
Uma paixão proibida!
As Terras Altas da Escócia são uma região de grande beleza, mas também de imenso perigo.
Por isso, quando Aimil Mengue é capturada por um clã inimigo, ela tem razão em temer por sua vida... e também por sua castidade, pois seu captor é o infame guerreiro Parlan MacGuin.
A reação inicial de Aimil é odiá-lo, porém, Parlan é muito mais honrado, e infinitamente mais atraente, do que ela imaginava.
Embora esteja prometida a outro homem, Aimil não pode negar o desejo que sente pelo homem que a mantém cativa.
Parlan MacGuin conhece sua fama de guerreiro destemido e implacável, e faz uso disso para conquistar terras e corações femininos.
Aimil, contudo, representa outro tipo de conquista. Parlan sente um desejo novo e inexplicável pela mulher que mantém prisioneira, à medida que a paixão proibida que os une ameaça deflagrar uma batalha sangrenta entre os clãs... ou preencher seus corações para sempre!
Capítulo Um
Escócia, 1500
O espanto congelou as feições do belo jovem quando o cavalo no qual ele montou deitou-se, lançando-o ao chão.
Por um instante, ele simplesmente encarou o garanhão branco se levantar devagar. Limpando as roupas ao se erguer, olhou fixamente para a moça pequena e delicada que, sentada pouco além, ria convulsivamente.
— Pirralha! — disse ele com afeição na voz.
Um sorriso começando a surgir em seus lábios. — Quando foi que lhe ensinou esse truque?
— Enquanto você se divertia em Aberdeen, Leith. Leith sorriu ao se deitar ao lado da irmã, acomodando a cabeça sobre os braços cruzados.
— E que dias gloriosos eu tive...
— Você não toma jeito mesmo, não é? — Os olhos cor de água marinha de Aimil brilhavam de contentamento. — O que tia Morag diria?
— Deus me livre disso! — ele observou ao se sentar. — É melhor voltarmos, está ficando tarde.
— Temos mesmo? Não saí sequer uma vez daquele castelo o mês inteiro.
— É mais seguro já que os MacGuin estão à solta de novo. Eu não deveria ter permitido que você me convencesse a sair.
Nem mesmo estando vestida como um rapaz. Nós até podemos passar despercebidos, mas não esse seu garanhão. — Segurando-a pela mão, Leith conduziu-a até o cavalo. — Agora me conte sobre esse casamento do qual ouvi comentários. — Viu que ela empalidecia.
— Ah, não!... É o que estou pensando?
— Sim, mas não consigo me conformar. Eu não gosto de Rory Fergueson.
Nem Leith gostava, mas refreou o comentário.
— Vou falar com papai.
— Isso de nada adiantará, o casamento foi arranjado há muito tempo. E papai parece ansioso para se livrar de mim.
Não havia como Leith negar essa triste verdade.
O fato era que, desde que Aimil havia começado a mostrar os primeiros traços de mulher, era ignorada pelo pai. As irmãs mais velhas sabiam disso, e os dois irmãos mais novos também, bem como o restante do clã.
Qualquer tentativa de tocar no assunto com o pai resultava num ataque de fúria ou num silêncio resoluto.
E, agora, ele estava disposto a entregá-la a um homem sobre o qual se ouviam os boatos mais hediondos.
— Mesmo assim tentarei falar com ele. Papai lhe deu alguma explicação sobre o porquê de o casamento ser realizado agora?
— Disse simplesmente que já era hora de eu me casar
— Aimil falou com um tom de frustração na voz. — E que havia prometido isso a um velho amigo.
— Isso não é um bom motivo. Se você está sendo obrigada a se casar com. um homem que não quer, ele ao menos precisa lhe dar um bom motivo. Ainda que o arranjo tenha sido feito enquanto você era apenas um bebê.
Aimil sorriu diante da zanga do irmão. Leith era tão parecido com o pai... Ele distribuía ordens que esperava ver cumpridas imediatamente.
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