7 de julho de 2020
O Pistoleiro
Chance Wilder nunca quis ser um herói.
Um pistoleiro cansado da estrada, com uma reputação implacável, ele se concentra apenas no próximo alvo - e no próximo pagamento. Isto é, até que um garoto ofereça a Chance tudo o que possui - um pedaço de corda, uma gaita e um centavo dobrado - se ele salvar a irmã de alguns bandidos. Chance concorda, apenas para descobrir que a jovem bonita e feroz que precisa de resgate é na verdade a pessoa que ele está caçando: seu próximo alvo. Mas depois que ele a salva, Lillian Madison desperta nele sonhos e possibilidades há muito enterrados. Enfrentando os demônios de seu passado, Chance é forçado a questionar seu próximo passo. Ousa arriscar tudo seguindo seu coração... e confiar que o caminho para a redenção começa com Lillian?
Capítulo Um
Lonesome, Texas, 1884
Chance Wilder estava de costas contra a parede. Encontrando conforto na madeira áspera do saloon pressionada contra seus ombros esbeltos, sua cadeira inclinada para trás, ele estudou as idas e vindas, constantemente alerta para o potencial de problemas. Ele não temia a bala que poderia atingi-lo. Era aquele que se escondia por trás que pesava muito em sua mente.
Ele examinou o jovem camarada - com o cotovelo apoiado no balcão - que não tirava os olhos de Chance desde que Chance passou pelas portas do saloon. Viu o homem beber meia garrafa de uísque, os dedos acariciando o cabo da arma no coldre, como se não conseguisse encontrar coragem nem no licor nem na arma.
Ele imaginou que o inquieto senhor encontraria seu Criador antes que Chance saísse da cidade. Com uma ligeira mudança nos quadris, Chance se adiantou e as pernas da frente da cadeira atingiram o chão de madeira com um baque retumbante. O saloon ficou subitamente mais silencioso do que uma reunião de oração, enquanto olhos cautelosos o encaravam.
Ele podia sentir a antecipação no ar, o zumbido de excitação que fazia de cada um deles abutres hipócritas. Seu olhar percorria cautelosamente a sala, ele lentamente inclinou a garrafa de uísque até encher novamente o copo sem nem um pouco de respingo, a mão firme como uma rocha. Em sua linha de trabalho, ele tinha que contar com uma mão firme.
Ele largou a garrafa, pegou o copo e recostou-se na parede, equilibrando a cadeira com a facilidade confiante que ele usava ao colocar a arma na palma da mão esquerda. Ele tomou um gole do líquido âmbar como um homem sem pressa - o que ele era. Ele não tinha ninguém esperando por ele, não havia ninguém esperando por ele desde que matara seu primeiro homem aos catorze anos. Ele ouviu um cowboy pigarrear e o sussurro duro de outro.
Ele não precisava ouvir as palavras para saber o que estavam discutindo. Todas as pessoas no saloon - todos os cidadãos da cidade - queriam saber quem Chance Wilder tinha vindo matar em Lonesome, Texas. Toby Madison entrou violentamente através das portas giratórias do saloon. A fumaça do cigarro ardia e queimava seus olhos, enquanto o cheiro de uísque azedo e corpos suados o faziam querer vomitar. Ou talvez tenha sido o sangue espesso escorrendo pelo fundo da garganta que causou um aperto no estômago. Ele pensou que o valentão poderia ter quebrado seu nariz.
— Ei, garoto, saia daqui—, ordenou um cowboy gigante, apertando a mão grande no ombro de Toby. Toby se libertou, seu olhar frenético disparando sobre os rostos suados. Ele não esperava que metade dos homens da cidade estivesse no saloon a essa hora do dia. Ele nunca encontraria quem procurava desesperadamente. Então ele percebeu que todos estavam amontoados à direita do bar, deixando um espaço aberto que ele podia ver pelo canto do olho.
Ele se virou. Seu intestino ficou mais apertado que o laço de um carrasco quando viu o estranho com um sobretudo preto sentado no canto oposto, sozinho, com a cadeira inclinada para trás e os olhos prateados se estreitando tão finamente quanto a lâmina afiada de uma faca Bowie. Toby engoliu em seco e mancou apressadamente pela sala.
—Você é a arma de aluguel que todo mundo está falando? Você é Chance Wilder?
29 de outubro de 2019
Navegando pela Tentação
Três jovens herdeiros encarcerados por um tio inescrupuloso escaparam em direção ao mar, às ruas e às guerras distantes, esperando o dia em que pudessem regressar e reclamar seus direitos de herança.
Era uma vez um nobre, lorde Tristan Easton, convertido em Crimson Jack, um corsário que não respondia a ninguém e cujo único amor era o mar. Mas tudo isso mudou quando a deliciosa lady Anne Hayworth contratou seus serviços para levá-la em uma viagem de perigo e sedução…
O desespero levou Anne até o bucaneiro de olhos azuis e pele morena. Depois que o capitão lhe pedira um beijo como único pagamento, o desejo foi o que a manteve ao seu lado. Jamais experimentara uma tentação dessa magnitude, mas, para proteger seu coração, sabia que devia seguir seu caminho sem ele. Contudo, Tristan não conseguiu esquecê-la e, quando se reencontraram em um baile, em Londres, jurou que não voltaria a perdê-la. Uma vez reavivada, a chama de uma paixão selvagem começou a arrastá-los por águas inexploradas, capazes de conduzir o lorde perdido de volta ao lar…
Capítulo Um
Sempre ouvi dizer que os olhos são a janela da alma. Ao contemplar os dele, não fui capaz de determinar se aquelas janelas estavam fechadas, ou se os rumores que corriam sobre ele eram verdadeiros: que carecia de alma porque a vendera ao demônio em troca de sua imortalidade. Assim sendo, a vida que levava deveria tê-lo conduzido ao túmulo há bastante tempo. Mas ali estava, a fantasmagórica olhada azul imperturbável, desafiante,…perigosa.
Chegaria o dia em que me questionaria sobre a decisão de não me afastar. Eu desejava mais do que possuia, e por isso me mantive firme, negando-me ser ignorada. Geralmente regresso àquela noite tormentosa e me pergunto como teria sido minha vida, agora que compreendo que o caminho pelo qual ele me levaria, era um caminho que eu logo descobriria que não queria trilhar.
Diário secreto de uma dama aventureira Londres, abril de 1858 Não parecia um herói. Lady Anne Hayworth havia esperado que fosse, ao menos, limpo. Jamais havia visto um homem tão desleixado. Usava três botões da camisa, abertos, que revelavam um torso que, para surpresa dela, parecia tão bronzeado quanto suas mãos.
