James Malory embarca para a América para honrar uma promessa que fez aos seus cunhados: a filha dele e de Georgina, Jacqueline, fará sua estreia em sociedade na América.
Judith e Jacqueline Malory não são apenas primas; elas são amigas inseparáveis. Recusando-se a perder a estréia de Jacqueline em Connecticut, Judith convence seus pais a deixá-la adiar sua estréia em Londres por algumas semanas para que ela possa acompanhar sua prima. Nenhuma das moças pretende se apaixonar durante sua primeira temporada. Mas os planos de Judith são frustrados quando a bordo do navio ela fica cara a cara com o fantasma que assombra seus sonhos.
Desconhecido para os Malory, o marinheiro Nathan Tremayne é um contrabandista com uma corda no pescoço. Determinado a realizar uma missão secreta na América que poderia lhe conseguir um perdão, Nathan sente que a bela Judith Malory é um problema. De alguma forma, a atrevida conhece seus segredos e agora ela o está chantageando para fazer suas vontades. Enquanto as paixões podem se elevar no alto mar, Nathan sabe que essa beleza aristocrática está apenas se divertindo com um canalha como ele. Quando o impensável acontece em Connecticut e as mãos dos Malorys mais velhos estão atadas, Nathan assume o comando de uma situação desesperada. Como capitão de seu próprio navio, ele vira a mesa em Judith, à medida que os conduz para o calor intenso do Caribe, onde ele lutará com todo seu ímpeto para conquistar o direito a ganhar seu coração.
Capítulo um
Judith Malory se ajoelhou na frente da janela do quarto que dividia com sua prima Jacqueline, ambas olhando para a casa em ruínas atrás da mansão e jardins formais do duque de Wrighton. Embora Judith fosse a mais velha das duas jovens por alguns meses, Jack, como seu pai a chamara apenas para irritar seus cunhados americanos, sempre fora a líder; na verdade, a instigadora era o termo mais apropriado. Jack dizia que ela seria uma libertina, assim como o seu pai, James Malory. Jack dizia que ela seria uma pirata, assim como seu pai. Jack dizia que ela seria uma pugilista insuperável. ... A lista continuava.
Judith uma vez lhe perguntou porque ela não tinha nenhum objetivo de ser como sua mãe, e Jack respondeu prontamente:
— Mas isso não seria emocionante.
Judith discordava. Ela queria ser esposa e mãe, nessa ordem. E não era mais um objetivo distante. Ela e Jacqueline estavam completando dezoito anos este ano. Ela tivera seu aniversário na semana passada, e Jacqueline o teria em alguns meses. Então, as duas iriam ter sua primeira temporada no verão, mas a estréia de Jacqueline aconteceria na América, em vez de Londres, e Judith acreditava não suportar não poder compartilhar esta ocasião com sua melhor amiga. Mas Judith ainda tinha algumas semanas para descobrir como ela poderia mudar esse arranjo desagradável.
As filhas dos dois irmãos Malory mais novos, James e Anthony, eram inseparáveis desde que conseguiam se lembrar. E toda vez que suas mães as levavam para visitar seus primos Brandon e Cheryl na propriedade ancestral do duque em Hampshire, passavam horas nessa janela esperando ver uma luz brilhando sinistramente nas ruínas novamente. A noite em que elas viram pela primeira vez foi tão emocionante que não puderam se conter.
Elas só viram a luz em duas outras ocasiões desde então. Mas quando pegaram as lanternas e atravessaram o extenso gramado para alcançar a velha casa abandonada na propriedade vizinha, a luz já havia desaparecido.
Elas tiveram que contar ao primo Brandon Malory sobre isso, é claro. Ele era um ano mais novo do que elas, mas afinal era sua casa que elas estavam visitando. O título e o patrimônio do duque de Wrighton lhe haviam sido transmitido através de sua mãe, Kelsey, que se casara com o primo das meninas, Derek. Seus pais haviam decidido se mudar para lá quando Brandon nasceu, para que ele crescesse ciente de seu estatuto e posição. Felizmente, ser duque não o tinha estragado.
Mas Brandon nunca tinha realmente visto a luz, então não estava nem um pouco interessado na vigília hoje à noite ou em qualquer outra noite. Ele estava atualmente do outro lado da sala concentrado em ensinar a irmã mais nova de Judith, Jaime, a jogar whist. Além disso, tendo acabado de completa dezessete anos, Brandon parecia mais um homem do que um menino, e sem surpresa, agora estava muito mais interessado em garotas do que em fantasmas.
— Estou crescida o suficiente agora para que me contem do Segredo? — A irmã mais nova de Brandon, Cheryl, perguntou da porta aberta para o quarto de suas primas.
Jaime Malory pulou da mesinha e correu para Cheryl, agarrando sua mão e puxando-a para frente antes de se virar para sua irmã mais velha, Judith. — Ela está. Eu tinha a idade dela quando você me contou.
Mas foi Jacqueline quem respondeu, zombando de sua prima mais nova: — Isso foi apenas no ano passado, piolha. E ao contrário de você, Cheryl realmente mora aqui. Diga a ela, Brand. Ela é sua irmã. Ela teria que prometer nunca ir investigar por conta própria e você teria que garantir que ela cumpra a promessa.
— Investigar? — Cheryl olhou para os dois primos mais velhos, que estavam se recusando há anos a contar seu segredo. — Como posso fazer uma promessa se não sei o que estou prometendo?
— Não é hora de lógica, piolha — disse Judith, concordando com Jacqueline. — Prometa primeiro. Jaime precisou prometer, e ela nem mora aqui. Mas você mora, e sem a promessa, acabaríamos nos preocupando com você. Você não quer isso, não é?
Cheryl pensou um pouco antes de balançar a cabeça. — Eu prometo.
Judith cutucou Jacqueline para fazer as honras, e Jack não decepcionou, dizendo enfaticamente: — Você tem um fantasma como vizinho. Ele mora ao lado.
Cheryl deu uma gargalhada, mas parou quando notou que Judy e Jack não estavam rindo. De olhos arregalados, ela perguntou: — Sério? Você viu?
— Cerca de cinco anos atrás, nós vimos, — disse Judith.
— Judy até falou para ele, — acrescentou Jacqueline.
— Mas Jack viu a luz primeiro, desta mesma janela. Então nós tivemos mesmo que dar uma olhada. Sempre pensamos que aquela casa velha deveria ser assombrada. E nós estávamos certas!
Série Malory