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27 de junho de 2016

Coração Guerreiro

ROMANCE HISTÓRICO SOBRENATURAL
Série Família Ly-San-Ter


Primeiro, Brittany Callaghan acha que está sonhando. 

Até porque não está acostumada a ver deuses nórdicos, de mais de dois metros de altura, em sua pequena cidade da Califórnia. Mas quando o espetacular loiro Viking aparece em sua porta, ela reconhece que o seu homem ideal é muito real. Apesar de sua impressionante beleza escultural, inteligência e independência, 
Brittnay segue lutado ardualmente para conseguir respeito em um mundo de homens. Então, fica surpresa quando seu visitante, cujo nome é Dalden, informa que ele é, de fato, um guerreiro bárbaro.
Mas Dalden está muito longe de casa, precisa de sua ajuda, e está disposto a pagar para tê-la, por isso que, se ele se imagina um selvagem, está tudo bem pra ela. Guerreiro ou não, ela gostaria de conhecer este gigante sexy e lindo, muito melhor.
A verdade será um rude despertar para ela, pois Dalden é exatamente o que ele diz ser. De onde ele vem, a força bruta é a lei. Os homens são todo-poderosos, e suas mulheres sempre devem obedecê-los. 
Tão ousada e impetuosa como é, a linda Brittany não vai ser subserviente a qualquer homem, mesmo aquele que é tudo o que ela sempre quis em um amante, e cujo toque deixa seus sentidos em chamas.
Se o seu relacionamento com o deus nórdico se tornar cada vez mais sério, isso certamente terá que mudar. Mas Dalden é um guerreiro até as profundezas de sua alma. Orgulhoso, poderoso e corajoso. Um homem acostumado a lutar, sem medo e sem descanso, pelo que ele quer, e ganhar. E agora, o que ele quer, acima de tudo... é Brittany.

Capítulo Um


Brittany Callaghan se olhou fixamente no espelho da penteadeira, satisfeita com o resultado. A blusa era de lantejoulas, chamativa, mas não excessivamente provocante. As joias
glamorosas, nada ostentosas. A saia longa de veludo, elegante, fina, com um corte até o joelho. Levou duas horas para se arrumar, e não porque fosse necessário tanto tempo para ficar bonita, mas sim porque aquela noite era especial, então demorou mais tempo do que o habitual nos preparativos.
A maquiagem, no entanto, realçava o verde profundo de seus olhos. Jan, sua companheira de quarto, tinha-lhe arrumado os cabelos, e conseguido dominar os longos cabelos acobreados em um penteado preso perfeito que lhe tinha merecido todos os elogios na classe de esteticista. Elas formavam uma dupla fantástica como companheiras de quarto, e faziam intercâmbios: Brittany era capaz de arrumar qualquer coisa que se quebrasse no apartamento e mantinha o carro de Jan em perfeito estado e enquanto isso, Jan estava acostumada a ocupar-se da cozinha e penteava Brittany para as ocasiões especiais, já que esta nunca tinha tempo de ir ao salão.
Levavam três anos dividindo um apartamento em Seaview, uma pequena cidade com um nome engraçado, por que, apesar de chamar-se “Vistamar”, não ficava próximo ao oceano. A brincadeira de sempre entre os que moravam ali era que se chamava assim prevendo o “grande terremoto” que algum dia iria lhes trazer a costa até a porta de casa. Uma piada de mau gosto, certamente, mas na Califórnia, ou brincava-se sobre os terremotos ou se mudava de um lugar a outro.
