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21 de agosto de 2011

O Rapto de Velvet

Série Litchfield
Refém ou amante?...

Para salvar a família da ruína, Velvet Moran está disposta a renunciar a seus sonhos românticos e casar-se com o implacável duque de Carlyle.
Mas em vez de esposa de um aristocrata, ela se vê refém de um notório salteador de estradas... e sua resolução de fugir do covil de seu raptor na floresta enfraquece diante da forte atração que ele lhe desperta.
Injustamente acusado de assassinato, Jason Sinclair volta em segredo à Inglaterra para provar sua inocência e impedir que se realize o matrimônio que o impossibilitaria de recuperar o ducado que lhe foi roubado.
Fazendo-se passar por um fora da lei, Jason decide raptar a linda noiva e mantê-la em seu poder pelo tempo que for necessário.
Mas será ele capaz de refrear a paixão que tomou conta de seu coração, e que poderá pôr a vida de ambos em perigo?

Capítulo Um

Inglaterra, 1760

Duquesa! Iria tornar-se duquesa!
O plano desesperado tinha dado certo.
Em frente à janela, Velvet Moran esperou a ornamentada carruagem dourada do duque de Carlyle desaparecer no fim da alameda margeada de alamos.
Com os pensamentos voltados aos momentos passados na companhia do distinto loiro que em breve seria seu marido, ela nem percebeu os passos do avô pelo piso de mármore preto e branco do vestíbulo.
— Ora, minha menina, e não é que você conseguiu? — O conde de Haversham parecia bastante bem a¬quele dia, sem lapsos de memória, em que ainda não esquecera uma só vez onde estava ou o que ia dizendo.
Algo cada vez mais raro na vida do pobrezinho.
— Você salvou Windmere, como havia prometido e nos livrou da ruína.
— Mais duas semanas, e estarei casada. — Apesar da agitação que tinha no peito, Velvet sorriu. — Gostaria muito de que não tivesse de enganar o duque, mas o fato é que seria arriscado demais contar a verdade a ele.
Com fios brancos como neve nas áreas da cabeça onde não estava calvo, tão magro que um pé de vento talvez o carregasse, o velhinho deu uma risadinha marota.
— Ele vai se aborrecer quando souber das dívidas que terá de assumir como seu marido, mas, por outro lado, não podemos nos esquecer de que seu dote é bastante bom. De mais a mais, Carlyle terá a você, a melhor esposa que um homem poderia desejar.
— Vou fazê-lo feliz, vovô. Ele não vai se arrepender de ter casado comigo.
O conde tomou o rosto dela entre as mãos engelhadas para admirá-la por um instante. Miúda e graciosa, com aquele nariz arrebitado, olhos castanhos ligeiramente amendoados e longos cabelos suavemente ondulados da cor do mogno polido, Velvet era uma cópia da mãe havia muito falecida.
— Eu queria muito que você fizesse um casamento por amor, não por conveniência...
— O idoso conde suspirou.— Mas a vida não é fácil e muitas vezes nos obriga a irmos contra nossas mais profundas e sinceras aspirações.
— O duque e eu vamos nos dar bem. — No entanto, bastou-lhe lembrar de Avery Sinclair, do ar de superioridade e dos modos pomposos dele, e essa certeza se esvaiu.
— Há alguma corrente de ar por aqui; por que não vamos nos sentar junto à lareira?
O conde concordou com um aceno de cabeça, e Velvet, segurando-o pelo braço, levou-o em direção à ala dos fundos do casarão, deixando para trás a solene sala de visitas com paredes revestidas de tecido vermelho, reproduções de caleches pintadas no teto e móveis de sólida madeira entalhada.


Série Litchfield
1 - O Rapto de Velvet
2 - Armadilha para um Marquês
Série Concluída

30 de julho de 2010

Armadilha para um Marquês

Série Litchfield


Um Coração de Aço...... Um Toque de Seda...

