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2 de abril de 2016

Paixão Proibida



Paixão Proibida...

Um amor proibido que desafia as convenções sociais de um mundo injusto. 
O mundo de Emma Tremayne é o do luxo das grandes mansões, as caçadas e os esplêndidos bailes. 
Nada se espera dela, exceto que se case com o rico proprietário de uma fábrica têxtil, em que os trabalhadores, irlandeses em sua maioria, trabalham em condições desumanas. 
Mas a vida de Emma sofrerá um giro inesperado com a aparição de Bria, uma jovem trabalhadora da fábrica, que interrompe a última caçada da temporada com um menino morto em seus braços. 
Sua amizade com Bria a conduzirá a Shay, antigo revolucionário fugido da Irlanda que, apesar de seu desprezo pelos ricos, não pode negar sua atração por Emma, uma mulher que necessita sua paixão tanto quanto ele necessita suas carícias. Pouco a pouco se desatará entre ambos um amor que desafiará o escândalo.

Capítulo Um

Bristol, Rhode Island. Abril de 1890.
Emma Tremayne sentia seus olhares como bofetadas na pele nua. Era tão tímida que só que a olhassem era uma tortura, apesar de que já deveria estar acostumada. Depois de tudo, era uma Tremayne, uma dos indomáveis, perversos e escandalosamente ricos Tremayne. E era bonita, ou isso lhe haviam dito toda sua vida.
Nunca tinha gostado de participar dos eventos sociais, mas sabia qual era seu dever e, geralmente, esforçava-se ao máximo em fazer o que devia. Tinha ido à última caçada da raposa da temporada porque era uma tradição entre a “Gente importante” de Bristol e os Tremayne tendiam a ter um cuidado especial com as tradições da “gente importante”.
—Agora é nossa última esperança — lhe tinha recordado sua mãe aquela mesma manhã.
Assim tinha ido, por sua mãe e pela família. Por isso e porque gostava da caça. Bom, não exatamente a caça; o que gostava era de cavalgar: galopar a rédea solta cruzando os campos lavrados, através da erva e dos bosques de bétulas e pinheiros; saltar por cima dos muros de pedra e das cercas cobertas de amoras, lançando-se de cabeça para esse instante no tempo em que o cavalo deixava de tocar o chão e ela se sentia tão livre como se carecesse de peso.
Entretanto, naquele momento, aguentava erguida e firme na galeria da fazenda de seu primo. Olhava, com os olhos muito abertos, os inquietos cavalos,
os cães que gemiam a jaqueta vermelha do Caçador líder, as calças de montar, tudo de cor bege, os trajes negros e as cartolas de seda negra. Conhecia aquela gente de toda a vida, mas se sentia relutante a sair ao pátio e reunir-se com eles. Entretanto, quando pensava na desenfreada cavalgada que a esperava, sentia que a enchia uma onda de prazer, descarado e embriagador.
Viu os irmãos Alcott em um canto do pátio, perto da grade, montando um par de baios castrados iguais. 
Tinha esquecido o muito que se pareciam os dois irmãos, com aqueles narizes longos e estreitos e as caras largas, coroadas por fartos cabelos castanhos claro.
Geoffrey montava em seu cavalo com soltura, mas muito erguido, elegante com seu chapéu de feltro negro e sua gravata-borboleta branca pulcramente atada. Stuart estava sentado de qualquer maneira na sela, com um aspecto ao mesmo tempo galhardo e decadente. Mas Stuart sempre tinha sido assim. 
Levava fora de casa sete anos e se alegrou tanto de vê-lo que se imaginou recolhendo as saias e correndo escada abaixo até o pátio, gritando seu nome. 
Sete anos atrás possivelmente o teria feito, inclusive com todo mundo olhando, mas agora não seria apropriado. Não, nunca teria feito uma coisa assim, nem sequer quando era menina. 










