome pela lama. Isso foi antes que ela fugisse para Itália com o melhor amigo de Adrian, Gareth Sherwood, que a resgatou da ruína total de seu divórcio ao fazê-la sua esposa. Agora Johanna retornou a Inglaterra como uma jovem viúva encantadora só para descobrir que nada mudou. O escândalo injusto ainda envolve seu nome e o amor impossível ainda ardia em seu coração. A opção mais simples… Johanna sabia muito bem que não deveria duvidar na escolha entre o Duque de Roxbury e Lorde John Barrasford. O duque era exatamente como ela o recordava de seu breve e desastroso matrimônio, arrogante, desconfiado, implacável e impaciente por acreditar o pior dela, sempre rechaçando ouvir suas explicações.
Lorde John Barrasford era justamente ao contrário, atencioso, pormenorizado, elogiando-a e comprometendo-se fazê-la a mais feliz das mulheres. Obviamente isto não deveria fazê-la duvidar: voltar com o terrível duque ou abrir seus braços e coração à adoração que lhe professava Barrasford. Porque para Johanna era tão difícil escolher algo tão evidente.
Capítulo Um
— Em realidade, querida, é de pouca importância onde a aflige a morte de meu filho — a condessa viúva suplicou a sua nora. — Então, também podemos retornar a Inglaterra. Suas saias de seda negra rangeram ao mover-se pelo salão fracamente iluminado.
— Johanna, nada pode devolver a vida de Gary, ambas sabemos. Sua preocupação agora devem ser seus filhos, Justin deve crescer consciente de suas responsabilidades.
— Mamãe, ele tem só cinco anos — protestou. — Meu amor, ele deve saber que é inglês, não pode criá-lo na Itália e esperar que aprenda o que significa sua herança. Por favor, Johanna, pelo amor de Gary volte com seus filhos à Inglaterra. Johanna Sherwood não se alterou pela suplica. Olhou tristemente o pequeno jardim onde o sol banhava as flores da primavera com sua luz, em contraste com a escuridão de seu coração. Com um suspiro olhou para sua sogra.
— E fazê-los viver com o escândalo? — perguntou amargamente. — Ouvir que sua mãe foi acusada de adultério e divorciada. — Razão a mais para transladar-se agora, quanto antes Johanna, voltemos para New Haven, confrontemos os falatórios, conseguiremos que se esqueçam. Novos rumores substituem sempre os velhos. Terá que se comportar prudentemente, é obvio, como se a sociedade esquecesse.
— Eles realmente se esquecem? — Durante um momento seus olhos se nublaram. — Esqueceram um divórcio, que me obrigaram a deixar o país, esqueceram as humilhantes acusações públicas de Adrian, duvido-o muito.
— O tempo e a distância já tomou cuidado que se esqueçam da maior parte, passaram seis anos desde que ocorreu e Gary... — Ninguém sabe melhor que eu, o que deixou atrás por mim, mas não posso voltar, não me peça isso, não posso.
— Johanna. — A mulher mais velha se aproximou e abraçou a jovem viúva. — Me olhe, por nada no mundo quero te causar mais dor, mas deve fazê-lo. Gary deixou por você sua casa, seu país, seus amigos, sua carreira política porque a amou por cima de todas as coisas. Pode não encontrar em seu coração razões para retornar com seus filhos para casa. Eles têm o direito de conhecer a herança de seu pai. Justin deve crescer em New Haven, Gary desejaria que fosse dessa forma e você sabe disso.
— Só tem cinco anos, podemos viver alguns anos a mais na paz do exílio. Não devemos voltar tão cedo.
— Jo — sua sogra insistiu brandamente. — Só tem vinte e cinco anos, com sua hierarquia e a fortuna de meu filho pode voltar a se casar, amar outra vez, não deixe à amargura te privar disso, ou a meus netos, de encontrar de novo a felicidade, não há nada para atá-la a esta casa, mas a herança de meu filho está esperando por seu filho, não esqueça que Justin é agora o conde de Carew.