Capítulo Um
Texas, 1881
Maddie Sherwood ouviu quando as gargalhadas ecoaram na noite. Ela sabia que tipo de casa era aquela onde estava à espreita, o tipo de mulheres que viviam dentro de suas paredes, como elas ganhavam seu sustento. Suas bochechas estavam rosadas, seus peitos cheios, e ela teve a energia para rir.
Quando foi a última vez que ela riu?
Ela sentiu seu estômago guinar quando o aroma de cenouras, batatas e carne nadando em um caldo grosso flutuaram pelo beco. Sua boca encheu de água e as lágrimas brotaram espontaneamente em seus olhos. Ela agarrou a chita desgastada de seu vestido, como se isso, por si só, pudesse bloquear a fome crescendo em seu abdômen vazio.
Um vento frio varreu o beco deserto. Ela virou as costas para ele, seu cabelo emaranhado era uma barreira frágil contra os elementos agressivos à sua volta. Apenas dois dias antes, uma primavera persistente tinha começado a aliviar o caminho para o verão, e brisas quentes tinham acariciado a terra.
Ela tinha aceitado a promessa de um clima mais quente da Mãe Natureza e trocado seu casaco por uma batata quente. Na semana anterior, ela tinha trocado os sapatos por um pão envelhecido e queijo mofado.
Agora ela não tinha mais nada para negociar, além de seus sonhos.
A porta traseira abriu guinchando, derramando a luz pálida da lamparina no beco, os dedos da luz estendendo a mão para a tocar. Uma mulher robusta apoiou o braço contra o limiar da porta, sua postura acomodando o quadril de modo que ela tivesse um lugar para plantar a outra mão. — Não gosto de pessoas aqui atrás do meu lugar — disse ela.
A voz rouca da mulher revelou sua identidade. O irmão de Maddie, Andrew, havia falado muitas vezes de Bev, a senhora que possuía este estabelecimento notório em Fort Worth, o “Hell's Half Acre”.
Agora ela não tinha mais nada para negociar, além de seus sonhos.
A porta traseira abriu guinchando, derramando a luz pálida da lamparina no beco, os dedos da luz estendendo a mão para a tocar. Uma mulher robusta apoiou o braço contra o limiar da porta, sua postura acomodando o quadril de modo que ela tivesse um lugar para plantar a outra mão. — Não gosto de pessoas aqui atrás do meu lugar — disse ela.
A voz rouca da mulher revelou sua identidade. O irmão de Maddie, Andrew, havia falado muitas vezes de Bev, a senhora que possuía este estabelecimento notório em Fort Worth, o “Hell's Half Acre”.
Ela entretinha igualmente a bandidos e juízes e tinha a reputação de comandar uma casa honesta. Nada saía do bolso de um homem lá que não o tivesse tirado ele mesmo.
Maddie desejou poder se afastar mas era mais do que a fraqueza nas pernas que a mantinha presa ao chão. Era a suja verdade. — Eu não tenho nenhum outro lugar para ir.
Bev saiu da porta, seu vestido de tafetá escarlate sussurrando pelo chão enquanto passeava em direção à criança abandonada, inclinada contra o muro em ruínas. Ela colocou um dedo debaixo do queixo da jovem e levantou o rosto para a lua. — Você com certeza é uma coisinha magricela. Com fome também, eu aposto.
Ela deu um leve aceno de cabeça.
— Nada nesta vida vem de graça, querida. Eu tenho um pouco de comida quente, um banho quente e uma cama macia que eu poderia lhe dar, mas você tem que me dar algo em troca.
— Eu posso limpar a sua casa.
A risada gutural de Bev ecoou pelo corredor. — Querida, eu não ganho dinheiro com uma casa limpa. Se você está disposta a compartilhar uma cama macia com alguns cavalheiros a cada noite, então eu estaria disposta a deixar você dormir na mesma.
Maddie fechou os olhos. Ela sentiu a sombra do calor radiante a sua volta enquanto Bev posicionava seu corpo para que ele servisse como um amortecedor contra o vento.
— Querida, você não vai morrer do que estou lhe oferecendo. Na maior parte, não é tudo tão desagradável. Ah, inferno, você pode tratar com um homem que é um pouco áspero, um homem que nunca ouviu falar de sabão, mas na maior parte, os homens são apenas solitários. Por alguns minutos, você os faz esquecer o quão malditamente solitários eles são.
Maddie abriu os olhos, um tremor desagradável de ansiedade percorrendo o comprimento de seu corpo. — Eu nunca...
Maddie desejou poder se afastar mas era mais do que a fraqueza nas pernas que a mantinha presa ao chão. Era a suja verdade. — Eu não tenho nenhum outro lugar para ir.
Bev saiu da porta, seu vestido de tafetá escarlate sussurrando pelo chão enquanto passeava em direção à criança abandonada, inclinada contra o muro em ruínas. Ela colocou um dedo debaixo do queixo da jovem e levantou o rosto para a lua. — Você com certeza é uma coisinha magricela. Com fome também, eu aposto.
Ela deu um leve aceno de cabeça.
— Nada nesta vida vem de graça, querida. Eu tenho um pouco de comida quente, um banho quente e uma cama macia que eu poderia lhe dar, mas você tem que me dar algo em troca.
— Eu posso limpar a sua casa.
A risada gutural de Bev ecoou pelo corredor. — Querida, eu não ganho dinheiro com uma casa limpa. Se você está disposta a compartilhar uma cama macia com alguns cavalheiros a cada noite, então eu estaria disposta a deixar você dormir na mesma.
Maddie fechou os olhos. Ela sentiu a sombra do calor radiante a sua volta enquanto Bev posicionava seu corpo para que ele servisse como um amortecedor contra o vento.
— Querida, você não vai morrer do que estou lhe oferecendo. Na maior parte, não é tudo tão desagradável. Ah, inferno, você pode tratar com um homem que é um pouco áspero, um homem que nunca ouviu falar de sabão, mas na maior parte, os homens são apenas solitários. Por alguns minutos, você os faz esquecer o quão malditamente solitários eles são.
Maddie abriu os olhos, um tremor desagradável de ansiedade percorrendo o comprimento de seu corpo. — Eu nunca...