Estava sentado, sozinho, em uma mesa, em um cantinho na taberna, como se fosse o dono do estabelecimento, ainda que ela soubesse muito bem que não o era.
Ao menos, pensava que ele não fosse o dono. Os detalhes de sua vida eram tão difíceis de encontrar quanto o próprio homem.
De pé diante dele, e esteve tentada a usar umas tesouras naqueles cabelos cor de ébano que chegavam até os ombros, e uma navalha na barba incipiente que escurecia seu maxilar. Estava acostumada a que os cavalheiros se pusessem de pé quando ela se aproximava, mas o homem continuou jogado na cadeira, acariciando a caneca de cerveja que estava entre suas mãos quanto a olhava fixamente, como se estivesse imaginando como seria acariciá-la, ao invés da caneca.
Uma ideia absurda que não sabia de onde surgira. Não estava acostumada que os homens a olhassem descaradamente, como se considerassem fazer alguma travessura com ela. Não, aquele homem não parecia ser feito do mesmo material que os heróis.
Quem sabe o cavalheiro na porta havia apontado aquele homem como uma forma de brincar com ela. Se assim fosse, exigiria a devolução do soberano que pagara pela informação. Claro que, se por acaso…
— Estou procurando o capitão Jack Crimson — ela anunciou depois de clarear a garganta. — Crimson Jack
— e já o encontrou.
— Entendo. O capitão Crimson Jack, o aventureiro?
— Isso depende — as comissuras dos lábios do homem se torceram em um sorriso brincalhão.
— Que tipo de aventura está buscando, princesa?
— Não sou uma princesa. Meu pai é conde, não um príncipe, ou um rei. Ele… — a jovem se interrompeu. As particularidades de sua herança, de nada, na realidade, eram da conta dele.
— Disseram-me que você poderia me ajudar. Tristan deslizou um olhar carregado de insolência sobre a mulher, que sentiu o estômago se contrair enquanto apertava os punhos para evitar que tremessem. — Isso depende do tipo de ajuda que necessite.
Lordes Perdidos de Pembroke
1- Uma Tentação para o Duque
2- Navegando pela tentação
Série concluída
20 de agosto de 2019
O Legado do Texas
Rawley Cooper amava Faith Leigh desde que se lembrava.
Mas a crueldade de sua infância o assombra e ele sabe que não merece Faith. Quando ela vai até ele na noite de seu décimo nono aniversário, ambos cedem a tentação. Mas o beijo trocado reafirma o que ele sempre soube: ele não poderá nunca tê-la em seus braços. Para proteger seu coração, ele empacota suas coisas e vai para o oeste.
Faith sempre adorou o garoto que seus pais acolheram e criaram. Mas ela não tem a certeza de que pode, alguma vez, perdoá-lo por sair da sua vida justo quando ela mais precisava dele. Quando um telegrama urgente o força a voltar, seis anos mais tarde, Rawley descobre que Faith é agora uma mulher a ser levada em conta.
Enquanto velhos sentimentos voltam à vida e novas paixões tomam posse, ambos devem confrontar segredos de seu passado ou arriscar perder um legado de amor.
Capítulo um
Agosto de 1909
O telegrama o encontrou em Cheyenne, as palavras simples e diretas ao ponto: Eu preciso de você em casa. Com amor, mamãe.
Ele cavalgou até o rancho onde estivera trabalhando como capataz, se demitiu, empacotou seus parcos pertences, os levou depressa ao depósito ferroviário, e subiu no primeiro trem que o levaria ate onde ele precisava estar o mais rápido possível. Leighton, Texas; uma cidade, uma vez descrita como estando no lado mais afastado de lugar nenhum, mas quando ele partiu, estava plena de atividade e promessas. O caminho de ferro tinha mudado seu destino.
Não, isso não era propriamente certo, ele meditou, enquanto se sentava ao lado de uma janela, no pesado trem e observava a vastidão vazia passar. Dallas Leigh tinha criado a cidade, a partir do nada, atraiu os barões dos caminhos de ferro para garantir que uma linha ferroviária passasse por sua cidade para aumentar suas chances de prosperar, e ao fazê-lo, tinha alterado a paisagem e as vidas de muito boa gente. Ele, junto com sua esposa, tinha mudado a vida de Rawley Cooper, também, o haviam retirado do buraco do inferno que havia sido sua infância e, lhe dado mais oportunidades do que ele merecia. Esta foi a razão pela qual Rawley não hesitou em deixar tudo para trás quando recebeu o telegrama.
Embora, se fosse honesto consigo mesmo, tinha que admitir que estava mais do que pronto para voltar. Ele sentia falta do lugar, sentia falta do povo. Sentia falta de Faith.
Ele esperara que o tempo e a distância a fizessem sumir de suas memórias, mas ela estava tão presente como sempre, e não se passava uma noite em que ele não sonhava com ela.
Faith Leigh era a mulher mais bonita em quem ele já tinha posto os olhos, embora não a tivesse visto sempre sob este prisma. Quando ela nascera — enrugada, vermelha e berrando mais do que qualquer bezerro que ele tinha ouvido até aquele momento — ele proclamou que ela era tão feia que doía. Mas ela conseguiu rapidamente esgueirar-se para dentro do seu coração — não que ele tenha ficado muito satisfeito com isso.
Ele era, provavelmente, entre uma década e uma dúzia de anos mais velho que ela.
Sua verdadeira idade era uma incógnita, porque o homem que se intitulara pai de Rawley, não prestara muita atenção aos detalhes de sua vida. Não foi até que Rawley foi viver com Dallas e Cordelia Leigh, que ele aprendeu que as pessoas contavam o tempo que passavam nesta Terra. Desde que eles o acolheram em uma noite fria em Dezembro de 1881, esta tornou-se a data em que eles honravam seu nascimento. Ele não podia negar que era um bom dia para um pouco de folia, porque marcava o momento em que sua vida se transformou de uma mera existência em uma vivência real.
Quanto a Faith, sua chegada fora em Maio de 1884, devidamente anotada e registrada na Bíblia da família. A última vez que a tinha visto fora há seis anos, na noite em que ela fez dezenove anos, depois de uma celebração que, sem dúvida, fizera um bom número de homens — e, possivelmente, algumas mulheres — saudarem o novo amanhecer com uma cabeça dolorida. Ele também suspeitava que um punhado de cowboys havia acordado com um pouco de dor no coração, porque havia algo em Faith que fazia um homem desejar por coisas que nunca poderia possuir.