Seaview era uma das novas cidades que foram se dispersando para o interior, longe das grandes multidões, mas a uma distância segura para os que tinham que ir trabalhar na cidade grande. No seu caso, São Francisco era a mais próxima. Elas estavam suficientemente longe para não sofrer a umidade e as névoas da baía, mas aproveitavam do mesmo clima moderado. Na verdade, Sunnyview (“Vistasol”) teria sido um nome melhor para essa cidade.
Era ideal ter uma companheira de quarto com quem se dava tão bem. Jan era pequena, cheia de vitalidade e sempre tinha à mão um namorado com quem podia fazer tudo o que quisesse, embora durasse pouco, coisa que não lhe importava especialmente. Ela gostava de homens e tinha a necessidade de ter sempre um por perto, embora nenhum levasse a sério. Seu único defeito, se é que podia chamá-lo assim, era que, no fundo, era um pouco vaidosa. Podia não ser capaz de decidirse por nenhum de seus homens, mas não via motivo algum para que suas amigas não o fizessem.
Nesse sentido, Brittany provou ser um desafio, mas não pelas razões habituais, já que era bonita, inteligente, responsável, tinha uma vida profissional interessante e objetivos louváveis. Sua única desvantagem era que media um e oitenta e dois de altura.
A altura sempre foi um problema para Brittany, desde a infância. Foi um verdadeiro obstáculo para os seus relacionamentos amorosos, até a ponto de ter abandonado qualquer esforço para se envolver.
Tinha tentado relacionar-se com homens mais baixos que ela, mas nunca funcionava. Eles sempre terminavam fazendo brincadeiras sobre sua altura, ou os amigos zombavam dele ou o mais frequente, o menino roçava acidentalmente seus peitos na cara, de propósito, claro. Tinha decidido que, quando se casasse, seu marido teria que ser pelo menos tão alto quanto ela. Melhor se fosse mais alto, embora como não confiasse em ter tanta sorte, se conformaria com a mesma altura.
Com tal deficiência, tendia a detectar os homens altos de primeira. Infelizmente, os altos estavam acostumados a ter as pernas muito longas em comparação com o resto do corpo, o que para alguns dava um aspecto bem estranho, sobretudo aos mais magros. Apesar disso, estava disposta a aceitar os estranhos. Não era muito exigente, só que não queria olhar seu marido de cima.
Mas apesar de já estar perto dos trinta, a questão marido ficava muito longe, ou assim ela pensou. Não é que não quisesse, eventualmente, mas ela tinha seus objetivos muito claros, e o principal era ter sua própria casa, construída com suas próprias mãos, e concentrou todos os seus esforços.
Tinha dois empregos: pelas tardes e todos os sábados, no balneário local, onde se mantinha em forma ajudando os outros a fazer a controlar dietas e desenvolvendo programas de exercícios, e pelas manhãs no Arbor Construction.
No domingo era seu único dia de folga, e a única ocasião que tinha para cuidar de suas tarefas cotidianas como escrever para a família, rever o talão de cheques, pagar as contas, limpar a casa, lavar a roupa, ir às compras, organizar o carro, etc. Também era o único dia em que podia, simplesmente, relaxar, e preferia passar o tempo livre recuperando o sono atrasado ou desenhando a casa ideal e se esforçando para estabelecer um relacionamento. Os dois trabalhos não lhe deixavam muito tempo para sair com homens, até que conheceu Thomas Johnson.

