Mostrando postagens com marcador Série Libertinos da Regent Street. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Libertinos da Regent Street. Mostrar todas as postagens

24 de setembro de 2012

Cláudia, Destino Insólito

Série Libertinos da Regent Street
Mulher nenhuma é capaz de resistir a Julian Dane... 
Com exceção de lady Claudia Whitney. 
Julian conhece Claudia desde a infância - a única menina que rejeitou os avanços do atraente e incorrigível conquistador cujas façanhas se tornaram lendárias, mas cujo coração sempre foi um livro fechado. 
Agora a linda garota se transformou numa mulher fascinante, e Julian está determinado a conquistá-la. Porém, as fagulhas que explodem entre eles levam a um momento de entrega e abandono que ameaça se tornar um escândalo e arruinar a reputação de Claudia. A única solução é o casamento.
Julian promete ensinar a ela tudo o que conhece sobre paixão e desejo... Claudia, no entanto, em seu inocente ardor, promete desafiá-lo com a mais perigosa de todas as emoções: um amor selvagem e arrebatador... 

Prólogo 

Dunwoody, Sul da Inglaterra, 1834 
“Que você conheça na morte a luz do Senhor, o poder do amor, o poder da vida. Assim, você conhecerá o poder ao perdão...” 
As palavras do vigário mal penetravam sua mente. Parado diante da cova aberta de Phillip Rothembow, Julian Dane sentia-se preso numa espécie de pesadelo macabro, pois o que acontecera naqueles campos dourados era simplesmente inconcebível. 
Um tiro... Adrian cedendo à embriaguez de Phillip e o duelo sem sentido. Tudo deveria ter terminado naquele exato momento, mas Phillip tinha, de fato, atirado em Adrian... tinha tentado matá-lo... e Julian ficara simplesmente parado sem entender o que acontecia. 
O tiro de Phillip passara longe; ele mal conseguira segurar a pistola. Mesmo assim, no instante seguinte, parecendo recobrar o equilíbrio, ele havia se virado e buscado a pistola dupla alemã que trazia no casaco. 
Seu olhar tresloucado, quase maníaco, fixara-se em Adrian. Julian tentara detê-lo, mas suas pernas e seus braços pesavam como chumbo... 
Tudo havia acontecido tão rápido. No num piscar de olhos, Phillip Rothembow estava morto. 
Alvejado no coração pelo próprio primo, Adrian Spence, o conde de Albright, que atirara em legítima defesa. 
Julian lembrava-se de ter visto seu choque e descrença refletidos no rosto de lorde Arthur Christian. 
Lembrava-se de ter caído de joelhos ao lado do corpo de Phillip, pressionado o ouvido contra o colete manchado de sangue e escutado as palavras saídas de sua própria boca: "Ele está morto". 
Havia sido nesse instante que o pesadelo tomara conta dele, ficando pior a cada hora desde então, impedindo-o de acordar. 
Mesmo o sonho não o poupara da percepção de que Phillip queria que Adrian o matasse, que ele buscara o próprio fim depois de meses atolado em dívidas, bebidas e envolvido com as mulheres de Madame Farantino. 
Julian tinha passado meses ao lado dele, expressando suas preocupações quanto aos excessos do amigo... 
Nunca, porém, suspeitara que Phillip desejasse tão ardentemente por fim à própria vida. 
Com poderia ter imaginado? Phillip, lorde Rothembow, era um dos bons vivants da Regent Street! Um ídolo entre os homens da sociedade, assim como Julian Dane, Adrian Spence e Arthur Christian. 
Eles eram os bons vivants, pelo amor de Deus! Viviam segundo o próprio código, arriscavam a fortuna tentando aumentá-la, sem temerem as leis da sociedade. 
Eram homens que durante o dia partiam os corações das jovens que passeavam entre as lojas da Regent Street, e à noite arrancavam parte dos dotes dos pais dessas moças nos clubes de cavalheiros, e resguardavam o melhor de si mesmos para os notórios bordéis da cidade. 
Levavam todas as situações ao extremo, só que, desta vez, Phillip fora longe demais, caindo aos pés deles tal qual um anjo. E Julian havia compreendido sua própria mortalidade. Ele entendera que era, em parte, responsável por aquela tragédia.
Olhando, sem piscar, para o caixão de pinho dentro da cova a sua frente, perguntou-se se aquele pesadelo teria um fim. O que o vigário dissera mesmo?..

Série Libertinos da Regent Street
1 - Um Cavalheiro Perigoso
2 - Cláudia, Destino Insólito



13 de agosto de 2010

Um Cavalheiro Perigoso

Série Libertinos da Regent Street

Depois de provocar a morte de seu primo em um duelo, Adrian Spence volta a mansão Keeling em busca de um pouco de paz. 