Trilogia Texas
1 - Destino Texano
2 - Glória Texana
3 - Esplendor Texano
3.5 - O Legado do Texas
Série concluída
4 de julho de 2018
A Sedução
Conhecido em toda Londres por suas proezas na cama, Morgan Lyons, o oitavo Conde de Westcliffe, não podia perdoar tal afronta para sua honra.
Encontrar sua jovem noiva nos braços de seu irmão foi um golpe atordoante, imperdoável... então ele baniu a bonita enganadora para a sua propriedade rural e se dedicou à perseguição dos prazeres carnais.
Claire Lyons era uma menina inocente e assustada na sua noite de núpcias, que só buscava o conforto de um amigo de infância. Agora, anos mais tarde, ela floresceu magnificamente e retornou a Londres com um único objetivo em mente: A sedução de seu marido. Inexperiente nas artes sensuais, porém anseia pelos beijos há muito tempo negados. E ela tem apenas uma temporada para ganhar de volta o coração do libertino que ela traiu.
Eles são mestres da sedução, os maiores amantes de Londres. Vivendo para o prazer, eles não darão seus corações para ninguém . . . até que o amor os surpreenda.
Capítulo Um
Londres 1853
Morgan Lyons, o oitavo Conde de Westcliffe, sem pressa arrastou seus dedos sobre as costas nuas do esbelto corpo que sempre o encantou. Um leve toque, quase inexistente, tão suave quanto uma nuvem que se move através do céu de final de tarde. Ele descobriu que Anne respondia melhor só à sugestão da sensação, como se o tormento de ser negada mais pressão exaltasse seu prazer. Ela era uma criatura tão maravilhosamente carnal, disposta a explorar a paixão e o prazer em todas as suas formas. Essa era a verdadeira razão porque ele buscou sua companhia. E
la estava profundamente adormecida, não reagindo aos seus gestos sutis, mas ela ficaria chateada se ele fosse embora sem se despedir. Recolhendo seu cabelo, com seus tons de vermelho que muitas vezes pareciam como se pudessem inflamar -se a qualquer momento, ele o ajeitou sobre um ombro, expondo a nuca e seu pescoço esbelto.
Ele ajeitou seu corpo para que ela fosse embalada em baixo dele, ele apertou sua boca quente, úmida no cume de sua espinha e começou a vagarosa viagem descendente. Gemendo baixo, ela estirou-se languidamente, como um felino que vadia no sol. “Mmm, eu realmente aprecio o modo como você me acorda.” Sua forma de falar, preguiçosa, rouca, abafada, fez com que ele endurecesse rápida e dolorosamente. Com seus joelhos, ele separou as coxas dela, abrindo-a para ele, e deslizou em seu aveludado abrigo.
Era só aqui, quando ele podia ficar perdido em sensações perversas, que ele era mestre, que o mundo e todas as suas decepções recuavam. De boa vontade, com um gemido de satisfação, ela ergueu seus quadris ligeiramente, e ele cavou mais fundo. Agora ele gemia, um grunhido baixo e gutural. Isto era o que ele precisava, o que ele sempre precisou. Mãos correndo livremente, dedos arreliando, bocas devorando.
Era um ritual antigo de corpos se contorcendo, suspiros crescentes, e sensações intensas. Com uma risada triunfante, ela o empurrou e se escarranchou nele, o reivindicando.
Mesmo quando ele a fez chegar lá, ou quando ele a fez gritar seu nome, ele não sentiu nada além do chamuscar superficial da carne.
Por que diabos seu prazer não era verdadeiro, sua satisfação não era um imenso contentamento, em vez disto, era só essa improdutiva emoção sem brilho? O quarto ecoava com seus grunhidos, seus gritos, suas exclamações. Ele sabia como tocar, como mexer, como agradar, como levá-la ao limite do prazer. Até quando ela desmoronou em cima dele, ele segurou seu próprio clímax, prolongando-o o máximo possível, até que ele o consumiu, veio embatendo ao redor dele. Repleto, exausto, respirando fortemente, ele ficou debaixo dela.
Como sempre nunca era suficiente. Sua ousadia legendária zombou dele, deixando-o insatisfeito. Ah, a parte física era incrível, mas posteriormente, ele sempre experimentava uma sensação aguda de perda, de falta de algo, algo em que ele não podia envolver nem sua cabeça nem seu coração.
Ele sempre partia querendo mais, mais pela vida dele, ele não podia definir exatamente o que o mais devia ser. Ele simplesmente sabia que apesar de toda sua beleza primorosa, ela não tinha o que ele procurava. Mas ele também sabia que a falha estava nele, não nela. Lhe faltava algo essencial. Era a razão porque nenhuma mulher jamais o amou. Tão suavemente quanto possível, ele a afastou.
Seus olhos verdes letárgicos, ela lambeu os lábios e o brindou com um olhar parecido com o de um gato que perdeu sua última nata. Ele apertou um beijo na sua testa antes de rolar da cama.
Ele juntou suas roupas de onde elas tinham caído no chão quando ela o despiu horas mais cedo.
Não foi até que ele se sentou na cadeira de veludo púrpura para colocar suas botas que ela se esgueirou para o pé da cama e disse, “Diga-me o que está aborrecendo você.”
1 - A Sedução
18 de novembro de 2017
Prazeres à Meia-Noite
Ela procurou vingança, mas descobriu desejo.
Buscando vingar a morte da irmã, Eleanor Watkins nunca esperava cair apaixonada pelo homem que a seguia através de jardins e em salões de baile.
Nada a impediu de cair nos braços de um patife pecaminosamente atraente, nem mesmo os segredos perigosos que ela mantém.
Forte, compassivo, e absolutamente irresistível, James é tudo o que ela deseja. Mas ela pode confiar nele o suficiente para deixar-se sucumbir a todos os prazeres que a meia-noite permite? James Swindler tem trabalhado duro para expiar seu passado desagradável.
Ele agora se sente tão em casa nos brilhantes salões de Londres como quando está nas ruas mais grosseiras. Mas quando o inspetor o encarrega de manter vigilância sobre uma misteriosa mulher suspeita de atos abomináveis, ele está determinado a usar suas habilidades de sedução e atrair Eleanor para lhe revelar seus planos. Em vez disso, ele é o único seduzido, afastando-se de tudo o que ele tem de mais caro, a fim de protegê-la, não importa o custo para o seu coração.
Capítulo Um
Londres, 1852
A vingança não era para os fracos de coração. Consumida pela necessidade em alcançá-la pouco incomodou Eleanor Watkins que em nenhum momento duvidou em dar-lhe qualquer outra consideração, era sua meta de vida. Pois desde que ela encontrou e leu o diário de sua irmã e soube os horrores pelos quais passou quando viajou para Londres na Temporada passada, dedicou pouco tempo para outra coisa senão traçar a melhor forma de vingar Elisabeth.