Desde o momento em que Lucien Montaine, o marquês de Litchfield, encontra aquela jovem suja e maltrapilha, porém com o porte e os modos de uma rainha, escondida em sua carruagem, ele começa a lutar contra o desejo que ela lhe desperta.

Embora cativado pela beleza, inteligência e coragem de Kathryn, ele se recusa a amar uma mulher que tentou enganá-lo...
Quando Kathryn força uma situação para obrigar o marquês a se casar com ela, Lucien fica ainda mais dividido entre o desejo e a decepção.
Além do mais, ela insiste em se dedicar a uma atividade que ele não aprova, por se tratar de algo totalmente inadequado para uma dama.
Será que aquela mulher tão meiga, e ao mesmo tempo tão determinada, conseguirá domar a fúria do marquês?
Ou os encantos de Kathryn servirão apenas para fortalecer a decisão de Lucien de não se expor aos perigos de um coração apaixonado?

Capítulo Um

Silenciosamente, lady Kathryn Grayson escondeu-se em meio às sombras atrás da porta do velho estábulo de paredes de pedra.
Tremia bastante, já que a fina camisola que usava não bastava para protegê-la da friagem do começo da manhã.
Seus pés descalços sofriam ao pisar sobre as farpas que cobriam o chão sujo. Por uma fresta, podia ver um criado franzino e uma luxuosa carruagem preta em frente ao estábulo.
Notou que o veículo estava pronto para partir. Chamou-lhe a atenção o emblema dourado gravado na porta, um símbolo de nobreza: a cabeça de um lobo encimando uma espada prateada.
Dois lacaios conversavam, e o que Kathryn conseguiu ouvir fez seu coração disparar. A carruagem não iria para Londres, mas estava se preparando para voltar ao campo.
Deus meu, ela pensou. Eis que lhe surgia a chance de se afastar da cidade.
Se conseguisse encontrar um lugar para se esconder no bagageiro, poderia escapar.
Sua excitação aumentou, a respiração se tornou mais rápida.
Quanto antes tentasse fugir, melhor. A carruagem era a solução perfeita.
Observou por mais um momento as linhas elegantes do luxuoso veículo, enchendo-se de esperança, rezando para que houvesse algum espaço livre no compartimento de bagagem.
Respirou fundo e se preparou para se movimentar com rapidez, antes que os criados voltassem aos seus lugares.
Quando ouviu a risada dos homens, notou que a atenção deles estava voltada para dois cachorros brigando, então correu para a parte de trás da carruagem, os pés descalços pisando no barro, os cabelos escuros esvoaçando à sua volta.
Subiu na carruagem e conseguiu se ajeitar em meio aos baús e sacolas, tentando acalmar as batidas furiosas de seu coração.
Rezou então para que não fosse colocada ali mais nenhuma bagagem antes da partida.
Segundos se passaram.
Sua pulsação parecia martelar nos ouvidos.
Embora a manhã estivesse fria, gotas de suor porejavam em sua testa e escorriam pelo rosto. Ouviu os homens se aproximar e tomar seus lugares no veículo.
Logo em seguida a carruagem começou a se movimentar. Parou em frente à hospedaria para alguém subir e então o cocheiro chicoteou os cavalos e tomou o caminho da estrada.
Bem escondida no bagageiro, Kathryn respirou aliviada e se permitiu recostar-se na madeira preta laqueada.
Estava terrivelmente cansada. A noite havia sido exaustiva.
Usando apenas a camisola suja, ela correra sem saber para onde ia, depois caminhara por quilômetros, sentindo as pernas doer e os pés sangrar, temendo que os guardas a encontrassem.
Quando avistara a hospedaria, havia feito uma prece de agradecimento e se escondido no estábulo.
O cansaço a fizera adormecer em cima de feno e, por fim, tinha acordado com o barulho de cavalos sendo arreados.
Kathryn soubera no mesmo instante que aquela era a sua chance de escapar.


Série Litchfield
1 - O Rapto de Velvet
2 - Armadilha para um Marquês
Série Concluída