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10 de fevereiro de 2013

Promessas de Amor



Paixão que liberta...

Sara Waverly acata a decisão do pai de casá-la com o autoritário e implicante Jacob Talbert. 

O sofrimento estampado nos olhos de Jacob tocam o coração de Sara tão intensamente quanto a presença dele lhe desperta toda a sua feminilidade.
Poderia a delicada Sara ajudar Jacob a libertar-se das lembranças de um passado doloroso e juntos encontrarem o amor?
Assim que vê a linda e jovem Sara tendo à sua frente quatro andarilhos inescrupulosos, Jacob não hesita em salvá-la. 
Homem obstinado, com a alma ferida pela guerra, ele apaixona-se pela pequenina Sara que é tão pura e virtuosa quanto ele é pecador. No entanto, Jacob tem um desafio pela frente: exorcizar os medos que guardam seu coração antes de reivindicar seu direito à felicidade que o amor de Sara promete...

Capítulo Um

Território do Colorado do Norte, Primavera, 1867
Jacob puxou as rédeas do cavalo para observar a cena que se passava a poucos metros do lugar onde se encontrava. A moça era muito bonita. Ou melhor, linda de fazer um homem perder a cabeça.
Não parecia amedrontada, mas isso não queria dizer que não estivesse com medo. Ele tinha visto soldados ianques tão aterrorizados que chegavam perder toda expressão. Pareciam autômatos ao marchar contra os Rebeldes.
Os olhos cor de âmbar da moça eram um pouco mais escuros do que os cabelos, na forma de penteados formando uma única trança, longa e grossa, caída sobre o ombro. Moça pequenina, de­licada. Parecia frágil demais para enfrentar aqueles quatro homens imundos que a encaravam como se ela fosse um prato de carne sobre a mesa.
- Podemos ajudar seu pai com o maior prazer, mocinha - disse um dos homens esfregando a mão entre as pernas, num gesto indecente. - Só pedimos em troca um pouco de gentileza.
Automaticamente Jacob segurou com força a coronha do rifle Spencer. Sua vontade era descer do cavalo e descarregar o tambor da arma na garganta do atrevido, mas decidiu esperar.
- Sim, doçura, tudo o que queremos é passar um tempinho com você - disse o segundo homem, baixinho, e tão bêbado que mal parava em pé.
O terceiro homem, querendo participar do jogo, puxou o bai­xinho para trás.
- Isso mesmo, lindeza. Somos cavalheiros à procura do con­forto de uma mulher.
Jacob estreitou os olhos e avaliou cada um daqueles homens. Os três que haviam exposto suas intenções eram quase da mesma altura e gorduchos. Deviam ter sido fortes quando jovens, mas agora tinham mais gordura do que músculos. Percebendo que o quarto homem, alto e magro, era o líder do grupo, Jacob concen­trou nele sua atenção.
Com a mão esquerda, Jacob ergueu a aba do chapéu para ter uma visão melhor da rua. O vento forte e gélido indicava que o inverno ainda não cedera lugar à primavera.
A moça havia notado a presença do cavaleiro. Prova disso era que arregalou os olhos quando ele entrara na sua linha de visão. Como se não desejasse vê-lo, porém, com o olhar dela se voltara para os quatro rufiões, de pé, à sua frente.
Naquele breve segundo Jacob vira uma terna inocência refle­tida nos suaves e aveludados olhos. O sol da tarde emprestava aos cabelos da jovem um arco-íris de tons terrosos. Ao longo da grossa trança dançavam matizes de rico castanho-avermelhado e brilhante castanho-dourado, uma beleza elemental que atraía a atenção de qualquer homem com olhos para ver. Jacob sentiu um estremecimento na boca do estômago; algo como uma semente que forçava o solo congelado para libertar-se.
Ao ouvir um comentário lascivo sobre qual seria o tamanho dos seios da moça, Jacob voltou à realidade. Encheu os pulmões de ar, sentindo o mau cheiro dos corpos imundos e de uísque. Permaneceu imóvel, observando os sorrisos obscenos dos ho­mens. Quando o segundo deles adiantou-se e estendeu a mão para tocar a longa trança, a moça esquivou-se, trêmula.
- O que há, mocinha? Está com medo do velho Morgan?