Eleanor determinou que o homem que tinha conduzido desde a doce inocência à brutalidade carnal iria pagar tão caro por seus pecados como sua irmã o tinha pela ingenuidade dela. Sua busca por vingança controlava cada ação, cada pensamento, a partir do momento em que acordava com a canção da cotovia a até que ela deitasse a cabeça no travesseiro para então aguentar mais uma noite de sono inquieto e pesadelos terríveis alimentada por cada golpe da caneta de sua irmã quando ela descrevia a vergonha que sofreu nas mãos do Marquês de Rockberry.
A necessidade obsessiva de Eleanor por vingança foi a razão para agora ela estar vagando por Cremorne Gardens tarde da noite, hora em que qualquer mulher respeitável sairia de cena. Mesmo os homens decentes já teriam se recolhido aos seus lares, mas, o homem que seguia dificilmente poderia ser declarado respeitável, embora fosse uma boa imitação de um.
Ela tinha ouvido que os fogos de artifício que estouravam no ar todas as noites nos jardins eram espetaculares. Mas, claro, ele não tinha chegado a tempo para desfrutar de tão simples prazer como ver os flashes de luzes brilhantes pintarem o céu. Não, seus prazeres se inclinavam em direção a uma natureza mais sombria e maus presságios. E assim, Lorde Rockberry, havia esperado até que as pessoas de bem se dispersasse pelos jardins e o depravado não pudesse ser notado por eles antes de fazer sua aparição surpresa.
Sua risada sinistra ecoou pelos jardins, enquanto periodicamente parava para falar com um e outro.
Alto e magro, ele passeou rapidamente através da multidão, sua capa esvoaçante atrás dele, aumentando a sensação de que entre os ímpios ele considerava-se rei. mesmo com a sua altura e chapéu alto, ela teve dificuldade em mantê-lo sob suas vistas, e estava determinada a fazê-lo de tal forma que ele não tomasse conhecimento dela.
Não cairia vítima de seus encantos persuasivos como sua irmã o tinha. Se qualquer um deles caísse em encantamento, determinou que fosse ele por ela. Esta noite ela visualizara deslizar um punhal em seu coração, assim todo o mundo iria ver exatamente como pútrido era, mas sabia que não era o momento certo, nem o lugar.
Tinha que ser cuidadosa ao executar o plano, para que não fosse pendurada na forca.
Série Órfãos de St. James
25 de novembro de 2016
Presente de Depedida
Capítulo Um
Texas, 1881
Maddie Sherwood ouviu quando as gargalhadas ecoaram na noite. Ela sabia que tipo de casa era aquela onde estava à espreita, o tipo de mulheres que viviam dentro de suas paredes, como elas ganhavam seu sustento. Suas bochechas estavam rosadas, seus peitos cheios, e ela teve a energia para rir.
Quando foi a última vez que ela riu?
Ela sentiu seu estômago guinar quando o aroma de cenouras, batatas e carne nadando em um caldo grosso flutuaram pelo beco. Sua boca encheu de água e as lágrimas brotaram espontaneamente em seus olhos. Ela agarrou a chita desgastada de seu vestido, como se isso, por si só, pudesse bloquear a fome crescendo em seu abdômen vazio.
Um vento frio varreu o beco deserto. Ela virou as costas para ele, seu cabelo emaranhado era uma barreira frágil contra os elementos agressivos à sua volta. Apenas dois dias antes, uma primavera persistente tinha começado a aliviar o caminho para o verão, e brisas quentes tinham acariciado a terra.
Agora ela não tinha mais nada para negociar, além de seus sonhos.
A porta traseira abriu guinchando, derramando a luz pálida da lamparina no beco, os dedos da luz estendendo a mão para a tocar. Uma mulher robusta apoiou o braço contra o limiar da porta, sua postura acomodando o quadril de modo que ela tivesse um lugar para plantar a outra mão. — Não gosto de pessoas aqui atrás do meu lugar — disse ela.
A voz rouca da mulher revelou sua identidade. O irmão de Maddie, Andrew, havia falado muitas vezes de Bev, a senhora que possuía este estabelecimento notório em Fort Worth, o “Hell's Half Acre”.
Maddie desejou poder se afastar mas era mais do que a fraqueza nas pernas que a mantinha presa ao chão. Era a suja verdade. — Eu não tenho nenhum outro lugar para ir.
Bev saiu da porta, seu vestido de tafetá escarlate sussurrando pelo chão enquanto passeava em direção à criança abandonada, inclinada contra o muro em ruínas. Ela colocou um dedo debaixo do queixo da jovem e levantou o rosto para a lua. — Você com certeza é uma coisinha magricela. Com fome também, eu aposto.
Ela deu um leve aceno de cabeça.
— Nada nesta vida vem de graça, querida. Eu tenho um pouco de comida quente, um banho quente e uma cama macia que eu poderia lhe dar, mas você tem que me dar algo em troca.
— Eu posso limpar a sua casa.
A risada gutural de Bev ecoou pelo corredor. — Querida, eu não ganho dinheiro com uma casa limpa. Se você está disposta a compartilhar uma cama macia com alguns cavalheiros a cada noite, então eu estaria disposta a deixar você dormir na mesma.
Maddie fechou os olhos. Ela sentiu a sombra do calor radiante a sua volta enquanto Bev posicionava seu corpo para que ele servisse como um amortecedor contra o vento.
— Querida, você não vai morrer do que estou lhe oferecendo. Na maior parte, não é tudo tão desagradável. Ah, inferno, você pode tratar com um homem que é um pouco áspero, um homem que nunca ouviu falar de sabão, mas na maior parte, os homens são apenas solitários. Por alguns minutos, você os faz esquecer o quão malditamente solitários eles são.
Maddie abriu os olhos, um tremor desagradável de ansiedade percorrendo o comprimento de seu corpo. — Eu nunca...
16 de julho de 2016
Quando o Duque era Imoral
Eles são os solteiros mais cobiçados da Inglaterra, com a reputação mais escandalosa.
A ampla herança de Lady Grace Mabry tornava impossível para ela dizer se um pretendente estava apaixonado por ela, ou enamorado de suas riquezas.
Com nenhum interesse em casamento, Lovingdon há muito tempo vivia apenas por prazer. Ele via pouco dano em ajudar Grace a encontrar um par adequado. Afinal, ele estava familiarizado com todas as manobras que um canalha usa para ganhar as atenções de uma mulher. Ele simplesmente teria que ensinar a adorável inocente como distinguir emoções honestas das falsas.
