Ela fugiu de um bordel... e parou na cama de um libertino!
A tímida Celina Shelley pensava que sua vida estaria resolvida se abandonasse o lar de seu rigoroso pai e buscasse refúgio ria casa de uma tia distante.
Para sua surpresa, ela descobriu que sua salvadora era dona de um bordel de elite!
Ao buscar abrigo na casa de um dos protetores de sua tia, em vez de um senhor de idade encontrou Quinn Ashley, também conhecido como Lorde Dreycott, um homem de porte elegante e olhos faiscantes de desejo pela bela Celina...
Afinal, nada mais tentador do que uma mulher que se vestia como uma freira, falava como um anjo, porém flertava como uma tentadora cortesã!
Capítulo Um
Dreycott Park, litoral norte de Norfolk 24 de abril de 1815
— Ele está chegando!
Johnny, o menino que cuidava das botas e calçados de todos os moradores da mansão, entrou correndo pela porta da frente, a camisa meio fora da calça, o rosto vermelho pela corrida desde, seu posto de observação no gazebo no alto da Flagstaff Hill. Subia para lá todos os dias e ficava o dia inteiro, desde que havia chegado a mensagem de que o herdeiro do falecido lorde Dreycott saíra de Londres e estava á caminho de casa.
Lina desistiu de fingir que costurava na sala de estar e foi para o hall. Trimble, o mordomo, estalava os dedos e mandava os lacaios reunirem os demais empregados da casa no hall.
Lina não conseguira fazer nada com tranqüilidade desde o funeral de lorde Dreycott, quatro dias antes. Quando fugira da casa de sir Humphrey Tolhurst, aterrorizada, desesperada e procurada pela polícia, a tia a mandara para a mansão rural de um velho amigo... e para a segurança, acreditara Clara. Mas agora seu idoso protetor estava morto.
Lina alisou as saias do vestido negro e tentou manter a compostura. Aquilo era o fim de seu santuário, depois de apenas sete semanas de tranqüilidade.
Lina alisou as saias do vestido negro e tentou manter a compostura. Aquilo era o fim de seu santuário, depois de apenas sete semanas de tranqüilidade.
Desde que fugira de Londres com uma recompensa por sua captura, acusada de um roubo que não praticara. O herdeiro estava a caminho para reclamar o que era dele e, sem dúvida, para expulsar hóspedes indesejáveis de sua casa... e, então, o que seria dela?
— Onde estão as carruagens? Quantas são? — perguntou o mordomo ao garoto.
— Nenhuma carruagem, sr. Trimble, senhor. Apenas dois cavaleiros e um cavalo de carga. Eu os vi passar pelo portão da estrada de Cromer em passo lento, os animais parecem cansados. Ainda devem demorar um pouco para chegar.
— Mesmo assim, apressem-se.
Depressa, faça as malas, pegue este dinheiro e fuja. O elegante hall quadrado de entrada da mansão desapareceu e se transformou num quarto de dormir. Tia Clara, os lábios brancos, o rosto devastado depois de uma semana de doença, ergueu-se com dificuldade sobre os travesseiros depois que Lina, soluçando, lhe contou sua história.
— Ele não a tocou? — sussurrara com urgência, e as duas olharam para a porta fechada. O brutamoijtes contratado por Makepeace poderia voltar a qualquer momento. — Juro que farei Makepeace pagar por isso.
— Não, Tolhurst não me tocou. — O alívio ainda era avassalador, o único fato positivo em todo aquele pesadelo. — Ele me mandou tirar a roupa enquanto olhava, então se despiu. — Precisou de um momento para afastar da mente a imagem repugnante do corpo gordo de meia-idade, a pele manchada, aquela coisa que se erguia, meio mole, sob o ventre avantajado de Tolhurst. — Então ele começou a estender a mão para mim... E arquejou, os olhos esbugalharam, o rosto ficou vermelho e ele caiu. Assim, toquei a campainha para pedir ajuda, vesti a roupa e...
— Ele estava morto? Tem certeza?
— Oh, sim. — Lina não conseguira se obrigar a tocá-lo, mas soube. Os olhos azuis protuberantes estavam fixos nela, ainda ávidos de luxúria até se tornarem opacos. Observara-o com horror enquanto se vestia rapidamente, atrapalhada com fitas e ligas. — Todos entraram então... o valete, o mordomo, o filho mais novo, Reginald Tolhurst. O sr. Tolhurst se ajoelhou ao lado do pai e tentou encontrar o pulso... depois mandou o valete buscar o médico e disse ao mordomo para me trancar na biblioteca. Disse que o anel de safira do pai havia desaparecido.
— A safira Tolhurst? Meu Deus! — A tia olhara atônita para ela.
— Ele não a estava usando quando você... ?
— Não sei!
— Onde estão as carruagens? Quantas são? — perguntou o mordomo ao garoto.
— Nenhuma carruagem, sr. Trimble, senhor. Apenas dois cavaleiros e um cavalo de carga. Eu os vi passar pelo portão da estrada de Cromer em passo lento, os animais parecem cansados. Ainda devem demorar um pouco para chegar.
— Mesmo assim, apressem-se.
Depressa, faça as malas, pegue este dinheiro e fuja. O elegante hall quadrado de entrada da mansão desapareceu e se transformou num quarto de dormir. Tia Clara, os lábios brancos, o rosto devastado depois de uma semana de doença, ergueu-se com dificuldade sobre os travesseiros depois que Lina, soluçando, lhe contou sua história.
— Ele não a tocou? — sussurrara com urgência, e as duas olharam para a porta fechada. O brutamoijtes contratado por Makepeace poderia voltar a qualquer momento. — Juro que farei Makepeace pagar por isso.
— Não, Tolhurst não me tocou. — O alívio ainda era avassalador, o único fato positivo em todo aquele pesadelo. — Ele me mandou tirar a roupa enquanto olhava, então se despiu. — Precisou de um momento para afastar da mente a imagem repugnante do corpo gordo de meia-idade, a pele manchada, aquela coisa que se erguia, meio mole, sob o ventre avantajado de Tolhurst. — Então ele começou a estender a mão para mim... E arquejou, os olhos esbugalharam, o rosto ficou vermelho e ele caiu. Assim, toquei a campainha para pedir ajuda, vesti a roupa e...
— Ele estava morto? Tem certeza?
— Oh, sim. — Lina não conseguira se obrigar a tocá-lo, mas soube. Os olhos azuis protuberantes estavam fixos nela, ainda ávidos de luxúria até se tornarem opacos. Observara-o com horror enquanto se vestia rapidamente, atrapalhada com fitas e ligas. — Todos entraram então... o valete, o mordomo, o filho mais novo, Reginald Tolhurst. O sr. Tolhurst se ajoelhou ao lado do pai e tentou encontrar o pulso... depois mandou o valete buscar o médico e disse ao mordomo para me trancar na biblioteca. Disse que o anel de safira do pai havia desaparecido.
— A safira Tolhurst? Meu Deus! — A tia olhara atônita para ela.
— Ele não a estava usando quando você... ?
— Não sei!
Série Irmãs Shelley
1 - Questão de Prática
2 - Questão de Ternura
3 - Questão de Desejo
4 - Questão de Inocência
Série Concluída