Mostrando postagens com marcador Promessa de Felicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Promessa de Felicidade. Mostrar todas as postagens

27 de fevereiro de 2011

Promessa de Felicidade

Mais que o cumprimento de uma promessa, ela queria o amor daquele homem...

Com a perda do pai, e a ocupação de Vicksburg pelas tropas da União, Elizabeth Benedict foi obrigada a amadurecer cedo. Determinada a conservar a propriedade da família até que o irmão voltasse da guerra, foi surpreendida pela chegada de Jake Travers, um texano alto e bonito, que lhe deu a notícia de que o irmão morrera, e o tinha feito prometer que cuidaria de Elizabeth...
Com o fim da guerra, tudo que Jake queria era voltar para Austin e à pacata vida de antes. Obrigar uma moça teimosa a ir embora de seu rancho no Mississipi não estava em seus planos. Mas Jake não demorou muito para perceber que ter a seu lado a bela Elizabeth significava muito mais do que honrar sua palavra... E que o que mais queria ouvir dela era a promessa de que iria amá-lo para sempre...

Capítulo Um

Vicksburg, Mississípi Julho de 1865.
— Ele está morto? — Não, está dormindo. — Então, dê-me a arma para eu acabar com ele.
Jake Travers rolou para o lado e pôs-se em pé de um salto, levando a mão ao coldre. Seu revólver tinha sumido. O rifle também não se encontrava onde o colocara na noite anterior, ao entrar no celeiro para dormir. Pelo menos Midnight ainda permanecia na baia, ao lado do cavalo de Luke.
Um homem negro, forte e alto, esforçava-se para tomar a arma de Jake das mãos de um garoto branco.
— Dê ao homem uma chance de se explicar.
— Está bem! Mas depois atiro nele — o garoto respondeu com determinação.
— Que diabinho, não? — Jake observou o menino, vestido com roupas grandes demais para o seu tamanho. Sentiu-se ali¬viado por ver que o homem negro estava no controle da arma e lhe estendeu a mão, ignorando o garoto.
— Você deve ser Garth. Sou Jake Travers; Lucas e eu luta¬mos juntos na guerra, sob o comando do general Lee.
O menino correu para a baia e abraçou o animal ao lado de Midnight.
— Ladrão! Por que está com Champion? — Voltou-se para Jake, furioso. — O que fez com meu irmão? Ele preferiria morrer a se desfazer deste cavalo. — O garoto hesitou, assusta¬do com a própria afirmação.
Jake voltou-se para o ex-escravo.
— Mas... o que... Luke não me disse que tinha um irmão, e sim uma irmãzinha.
Garth deu de ombros. Tirou o chapéu da cabeça do garoto e uma cascata de cabelos loiros caiu-lhe até abaixo da cintura.
— Apresento-lhe Elizabeth Jordan Benedict, irmã de Lucas Lindsay Benedict. Ela vem usando essas roupas de homem des¬de que os ianques tomaram Vicksburg. Lucas ainda a conside¬rava uma menina quando partiu para a guerra, mas agora, como pode ver...
Jake ficou confuso. Ela se assemelhava à moça que tinha visto nua, no lago, quando se aproximava do rancho. Não, de¬finitivamente não era uma criança, era um problema. Mas não podia ser a mulher que tinha visto no dia anterior; aquela tinha seios grandes, cintura fina, quadris largos, pernas longas... A moça à sua frente era de compleição delgada, mais parecendo o menino que tinha visto saindo correndo do mesmo lugar.
Elizabeth lançou-se sobre ele, esmurrando-o.
— O que fez com Lucas? Ele jamais venderia Champion! — Sinto muito, Beth. — Jake abraçou-a. — Não queria que soubesse desta maneira.Sentiu novamente a profunda tristeza que o atingia sempre que se lembrava daquele dia.— Luke foi morto em Appomattox. Antes de morrer, dei-lhe minha palavra de que viria ao Mississípi buscar sua irmãzinha e levá-la comigo para o Texas. — Olhou para a moça em seus braços.— Minha família a acolherá como filha.
— Por que o matou? Solte-me! Assassino sujo!
Jake engoliu em seco, tentando combater a sensação de náu¬sea que o acometia com freqüência desde que presenciara a morte do amigo.— Beth, ele morreu para salvar minha vida da bala de um franco-atirador, algumas horas antes da rendição.
— Não me chame de Beth. Só Lucas me chama assim! — ela gritou, perdendo as forças.
Jake amparou-a, e seu corpo reagiu quando a ergueu nos braços; era alta para uma mulher, porém leve e delicada.— Onde devo deixá-la? — perguntou bruscamente a Garth. Ele apontou para uma pequena casa.
— As moças vivem lá desde que a casa-grande foi incendiada.
Na porta da casinha estava uma mulher mulata, que lhes in¬dicou o quarto de Beth. Jake colocou-a na cama com cuidado e a fitou. Pensara que já tivesse se acostumado com a morte de¬pois de quatro anos de guerra, mas os soluços desolados da irmã de Luke trouxeram lágrimas a seus olhos.
— Vou cuidar dela. Aconteceram muitas coisas de uma vez. Enterramos mãe Belle ontem, e agora isto
— Garth comentou.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, a jovem mulata balbuciou:
— O que será de nós?
— Não sei, Monique, vou pensar em alguma coisa.
— Garth, precisamos conversar. — Jake bateu em seu ombro e saiu para a varanda.
— O que aconteceu?