Capítulo Um
Londres, 1874
O Duque de Lovingdon apreciava nada mais do que ser aninhado entre as doces coxas de uma mulher.
A menos que ele estivesse deslizando as mãos sobre seu corpo quente e macio, enquanto ela acariciava seus ombros, peito, costas. Ou ouvindo o engate de sua respiração, um suspiro murmurado, um-Rap. Ele fez uma pausa, ela se acalmou.
— O que foi isso? — ela sussurrou. Ele balançou a cabeça, olhando em seus olhos castanhos e dedilhando para trás de seu rosto corado as mechas de seu cabelo de ébano. — A residência estabelecendo-se, sem dúvida. Não dê atenção. Ele abaixou a boca para a garganta de seda, saboreando sua pele aquecida-Rap. Rap. Maldição!
Ele piscou. — Desculpe-me, só um momento.
Rolando para fora da cama enorme que tinha sido construída especialmente para acomodar seu grande corpo, ele atravessou o espesso tapete Aubusson, seu temperamento mal controlado. Seu mordomo — todos os seus servos — sabiam que não deviam perturbá-lo quando ele estava desfrutando das oferendas de uma mulher.
Ele fechou a mão em torno do punho, abriu o trinco.
— É bem melhor ser condenadamente sangue ou fogo...
Ele abriu a porta. — ... qualquer coisa que seja...
Ele olhou fixamente para os largos, arredondados olhos de safira que mergulharam para baixo antes de rapidamente levantarem-se e confrontarem os seus olhos cor de âmbar.
— Cristo, Grace, que diabos?
Antes que ela pudesse responder, ele fechou a porta, pegou a calça do chão, apressadamente colocou-a, e passou a abotoá-la.
— Outra de suas amantes? — A lânguida mulher em sua cama perguntou.
Ele agarrou a camisa de linho de onde estava estendida sobre uma cadeira. — Bom Deus, não. Ela é apenas uma criança. — Ou, pelo menos, ela tinha sido na última vez que ele a tinha visto. Que diabo ela estava fazendo ali e naquela hora da noite? Ela não tinha juízo?
Depois de colocar sua camisa, ele deixou-se cair na cadeira e colocou as botas. Ele não sabia por que ele estava preocupado com a sensibilidade de Grace. Era realmente um pouco tarde para se preocupar com isso, considerando a visão que ele tinha dado a ela quando ele abriu a porta. Ele tinha de lhe dar crédito, no entanto, ela apartou a vista com altivez sem restrições. Ela sempre foi uma pequena diaba ousada, mas ela tinha levado as coisas longe demais esta noite.
Ele levantou-se e cruzou para a cama. Inclinando-se, beijou a testa adorável. — Eu não vou levar mais de um momento em despachar ela. — Depois de dar-lhe uma piscadela reconfortante, ele atravessou o quarto, abriu a porta com um pouco mais de calma, e entrou no corredor, fechando a porta atrás de si.
Grace ficou onde ele a deixou, corando profundamente de seu pescoço até as raízes de seu cabelo acobreado. Suas sardas não tinham desaparecido, elas tinham sido suprimidas. — Sinto muito por ter despertado você.
Isso é tudo que ela pensou que ele estava fazendo? Mas então ela era uma inocente senhorita de dezenove anos, e enquanto os rapazes com quem ela tinha crescido eram mais canalhas do que cavalheiros, todos tinham feito o que podiam para preservar a sua inocência. Para ela, seus maus modos eram pouco mais do que rumores.
— É depois da meia noite. Você está na residência de um solteiro. O que você está pensando? — ele perguntou.
— Eu estou em apuros, Lovingdon, uma situação da mais extrema. Preciso da sua ajuda.
Ele estava prestes a dizer-lhe para procurar ajuda em outro lugar, mas ela olhou para ele com aqueles grandes olhos azuis inocentes que o deixaram com pouca escolha a não ser sugerir que fossem a sua biblioteca. Ela sempre tinha aquele irritante efeito sobre ele, desde que ela era uma menina e olhava para ele como se ele fosse um cavaleiro errante capaz de matar dragões.
Talvez em sua juventude, quando o dragão era pouco mais que seu gato mal-humorado necessitando ser resgatado de um galho de árvore...
Mas ele tinha aprendido através da dura experiência que ele não era um matador de dragões.
Depois de chegarem à sala perfumada de mofo, ele cruzou para uma mesa que abrigava uma variedade de decantadores. Em silêncio, ele derramou em um copo uísque e no outro brandy. Ele esperava através da esperança que enquanto estivesse se servindo, ela tivesse ido. Mas quando ele se virou, ela ainda estava lá, estudando-o como se estivesse procurando alguma coisa, e ele se viu desejando que ele tivesse tomado um pouco mais de tempo no vestuário.
2 de janeiro de 2016
Para Sempre Recordar
Para Meg, que perdeu seu marido e irmãos na guerra, a presença de Clay era uma ofensa constante.
Como punição, Meg encomendou a Clayton a criação de um memorial para os heróis de guerra da cidade, mas conforme os meses passam e ela o observa, os sentimentos de Meg começam a mudar.
Capítulo Um
Primavera, 1866
Clayton Holland se sacudiu acordando. Tremendo e banhado de suor, ele correu uma mão trêmula pelo cabelo.
O trovão ressoou novamente e ele respirou profundamente, estremecendo. Os pesadelos sempre vinham durante as tempestades, quando o estrondo no céu tecia através de seus sonhos.
Ele jogou as cobertas para trás, saiu da cama, e caminhou até a janela. Destravando o fecho e abrindo-a, respirou fundo, inalando o cheiro de chuva. Estendendo a mão, apreciou as gotas de chuva que picavam conforme caíam em sua palma. Relâmpagos e trovões gritavam contra a escuridão.
Trovões sempre o lembravam da saraivada de tiros de rifle, a saraivada que nunca veio. Mesmo agora, anos depois, ele ainda esperava a explosão do rifle perturbar aquela madrugada tranquila tanto tempo atrás.
O sargento tinha gritado seu comando final. Clay tinha dado seu último suspiro e segurado o precioso ar profundamente dentro de seus pulmões, esperando que as balas batessem contra a parede, para arrancarem a vida de seu corpo. Esperou o que pareceu uma vida... e mais além. Baixou o olhar para os soldados em pé diante dele, se perguntando se estavam esperando que os olhasse antes que
realizassem suas ordens. Mas quando encontrou o olhar perturbado de cada homem, cada um deles baixou o rifle e estudou suas botas.
Estranhamente, ele podia se lembrar claramente da cor dos olhos de cada homem: marrom, marrom, azul, marrom, verde, azul.