Em vez de encontrar conforto, o Jovem aristocrata é deserdado pelo pai, em favor de seu irmão caçula. 
Cheio de dor e raiva, o aristocrata descobre a intenção de seu irmão de se casar com Lady Lilliana Dashell. Adrian, para vingar-se, decide comparecer perante a família da menina com uma proposta de casamento impossível de se recusar. 
Com a vingança consumada, Lord Albright se sente vitorioso. Mas ele não poderia estar mais enganado... Liliana não é qualquer mulher. E pela primeira vez o orgulhoso cavalheiro saberá o que é sentir... o verdadeiro amor.

Capítulo Um

Dunwoody, sul da Inglaterra, 1834
Phillip Rothembow já não pertencia a este mundo.
Nenhum dos reunidos ao redor da tumba teria imaginado que sua morte fosse ocorrer dessa maneira, embora entre eles sim havia quem tivesse apostado que não chegaria aos trinta e três anos. Mas jamais sonharam que morreria pela mão de seu próprio primo. E todos estavam de acordo (e com bastante firmeza, diante do juiz de paz) que Adrian Spence, conde do Albright, não teve outra alternativa, ou matava ou morria.
Em todo caso, alguns dos participantes alegaram (no pub, antes do serviço fúnebre) que Albright poderia ter evitado o enfrentamento se não houvesse dito a Rothembow que deixasse de fazer trapaças no jogo. Claro que ninguém podia discutir que as trapaças de Rothembow eram algo normal, nem que Albright tinha tido paciência de santo ao longo dos anos. Mas poderia ter pensado duas vezes antes de acusar a seu primo em uma sala cheia de gente.
Esse parecer foi rebatido pelo outro insistentemente, de que Rothembow estava fazendo trapaças com tanto descaramento que era evidente que buscava chamar atenção. uns quantos alegaram que Rothembow estava muito bêbado para saber o que fazia, o que foi provado pelo fato de ter chamado Albright de covarde. De todos os homens, o conde do Albright era o último a quem podiam chamar de covarde, e além disso, o que poderia ter feito Albright? Dificilmente um homem deixa que se insulte sua pessoa sem vingar sua honra. Nenhum dos participantes podia culpar ao Albright por aceitar a provocação a duelo do bêbado Rothembow.
Tampouco nenhum podia acreditar que os dois homens tivessem seguido até o fim. Assim, a opinião coletiva era que, à margem dos motivos que levaram ao Rothembow e Albright a enfrentar-se no campo de trigo, este último não teve alternativa. E sim que fez o honroso disparando ao ar; Rothembow, que seguia bêbado perdido essa manhã, respondeu lhe disparando ao corpo (falta tão enorme que os homens se estremeciam cada vez que o recordavam) e errou o tiro. Entretanto, isso não foi nada comparado com o que fez depois, e os participantes tinham as mesmas opiniões a respeito da culpabilidade de lorde Fitzhugh.
Tendo comprado recentemente uma formosa pistola alemã de dois canhões com incrustações de madrepérola, lorde Fitzhugh sentiu a necessidade de levá-la em sua nova capa de pele durante todo o fim de semana, não tinha como saber que seu grupo seria atacado por ladrões ou outro tipo de foragidos. Tão crédulo se sentia com sua nova pistola que adquiriu o costume de levar a capa amassada de modo que a arma ficasse à vista. E assim era como a levava quando Rothembow a tirou da capa; agarrou a pistola, preparada para qualquer emergência, naturalmente, e disparou pela segunda vez em Albright, com a clara intenção de matá-lo. 
Albright teve que defender-se, e muitos estavam de acordo em que foi um condenado milagre que alcançasse a tirar sua pistola e disparar antes que seu primo o abatesse com um terceiro disparo. Fitzhugh foi o descuidado e Rothembow o covarde, embora um do grupo fez notar que a loucura refletida nos olhos do Rothembow sugeria que talvez fosse mais que covarde.
Isso deu pé a outras alegações por escrito a respeito das intenções de Rothembow o que teria levado que Albright o matasse. Não era nenhum segredo no grupo que Rothembow estava até o pescoço de dívidas, tendo dilapidado sua fortuna e sua vida entre o excesso de álcool e as mulheres de Lady Farantino. Dava a impressão de estar empenhado em sua própria destruição. em que pese a isso, para eles era inconcebível que um homem estivesse tão desesperado por acabar com sua vida que recorresse a medidas tão extremas. Inconcebível, mas pelo visto, possível.
Nesse momento, junto à tumba, todos os que tinham ido presenciar o incrível final de sua partida de caça no campo observavam dissimuladamente Albright e a seus amigos por debaixo das asas de seus chapéus, enquanto o padre recitava monotonamente: «Conhece nesta morte a luz de nosso Senhor...

Série Libertinos da Regent Street
1 - Um Cavalheiro Perigoso
2 - Cláudia, Destino Insólito