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16 de setembro de 2009

Poderoso Desejo








Inglaterra 1066

Acorrentados pela paixão.

Quando os soldados normandos invadiram sua propriedade, Brianna escondeu-se num convento, sem imaginar que seria chamada para prestar socorro a um guerreiro gravemente ferido.
Enquanto tratava do rapaz, fazendo-se passar por uma noviça, Brianna surpreendeu-se cativada pelo atraente lorde normando.
Tarde demais, ela descobriu que havia salvado a vida....e beijado os lábios...do homem que matara seu adorado irmão numa batalha.
Furioso ao descobrir que sua benfeitora era filha de um barão saxão disfarçada de noviça, Rourke Warwick a acusou de traição.
Mas ao invés de condenar a bela traidora à forca, o rei decretou que Rourke se casasse com ela.
Pouco a pouco a hostilidade que inflamava o íntimo de Rourke deu lugar a outro sentimento, tão ou mais poderoso.....um desejo arrebatador pela mulher que agora usava seu sobrenome ...e sua cama!


Capítulo Um

No meio da devastação, encontrava-se um cavaleiro normando , alto e robusto. As mechas grisalhas, entre os cabelos casta¬nhos, traíam-lhe a idade. Cicatrizes no rosto indicavam tratar-se de um guerreiro experiente.
Enquanto dava ordens para a remoção dos mortos, Gainor ob¬servou os estragos. A que preço a herdade fora conquistada? Tan¬tos mortos de ambos os lados. Seu senhor, lorde Rourke Warwicke, muito ferido, corria risco de morrer.
Irritado, retorceu os lábios. O saxão, senhor dessa herdade, ha¬via tomado uma decisão insensata ao não aceitar os termos de rendição. Orgulho e arrogância tinham provocado morte e destrui¬ção até onde a vista alcançava.
—Lorde Warwicke está fervendo de febre e precisa de cuidados urgentes — um escudeiro gritou aflito da entrada do castelo.
Gainor entrou depressa.
- Traga um dos prisioneiros saxões até aqui.
A construção imponente exibia sólidas paredes de pedra cober¬tas por belas tapeçarias. Uma imensa mesa de mogno, rodeada por cadeiras de espaldar alto, ocupava o centro do grande salão.
Ele olhou para a lareira onde o fogo crepitava.
Cadeiras de braço, também de mogno, com almofadas de veludo vermelho ocupavam os lados e atraíam seu corpo cansado. Atirou-se numa delas, pois estava exausto.
Pouco depois, um fidalgo saxão foi trazido a sua presença.
— Qual é seu nome? — Gainor indagou.
- Bryce — o saxão respondeu.
—Vocês lutaram com bravura hoje, e eu não desejo mais sangue derramado. Meu senhor corre risco de morrer, e eu procuro alguém que entenda de curas. Não existem mulheres aqui no castelo?
— Não, nenhuma — Bryce informou com frieza.
Gainor irritou-se. Com certeza, elas estavam escondidas e al¬guém devia saber onde.
—- Meu senhor, revistamos o castelo inteiro e só encontramos camponesas e criadas.
—-Nenhuma senhora daqui — o escudeiro aparteou.
—- E nas terras adjacentes? — Gainor insistiu.
——- Não existe nada a não ser um convento na orla da floresta.
—- Será que as senhoras do castelo não fugiram para lá? — ele sugeriu.
—- Lady Aldora e a filha estão mortas.
—- Como você soube disso, saxão?
—- Eu as vi tirar a própria vida.
— Será que viu mesmo? — Acenou para os guardas e ordenou:
— Levem o homem embora. — Não, esperem! — Bryce gritou ao lutar contra os guardas.
Conheço o caminho mais curto até o convento. O senhor terá a ajuda de que precisa.
—Seu olhar é de ódio. Por que me ajudaria, saxão?
—Como o senhor, também não quero ver mais sangue derramado.