O sargento dialogou com o Capitão Roberts. Então ele escoltou Clay de volta à sua cela.
Mais tarde, Clay soube que sua oração, sua preocupação por suas almas e não pela sua própria, havia tocado o coração dos soldados e oficiais em serviço.
Uma simples oração tinha salvado sua vida e prolongado sua miséria. Ele passou nove meses acorrentado, cumprindo pena por sua recusa a carregar um rifle.
Após sua libertação, tinha encontrado uma razão após outra para não voltar para Cedar Grove. Até o fim da guerra.
Ele chegou em casa no Natal e descobriu que a única paz dentro de sua vida residia dentro de sua consciência. Além disso, a guerra tinha o seguido até sua casa.
7 de agosto de 2015
A Noiva do Duque
Louisa Wentworth sabe que nunca encontrará um bom partido, por causa da precária condição financeira de sua família. Resignada a permanecer solteira, a linda e orgulhosa dama concorda em ser acompanhante de uma jovem herdeira americana que está à procura de um marido nobre nos conturbados círculos sociais de Londres.
O atraente duque de Hawkhurst precisa se casar com uma herdeira rica para beneficiar a própria família, e a abastada jovem americana, sita. Jenny Rose, é a noiva ideal. Mas a irritante dama de companhia da moça parece determinada a manter os dois afastados. E o pior de tudo é que Hawk se sente muito mais atraído pela estonteantemente bela Louisa do que por Jenny!
Capítulo Um
Londres, 1888
Dama de origem nobre oferece-se como companhia para jovens americanas. Excelentes referências. Favor enviar pedido de entrevista aos cuidados de lady Louisa Wentworth.
O que significa isto?! Louisa esquivou-se da folha de jornal que o irmão agitava à frente dela, zangado. Com uma calma estudada, limpou os lábios com o guardanapo e o pousou ao lado do prato de mingau.
— Um anúncio.
— Um anúncio — repetiu ele, com um sarcasmo que provocou em Louisa um arrepio na espinha. — Para ser dama de companhia!
— Isso mesmo. Inclusive, já tenho uma entrevista marcada para agora de manhã. Portanto eu agradeceria se me deixasse terminar meu desjejum.
— Não vai ser dama de companhia coisa nenhuma!
Louisa sentiu o estômago se apertar. Depois de ter pesado todos os prós e contras daquela decisão, e ter concluído que não dispunha de melhor alternativa, não permitiria que o irmão nem ninguém a impedisse de concretizar aquele plano.
— Tenho vinte e seis anos, Alex. Já sou madura o bastante para tomar minhas próprias decisões. Ser acompanhante é uma posição mais do que respeitável para a filha de um lorde.
— Como pode ser acompanhante se você mesma precisa de uma?
Ela afastou a cadeira da mesa e se pôs em pé para encarar os olhos azuis e faiscantes do irmão. Por um segundo, perguntou-se se os dela adquiriam o mesmo tom escuro em meio à raiva.
— Uma dama precisa manter a própria reputação quando tem a mínima chance de ser cortejada. Não é o meu caso e você sabe muito bem disso!
Alex deixou cair o queixo diante da explosão, porém não retorquiu.
— Não tenho nenhum dote, meu irmão. Já é hora de encararmos a realidade... Não possuímos nada de valor.
— Temos a nós mesmos!
— Permita-me colocar melhor as palavras: você tem seu valor. Pelo menos possui um título. Eu não tenho nada. Nenhum dote, nenhuma propriedade, nenhuma esperança de atrair um marido apenas pelos meus lindos olhos.
— Não é possível que não exista um homem inteligente neste mundo capaz de lhe dar o valor que você merece!
24 de dezembro de 2013
Na Cama com o Diabo
É conhecido como Conde Diabo, um canalha acusado de assassinato, que cresceu nas violentas ruas de Londres.
Uma dama decente arrisca muito mais que a reputação quando se associa com o diabolicamente belo Lucian Langdon, mas lady Catherine Mabry acredita não ter outra opção.
Faria qualquer coisa para proteger aqueles a quem ama... Inclusive chegar a um acordo com o próprio demônio.
O que Lucian deseja acima de tudo é alcançar a respeitabilidade e uma esposa, mas a mulher escolhida carece de habilidades sociais para ser aceita pela aristocracia. Catherine pode ajudá-lo a conseguir tudo o que quer.
Mas o que lhe pede em troca colocará suas vidas em risco.
Quando o perigo se aproxima, Catherine descobre um homem de imensa paixão e ele descobre uma mulher de incomensurável coragem.
Quando se revelam os sombrios segredos de seu passado, Lucian começa a questionar-se sobre tudo aquilo que acreditava certo, incluindo os desejos de seu próprio coração.
Capítulo Um
Londres, 1851
Sempre dizem que não se deve falar do diabo porque, ao fazê-lo, pode-se atrair sua ardente atenção. Por isso, muito poucos aristocratas falavam de Lucian Langdon, o conde de Claybourne. Entretanto, lady Catherine Mabry, oculta nas sombras da meia-noite, a escassa distância da residência dele, não podia negar que havia se sentido fascinada pelo conde Diabo desde que este se atreveu a apresentar-se em um baile ao qual não havia sido convidado.
Não dançou com ninguém. Não falou com ninguém. Limitou-se a passear pelo salão com atitude de estar avaliando todos os pressente e acabar por decidir que nenhum tinha o menor interesse.
O que mais a inquietou foi que o conde posou seu olhar sobre ela, atrasando-se um ou dois segundos mais do apropriado.
Catherine não piscou nem afastou a vista, embora tivesse que esforçar-se muito por não fazer nenhuma das duas coisas; conseguiu sustentar o olhar com todo o inocente descaramento de que é capaz uma jovem de dezessete anos.
Orgulhou-se de conseguir que fosse ele o primeiro em deixar de olhar. Mas não antes que ao estranhos olhos prateados se obscurecessem e parecessem arder na profundidade do inferno de onde se dizia que havia saído.
Muito poucos acreditavam que fosse o herdeiro legítimo, mas ninguém se atreveu jamais a questioná-lo. Afinal, todo mundo sabia que era muito capaz de cometer um assassinato. Ele nunca se incomodou em negar que tivesse matado o único filho e herdeiro do conde anterior.
Aquela noite, quando se apresentou no baile, pareceu que até o último dos convidados contivera o fôlego; dava a sensação de que todos estivessem esperando ver onde golpearia ou sobre quem descontaria a raiva. Naquela época, todos sabiam já que não era um homem de bom caráter, por isso só se podia assumir que compareceu com algum vil propósito em mente.