6 de janeiro de 2013

Uma Paixão Indomável

Delia McQuaid, uma jovem garçonete que vive na pobreza, vê uma saída para sua situação desesperada, quando lê um anúncio no qual um viúvo procura mulher para casar-se.

Delia entra em contato com o titular do anúncio, Tyler Savitch, e se apaixona por ele a primeira vista. 
Mas Tyler só representa Nat, um granjeiro do Maine com duas filhas. 
Apesar da atração que sentem um pelo outro, Tyler não está ainda disposto a comprometer-se e Delia aceita casar-se com Nat.
Um dia os índios abenaki sequestram várias mulheres brancas, entre elas Delia e Nat é dado como morto. Delia sofre o inexprimível entre os índios, até que Tyler, que tinha sido criado entre eles, chega a sua procura. Um homem que ama uma mulher deve estar disposto lutar por ela. 

Comentário revisora Ana Catarina: Devo confessar que a história me cativou, a mocinha é uma adolescente de 17 anos, que por conta da sua extrema pobreza (imagine uma pessoa que não tem sapato e anda descalça), não pode sobreviver com dignidade, e tudo que ela procura ser é digna, sonha em ser uma dama, mas é pobre de marré-marré. 
O mocinho é arrogante e não compreende a pobreza da mocinha, não tem paciência com ela e seus maus modos, muitas vezes a ofende gravemente. 
Mas é muito linda a historia e posso garantir que o mocinho paga por cada ofensa que fez a mocinha.

Capítulo Um 

Boston, colônia da baía de Massachusetts Maio de 1721. 
 — Volte aqui, Delia, maldita cadela! Não me obrigue a ir te buscar, moça... A porta se abriu de repente, estampando-se contra a parede. 
A moça tropeçou na soleira e caiu de bruços. Aterrissou no alpendre de quatro, com um ruído surdo. Tinha as costas encurvadas e o ar passava com dificuldade por sua garganta. 
Ao ouvir a portada, dois meninos que brincavam no fundo do beco sem saída levantaram a vista, surpreendidos. 
Ao ver a moça, que tinha os olhos muito abertos pelo susto e parte do rosto oculto por mechas de cabelo escuro e desgrenhado, recolheram imediatamente suas moedas e escaparam correndo para os moles. 
— Delia! A moça se levantou de um salto ao escutar aquele bramido furioso, ébrio. 
Aferrou-se ao corrimão desvencilhado, saltou, deu a volta na casa... e teve que frear de repente. 
Porque ante seus olhos, abrindo passo entre as redes de pesca que secavam ao sol 
— E obstruindo sua única via de escape, — Encontrava-se a compacta e barriguda silhueta do oficial Dunlop.
O oficial se deteve e lhe deu as costas um momento para observar o trajeto de uma fragata real que cruzava a baía rumo ao cais Long. 
Com grande cautela, a moça deu um passo... mas ficou paralisada ao ver que os corpulentos ombros do oficial giravam novamente em direção a ela. 
De acima chegou o ruído de um tamborete ao cair, seguido por outro grito ensurdecedor. 
— Por todos os demônios! — Uma panela de ferro caiu ao chão e algo se estrelou contra a parede 
— Sei que está escondida em um canto, e será melhor que saia em seguida, cadela miserável, se souber o que te convém... Delia! 
O oficial levantou a cabeça de repente, como uma raposa que acaba de farejar um coelho. 
Afogando um gemido de desespero, a moça caiu de joelhos e escorreu como um escaravelho sob a escada do alpendre. A escada — Feita de madeira que tinha começado a apodrecer fazia tempo e cuja altura não superava os dois degraus — Conduzia a sua vez a uma escada que subia da ruela da vizinhança ribeirinha até a moradia que compartilhava com seu pai sobre uma ruinosa fábrica de tonéis. 
Poucas coisas podiam caber ali debaixo: um par de ratos, umas quantas aranhas... e uma jovenzinha de dezessete anos, muito fraca, que tentava escapar de uma surra. 
— Delia! Maldita seja, saia de uma vez de seu esconderijo!
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