Série Família Ly-San-Ter
1 - A Mulher do Guerreiro
2 - Algo Mais que o Desejo
3 - Coração Guerreiro
Série Concluída

27 de dezembro de 2014

Algo Mais Que O Desejo

ROMANCE HISTÓRICO SOBRENATURAL
Série Família Ly-San-Ter

Em busca de um amor verdadeiro e gentil, a ardente Shanelle Ly-San-Ter foge dos avanços lascivos do bárbaro de olhos azuis que foi escolhido como seu companheiro, confusa e assustada com os anseios febris que o bruto bonito despertou em sua alma inocente.

Um guerreiro, viril e magnífico Falon Vanyer está sobrecarregado com intenso desejo pela beleza de espírito que jurou nunca ser sua. 
E embora os próprios céus conspirem contra ele, vai buscar o seu prêmio sensual, e enfrentar qualquer perigo para conquistar e reivindicar a guardiã de seu coração.

Capítulo Um


Shanelle Ly-San-Ter caiu de costas sobre o colchonete de ginástica, com falta de fôlego por uns instantes. Um ponto para o Corth. A moça havia lhe dito que não lhe desse essa vantagem, e o androide levou suas palavras ao pé da letra.
— Por que você permite que essa coisa faça algo assim a você? — Alguém perguntou atrás dela.
Shanelle recuperou o fôlego e o soltou com um gemido. Na verdade, essa pergunta de Jadd Ce Moerr lhe incomodou, um dos companheiros de graduação de "Descobridores Mundiais", onde acabou de passar os últimos nove meses. Obedecendo a um impulso, Shanelle tinha convidado alguns de seus novos amigos a voltar para sua casa junto com ela e passar os três meses de férias disponíveis antes de começar suas respectivas carreiras e, nessa ocasião, não lhe passou pela cabeça que algum dos cadetes do sexo masculino poderia aceitar a oferta.
Como a maioria dos formandos da turma de Shanelle, com exceção dela mesma, Jadd só tinha dezoito anos. De acordo com as descrições da moça, era de baixa estatura, similar a de qualquer macho darash, a classe dos criados na Sha-Ka'an, o planeta onde Shanelle tinha nascido. Consequentemente, a idade e a pequena estatura relativa lhe davam o aspecto da criança que realmente era. Quando Dalden, o irmão da jovem, fez dezoito anos, ninguém duvidava de que fosse um homem feito. Mas o cabelo castanho claro, os olhos cinza, a expressão permanente de ansiedade e muitas vezes a falta de tato que tinha o moço para fazer perguntas como a que acabava de fazer, ela era forçada a considerá-lo um menino.
Shanelle ficou em pé, jogou a longa trança dourada para trás dos ombros, virou-se bruscamente e olhou para o homem kystrani com os olhos ambarinos entrecerrados.
— Senhor Ce Moerr: Corth não é uma "coisa"... é como um membro da família para mim.
Era evidente que Shanelle estava com raiva. Quando estreitavam, desse modo, seus olhos amendoados eram desconcertantes. Além disso, Shanelle Ly-San-Ter não era uma mulher baixa. Na verdade, era quase tão alta como ele, e Jadd, com seu um metro setenta e sete de estatura, ultrapassavam o nível atual em Kystrani. Claro que Shanelle era kystrani só por parte de mãe. A outra metade era Sha-Ka’ani puro, e sabia que essa era uma casta de guerreiros.
No entanto, a última coisa que desejava Jadd era que Shanelle se zangasse com ele pela simples razão de que estivesse tentando ficar com ela o maior tempo possível desde que se formaram. Se os alunos não fossem proibidos de compartilharem atividades sexuais antes de se formarem, ele teria tentado muito tempo antes. Estava louco por permanecer com a jovem na mesma classe e não poder tocá-la. Ele ficou louco, porque Shanelle se negou a manter relações sexuais com ele, para não mencionar um compromisso mais permanente. Sem lugar a dúvidas, era a mulher mais bonita que Jadd já tinha conhecido.
Ele tentou tranquilizá-la, embora não soube muito bem por que ela estava com raiva, porque para Jadd a ideia de "família" era estranha para ele. O simples fato de ter uma mãe e um pai, como acontecia com a Shanelle, parecia estranho, embora ele tivesse pesquisado essa parte nos estudos o que estava acontecendo em outros planetas. Em Kystrani, os meninos eram concebidos em úteros artificiais e eram criados em centros especiais para esse fim. Em Sha-Ka'an persistia o bárbaro costume de que as mulheres os concebessem.
— Vamos, Shanelle, seu androide é só uma máquina. Até eu sei que as famílias são compostas por pessoas vivas — Disse Jadd.
— É verdade, por isso eu disse que era "como" um parente. Mas para mim, essa é uma ligação íntima. Quanto ao Corth, não somente ele parece humano como o próprio computador Mock II de minha mãe que passaram anos desenhando a programação de Corth, e agora ele tem tanta liberdade de pensamento com a mesma Mock II dela. Além disso, foi meu parceiro protetor desde o dia em que nasci, e embora ele não se ofenda por ser chamado de "coisa", eu garanto a você que eu sim. 

Série Família Ly-San-Ter
1 - A Mulher do Guerreiro
2 - Algo Mais que o Desejo
3 - Coração Guerreiro
Série Concluída

24 de outubro de 2013

A Mulher do Guerreiro

ROMANCE HISTÓRICO SOBRENATURAL
Série Família Ly-San-Ter 

No planeta Kystran, no ano 2139, um lugar onde as regras de tecnologia não dão nenhum espaço para a paixão, a guarda de segurança de primeira linha 

– Seg 1, Tedra De Arr, é uma força a ser reconhecida. 
Escultural, de uma beleza surpreendente e a altura da perfeição física, Tedra nunca conheceu o toque de um homem, só porque nenhum homem, em seu planeta, pode vencê-la na batalha ou na cama. 
Quando o planeta é tomado por um déspota do mal, Tedra consegue fugir com sua amiga Martha, um computador rabugento. 
Juntas, elas encontram refúgio em um mundo exótico, onde os poderosos guerreiros reinam supremos, num planeta alienígena, no qual, a inocente e insolente, Tedra, desafia um bronzeado bárbaro chamado Challen. 
Infelizmente para Tedra, ela perde e deve se tornar escrava de Challen, cumprindo cada desejo seu "mesmo quando ele dorme". 
Mas o que começa como uma punição logo se torna alegria sensual, quando ela descobre o que significa desejo, enquanto tenta, sem sucesso, extinguir a sua paixão a fim de salvar o seu mundo.