Certamente era consciente de que nenhuma das damas presente se atreveria a arriscar a reputação dançando com o conde de Claybourne, e que nenhum cavalheiro permitiria que se questionasse sua respeitabilidade conversando abertamente e de bom grado com ele em um lugar tão público.
Pouco depois, partiu caminhando com tranquilidade, como se estivesse procurando alguém e, ao não encontrá-lo, decidisse que o resto dos presentes não valia a pena. Isso foi o que mais irritou Catherine.
Para sua imensa vergonha, devia admitir que houvesse desejado desesperadamente dançar com ele, que a segurasse entre seus braços e pudesse contemplar uma vez mais aqueles ardentes olhos prateados que inclusive nesse instante, cinco anos depois, continuavam enfeitiçando seus sonhos.
A úmida névoa espessava, e Catherine subiu o capuz da capa para se aquecer enquanto estudava a residência do conde com atenção, em busca de alguma pista que lhe indicasse que ele estava em casa.
Não estava segura de que a fascinação que sentia fosse muito inocente. Na realidade, estava bastante segura de que não era.
Não podia dizer com exatidão o que tanto a interessava naquele homem, o único que sabia era que se sentia irremediavelmente atraída por ele.
Às escondidas, sem que sua família soubesse, depois do primeiro encontro, atreveu-se inclusive a lhe enviar convites para seus bailes e jantares que um servente da mais absoluta confiança entregava em mãos.
O conde jamais se incomodou em agradecer, nem em assistir a nenhuma de suas reuniões. Por isso Catherine sabia, além da noite do baile em que ela o tinha visto pela primeira vez, jamais havia voltado a fazer ato de presença em nenhum outro evento social.
Não era nenhum segredo que não era bem recebido nas melhores casas, por isso se sentia bastante insultada de que rechaçasse suas tentativas de incluí-lo em sua vida. Embora Catherine devesse admitir que os motivos pelos quais queria conseguir tal propósito eram bastante egoístas e não inteiramente respeitáveis. Agora já não podia se dar ao luxo de tentar chegar a ele mediante belos convites em relevo.
Estava decidida a falar com o conde, e se não podia fazê-lo na segurança de um salão cheio de gente, então o faria na privacidade da própria residência deste.
Um calafrio lhe percorreu as costas; tentou atribuí-lo ao frio da névoa, mais que a sua própria covardia. Levava bastante tempo esperando entre as sombras e a umidade a tinha impregnado até os ossos.
Se não se aproximasse logo daquela porta, ao final seria incapaz de parar de tremer e seu plano fracassaria.
Tinha que aparentar que não era nenhum problema falar com ele, se não, só ganharia seu desdém e isso não lhe serviria para nada.
Série Órfãos de St. James
1 - Na Cama com o Diabo
2 - Desejando o Demônio
3 - O Nobre e a Plebeia
4 - Prazeres à Meia-Noite
5 - The Last Wicked Scoundrel
9 de setembro de 2012
Desejando O Demônio
Jack Dodger sobreviveu às ruas de Londres para tornar-se o proprietário de um exclusivo clube para cavalheiros e em um dos homens mais ricos da Inglaterra.
Mas quando o falecido duque de Lovingdon misteriosamente o nomeia tutor de seu herdeiro, um menino de quatro anos, Dodger se vê preso a Olívia, a mãe, que deseja desfazer-se de Jack o quanto antes possível.
Mas este não demora a descobrir um amor que não conhece limites quando acaba apaixonando-se por Olívia e se dá conta de que renunciaria a tudo o que possui só para fazê-la feliz.
Comentário revisora Rosangela Breda : Livro muito bom, uma historia muito gostosa de se ler, com um mocinho que se acha o demônio e um anjo; maravilhoso e sempre protege a quem gosta; uma mocinha decidida, valente, sempre lutando por quem ama. Uma historia com poucas partes hot, mas muito romântica.
Gostei muito da historia.
Capítulo Um
Londres, 1851
Seu rebelde cabelo negro se enrolava provocativamente à altura de seus largos ombros, manifestando a opinião que tinha aquele homem das convenções sociais.
Era evidente que as duras feições de seu rosto tinham sido esculpidas por uma vida de pecado, desobediência e excessos.
Entretanto, era muito belo; sua áspera beleza podia apanhar a uma mulher da mesma forma que a magnificência das costas escarpadas pode deixar sem fôlego qualquer um.
Afastou o olhar do perfil que a tinha encantado desde que tinha entrado em sua biblioteca e se encontrou cara a cara com o delicioso cafajeste Jack Dodger.
Seu antro de jogo proporcionava entretenimento a muitos homens da aristocracia.
Muitas irmãs, esposas e mães tinham escutado balbuciar centenas de referências às libertinagens que tinham lugar nos domínios de Jack Dodger quando seus irmãos, maridos e filhos voltavam para casa a altas horas da madrugada, completamente bêbados.
Em consequência, as damas aproveitavam o chá da tarde para trocar anedotas com a máxima discrição, e falavam da reputação de Jack Dodger e de seu estabelecimento, por isso inclusive as mais refinadas, as que se supunham ser ignorantes de tais coisas, estavam muito bem informadas sobre aquele libertino.
As mulheres o detestavam, tanto ele como a oportunidade que brindava aos homens de suas vidas, que em seu clube se afastavam do bem e da respeitabilidade; entretanto, nenhuma delas podia negar a fascinação que sentiam por alguém tão unido ao pecado.
Sentada junto a ele, Olívia não podia evitar perceber a crua sexualidade que emanava dele.
Estava certa que as mulheres o seguiriam até seu quarto sem que tivesse que dizer uma só palavra.
Distinguia com claridade o aroma de tabaco e uísque que o envolvia e, para sua eterna vergonha, deu-se conta que estava desfrutando dessa escura e masculina fragrância.
Tudo nele falava de proibidas indulgências. Realmente, era a obra do demônio .
Inclusive usava a marca deste perfeitamente visível na parte interior do polegar direito.
Como tinha por costume não fazer uso de maneiras precisamente refinadas, não usava luvas, e naquele momento tinha as mãos bem abertas sobre os braços da poltrona.
Embora ao se usasse mais a prática de marcar os delinquentes, Olívia sabia que o
«L» que Dodger tinha gravada a fogo sobre a pele significava que o tinham sentenciado a passar algum tempo no cárcere por roubo
Ela não tinha especial simpatia por quem se apropriava do que não lhe pertencia legitimamente.
