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31 de julho de 2011

O Verdadeiro Príncipe

Á Procura de um príncipe








Quando Ciarann de Connaugh invocou o príncipe dos magos para curar seu coração da dor pela perda de seu noivo poucas semanas antes do casamento, ela não tinha noção da forte magia que estava desencadeando.

Somente uma pessoa poderia salvá-la dó perigo: Laith de Inishmoor, um bardo atraente e misterioso cuja música pura finalmente abriria o coração de Ciarann para o amor...

Capítulo Um

Irlanda, 1484

A triste névoa úmida de chuva e neve caía durante o alvorecer. Laith de Inishmoor, um bardo nômade, amaldiçoava o caminho escuro e molhado à sua frente.
Tinha andado pela floresta durante a noite inteira, receando parar e morrer congelado.
O velho casaco estava encharcado.
A chuva havia transformado o chão em lama pura, que se infiltrava nos pés dele pelas rachaduras do sapato.
A única coisa que o confortava era imaginar um prato de sopa fumegante e uma caneca de sidra apimentada em uma taverna de algum vilarejo.
As folhas balançavam com o vento, deixando a impressão de estarem sussurrando a seu respeito. Laith lembrou-se de que havia uma montanha das fadas não muito distante dali.
Dizia-se que o morro arredondado era o castelo dos Sidhe.
Os pelos de sua nuca levantaram-se de apreensão e ele sorriu de seu tolo pensamento.
Um novo deus havia chegado ao Eire, levando as mágicas e rituais que reinavam absolutos no país desde os primórdios dos tempos.
As memórias do outro mundo e costumes antigos haviam esmaecido.
Tudo o que um bardo já havia respeitado e seguido estava esquecido.
Em outros tempos, Laith teria sido reverenciado e festejado, ao vagar pelas terras montado em um cavalo ornamentado de fitas e com uma sineta presa ao pescoço.
Sobre a sela de couro, estaria vestido como um príncipe, com a pompa de um esplendoroso casacão de sete cores e colares de ouro.
No entanto, o novo deus havia varrido a magia daqueles campos, deixando em seu lugar rituais vazios.
E Laith de Inishmoor, descendente dos grandes bardos do Eire, transformara-se em um pobre menestrel ambulante, vestido em roupas surradas, sapatos de outrem e a barriga vazia.

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