Capítulo Um

Kystran, 2139 D.C. (Depois da Colonização)
A manifestação contra a matança de boskratas já levava três dias seguidos com os estudantes de ecologia partindo diante do Laboratório Científico de Fanya, enquanto acendiam e apagavam as luzes de néon multicoloridas dos seus estandartes projetados em protesto contra a necessidade de extinguir outra espécie animal em nome da ciência. Os distúrbios previstos já tinham começado e estavam agora em seu apogeu, suas filas aumentadas com os cidadãos aborrecidos e frustrados na busca de um pouco de excitação e liberação de suas tensões.
Se estivessem envolvidos unicamente os ecologistas que tinham feito uma arte do protesto, não existiria nenhum problema sério, mas a Clínica Antitensão estava fechada há uma semana, para sua remodelação e ampliação, os cidadãos solteiros de Fanya, que não se registraram para a dupla ocupação se mostravam mais agressivos que de costume.
— Se não receberem diariamente seu tratamento sexual nas clínicas, acreditam que chegará o fim do mundo -queixou-se o chefe de ciências de Fanya ao atual representante do Kystran, Garry C. Bernn- Estes jovens não recordam como era a vida antes que tivéssemos clínicas antitensão em todas as cidades.
— Nós tampouco! -replicou o representante, gélido, mas apesar disso, tinha acessado o requerimento de enviar um guarda de segurança para lhe apaziguar.
Tedra de Arr foi a afortunada voluntária que recebeu a ordem de deslocar-se a Fanya para dirigir-se a seção de segurança local. Logo depois de uma hora no lugar tinha compreendido que, se a multidão crescente se debandava, não teria alternativa que dominá-la com graves riscos para os ossos e até a vida de alguns dos revoltosos. A Divisão de Segurança de Fanya não era outra coisa que um grupo de novatos que não distinguiam as unidades phazor das unidades de comunicação, razão pela qual nunca lhes tinham entregado as unidades combinadas. E se os cidadãos decidiam se converter em seres destrutivos, ao tentar resgatar às horríveis e diminutas boskratas, não via nenhuma possibilidade de detê-los com a sorte da ajuda disponível nesta pequena cidade.
Com apenas quarenta homens sob seu comando e pelo menos cem cidadãos que já estavam derrubando as portas de acesso, Tedra considerou a ideia de escapulir silenciosamente pela porta traseira. Isso era, precisamente, o que tinham feito esses cientistas assustados e não lhe importava um maldito caminho dessas pequenas criaturas escamosas que tinham deixado para trás para que ela as defendesse. As defender, nem pensar! Não podia suportar essas coisas horripilantes, assim por que quereria as defender?
Murmurava maldições ao homem que a tinha mandado realizar esta tarefa temporária antes de desprender de seu cinturão o rádio transmissor que a comunicava diretamente com Martha, seu computador Mock II de uso pessoal.
— Conhece as estatísticas, Martha. Que probabilidades têm de arrebatar as boskratas e fugir?
— Em torno de sessenta por um -ouvia a voz extremamente feminina através da pequena unidade de rádio que cabia em uma mão. Contudo a ouviu forte e claro- se não fosse pela Clínica Antitensão estar fechada...
Tedra cortou a comunicação com um grunhido e devolveu a unidade compacta a seu cinturão.
— Maldito sexo! -resmungou baixo- Quando se converteu em essencial, em curar tudo, em obrigatório para não desmoronar-se... ou voltar-se violento?
— Você disse algo, Seg 1?
Tedra deu a volta e olhou o jovem que estava as suas costas. Na realidade era um menino. Não podia ter mais de dezoito anos. Obviamente, quando tinha essa idade havia estado à frente de sua classe, trabalhando ativamente durante um ano embora continuasse seu treinamento, já era incomparável em sua especialidade. Isso já fazia cinco anos. Quatro anos atrás tinha ganhado seu cargo atual, Seg 1, o cargo mais alto para um perito em combate mano a mano ou com armas. O jovem que lhe tinha falado nem sequer chegara a Seg 5, o cargo mais baixo, embora tinha que ser atribuído a ela. Não deveriam lhes enviar para cumprir tarefas ativas até que estivessem preparados, mas não se podia dizer isso à administração, especialmente quando havia tal escassez de elementos de segurança disponíveis. A grande maioria destas últimas ninhadas de estudantes escolhia treinar para carreiras menos arriscadas, as que lhes proporcionassem mais satisfações, sobretudo em um planeta que não estava em guerra e que pertencia a uma liga de planetas dedicados à paz e ao comércio lucrativo.
— Não, não disse nada, Seg 5, mas direi agora. Deixaremos que os cidadãos obtenham o que desejam, porque não acredito que um edifício e um punhado de horríveis boskratas fedorentos valham tanto para matar alguém. Mantenha-se afastado, fora do caminho e rogue que se conforme com as boskratas, caso dirijam-se a você, dispare o raio paralisador e se isso não for suficiente, corra como o demônio. Passe a ordem para que dispararem somente para paralisar. Se no final tiver sequer um cidadão morto, quando tudo tiver se passado, os seguranças se verão comigo! 

Série Família Ly-San-Ter
1 - A Mulher do Guerreiro
2 - Algo Mais que o Desejo
3 - Coração Guerreiro
Série Concluída