Série Orfãos de St. James
1 - Na Cama com o Diabo
2 - Desejando o Demônio
3 - O Nobre e a Plebeia
4 - Prazeres à Meia-Noite
5 - The Last Wicked Scoundrel
15 de junho de 2012
Amélia e o Fora da Lei
Mas, o que a incomodava era: e se houvesse um outro motivo para a inesperada cortesia na estação. Talvez alguém tivesse cometido um engano. Talvez Jesse Lawton fosse verdadeiramente inocente. O fora da lei fixou o olhar nela, um estremecimento involuntário a percorreu. Ele não parecia nada inocente. Ele parecia absolutamente perigoso.
Capítulo Um
Forte Worth, Texas
Maio de 1881
A primeira coisa que Jesse Lawton notou quando o trem parou na estação foi a garota de pé na plataforma.
Ela era a coisa mais bonita que ele havia visto nos últimos cinco anos.
Seu cabelo loiro estava arranjado e preso, por baixo de um gorro sofisticado, decorado com fitas e laços. As pontas minúsculas de seus sapatos de couro pretos apareciam por baixo da bainha de seu vestido verde.
Ele achou que os olhos eram azuis, mas não podia ter certeza, não desta distância, e pelas janela de um trem sujo.
A garota fez sobressair o lábio inferior em um beicinho que causou contrações dentro dele. Sua boca o fez lembrar dos morangos suculentos que ele saboreava no início verão há muito tempo atrás. Ele os pegava num jardim, que ficava ao lado de uma casa com cortinas de algodão tremulando nas janelas e uma cerca de estacas brancas.
Ele tinha se convencido que a dor no seu intimo era o resultado de estar com fome. não da falta que sentia de todo aquele conforto, que as pessoas daquela casa nem se davam conta. Ele se forçava a engolir as frutas suculentas e não pensar sobre as camas suaves ou as roupas limpas ou um banho morno.
A garota se movia de um lado para outro sobre os saltos de seus sapatos, girando sua pequena bolsinha verde como se estivesse esperando por alguém.
Ele não podia tirar os olhos dela, o que era uma bênção. Olhar para ela o prevenia de ter que reconhecer os olhares dos passageiros que desciam do trem. Ele mantinha as mãos fechadas entre as coxas, para que as correntes em seus pulsos não ficassem tão visíveis. Mas as pessoas as notavam de qualquer maneira. Podia sentir quando percebiam, porque ele os ouvia prender a respiração, ou sussurrar asperamente para seu companheiro de viagem que um criminoso tinha viajado entre eles.
- Eh, senhor, você é um bandido? - Um menino de repente perguntou em voz alta.
Hesitando interiormente, Jesse focou sua atenção mais atentamente na garota. Ela agora estava batendo o pé, sua impaciência aparentemente aumentando.
- Continua em frente, filho, - Disse o homem que se sentava ao lado dele. Jesse não sabia seu nome. O guarda não havia se dado o trabalho de se apresentar quando colocou as algemas.
- Ele é um bandido? - A criança perguntou novamente, sua excitação ecoando no compartimento pequeno. - Não é?
- Costumava ser, - o homem disse. - Não, não é mais não. Agora ele é um prisioneiro do estado.
Jesse se sentia como se tivesse sido um prisioneiro do estado a maior parte de sua vida. Sua mãe o deixou na porta de alguém, embrulhado em um cobertor esfarrapado com uma nota que simplesmente se lia: Por favor o ame.
Ninguém se preocupou em atender seu pedido. Ele foi passado de um para o outro, nunca sentindo que alguém verdadeiramente o quisesse. Pelo menos não até que ele se uniu a quadrilha dos Cavaleiros da Noite. Sob a liderança do Pete-as-vezes-caolho, por um tempo, pelo menos, ele achava que afinal havia achado seu lugar.
7 de março de 2012
O Nobre e a Plebéia
Um duque sedutor.
Frannie Darling foi uma menina de rua que cresceu rodeada de ladrões, delinquentes e marginais perigosos.
Mas embora tenha sobrevivido a esses tempos difíceis de infância e adolescência, e tenha se tornado uma mulher de incomparável beleza.
Frannie não quer envolvimento com os homens que se interessam por ela, os cavalheiros que frequentam a casa de jogos onde ela trabalha.
Frannie é perfeitamente capaz de tomar conta de si mesma e sabe se cuidar... isto é, até ela retornar ao submundo onde cresceu, e descobrir que, de fato, é um lugar muito perigoso...
Diversão sim, casamento não.
É assim que pensa Sterling Mabry, o duque de Greystone.
Frannie, porém, abomina aristocratas arrogantes e egoístas que só pensam em seu próprio prazer.
Mas então por que o simples pensamento de um encontro ilícito com o atraente duque a deixa trêmula do desejo?
E por que seu solitário coração anseia por se entregar para sempre àquele homem?
Capítulo Um
Londres, 1851.
Sterling Mabry, o oitavo duque de Greystone, não soube dizer por que a notara.
Mais tarde ele refletiria se não tinha sido atraído pelo vermelho vibrante de seus cabelos.
Ou talvez fosse o fato de ela encontrar-se no altar ao lado de Catherine, irmã dele, que se casava com Lucian Langdon, conde de Claybourne.
Ou talvez, quem sabe, fosse a maneira súbita — durante a recepção na residência recém-adquirida do cunhado — com que três homens se aproximaram dela, cada um reivindicando seu território, da mesma maneira como acontecia entre os leões da África que ele vira.
Surpreendeu-o nenhum deles ter rugido.
Ao lado da janela da sala de estar, com a taça de champanhe na mão e à espera do brinde obrigatório que liberaria sua volta para casa, Sterling observou o sorriso tímido com que ela conversava e a maneira como inclinava a cabeça de lado, como se partilhasse de um segredo escandaloso.
Ele desejou saber do que se tratava e mesmo sem escutá-la pela distância que se encontrava, imaginou se a voz seria doce como a de um anjo ou se ela cantava como uma sereia, pois os três pareciam hipnotizados pela jovem.
Era óbvio que eles tinham em comum algo de muito especial, pois foi possível ver a afeição que ela demonstrava, em um seu rosto adorável e expressivo, por cada um deles.
Sterling pouco se interessou por aqueles homens, exceto pelo papel que deveriam desempenhar na vida dela. O primeiro ele conhecia muito bem.
Tratava-se de Jack Dodger, proprietário do notório clube masculino aonde Sterling ia com frequência desde sua volta a Londres.
O segundo, o mais alto e corpulento dos três, era uma criatura que ele não gostaria de encontrar em uma viela à noite...
Série Órfãos de St. James
1 - Na Cama com o Diabo
2 - Desejando o Demônio
3 - O Nobre e a Plebeia
4 - Prazeres à Meia-Noite
5 - The Last Wicked Scoundrel